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O atentado de Sarajevo a 28 de Junho de 1914

O atentado de Sarajevo a 28 de Junho de 1914
Este acontecimento foi a faísca que faria desencadear o início da guerra. A 28 de Junho de 1914, o príncipe herdeiro do Império Austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando, visitava Sarajevo, na Bosnia. Este território, habitado maioritariamente por sérvios, manifestava uma major simpatia pelo reino sérvio do que pelo Império Austro-húngaro.
Nesse mesmo dia, um grupo de estudantes sérvios, pertencente a uma organização nacionalista sérvia denominada Mão Negra, assassinou o príncipe herdeiro e a sua esposa.
Em resposta, o Império Austro-húngaro, influenciado pela Alemanha, culpou os serviços secretos sérvios pelo atentado, dizendo que a Sérvia pretendia colocar em causa a soberania austro-húngara na região. De seguida, apresentaram um ultimato aos Sérvios, com condições que violavam a sua soberania, nomeadamente a participação da Áustria no julgamento dos estudantes sérvios.
Este atentado foi aproveitado pelas potências da Tríplice Aliança para «ajustar» velhas contas e, numa sequência muito rápida, o conflito generalizou-se, envolvendo a maioria dos países da Europa. E, por isso, considerado como a causa directa do início da Primeira Guerra Mundial.
Existem porém, para além deste acontecimento, três explicações que são apontadas para o eclodir da Primeira Guerra Mundial.

A primeira e segunda explicações apontam a Alemanha como a principal responsável pelo conflito: a primeira, pelas suas pretensões de expansão e reforço bélico; a segunda, denominada risco de cálculo, afirma que a Alemanha convenceu-se de que podia gerir o conflito dos Balcãs, tomando em consideração que o Império Austro-húngaro atacaria os Sérvios e que estes, por sua vez, não teriam qualquer hipótese de obter auxílio da Franca no conflito.

A terceira explicação defende ter existido, na realidade, uma culpa colectiva de todos os envolvidos, baseada na pressão que foi efectuada junto dos dirigentes políticos dos diferentes países pelos movimentos nacionalistas e militaristas. Embora o apoio da Alemanha a Austro-húngara tenha contribuído para o início das hostilidades, as outras potências, visando essencialmente a defesa dos seus interesses, deixaram-se também envolver no conflito.
A invasão da Bélgica pela Alemanha, a 4 de Agosto de 1914, iniciou verdadeiramente as hostilidades da Primeira Guerra Mundial. Aos dois blocos iniciais viriam a juntar-se muitas das outras grandes potências mundiais:

As potências Aliadas, ou Tríplice Entente (Franca, Rússia e Inglaterra), viriam a juntar-se, mais tarde, o Japão, Portugal, os EUA e a Itália (esta última mudando de campo);
As potências centrais, ou Tríplice Aliança (Alemanha, Austria-Hungria e, inicialmente, a Itália), viriam a juntar-se o Império Otomano (Turquia) e a Bulgária.
A Rússia entrou na guerra apoiando a Sérvia contra a Austria-Hungria e a Alemanha. A Alemanha declarou guerra a Franca. A Inglaterra, sentindo-se ameaçada pelo avanço da Alemanha, e por força do tratado do Entente, apoiou a Franca. O Japão, directamente interessado nos territórios alemães do Extremo Oriente, declarou guerra a Alemanha.
O Império Otomano, ameaçado pelo expansionismo da Rússia, aliou-se a Alemanha. 
Foi esta sucessão de acontecimentos que lançaram, num curto espaço de tempo, estas potências e as suas colónias na vasta e generalizada guerra que ficaria conhecida como a Primeira Guerra Mundial.

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