"Há mais ou menos 4,6 bilhões de anos, suposta época que o planeta Terra se formou em consequência da condensação (fusão) de partículas oriundas de uma grande explosão no cosmo (Big Bang), estaria a Terra sob fortes condições de pressão e temperatura."
Índice
Introdução 1
TEORIAS ANTIGAS SOBRE A ORIGEM DOS SERES VIVOS 2
A Origem dos Seres Vivos 2
FIXISMO 2
1.1. Platão 2
1.2. Aristóteles 2
TRANSFORMISMO 3
Maupertuis (1698-1759) 3
2. CATASTROFISMO 3
3. GERAÇÃO ESPONTÂNEA 4
4. LAMARCKISMO 5
4.1. EXPERIÊNCIA DE PASTEUR 6
Conclusão 7
Bibliografia 8
Introdução
O presente trabalho insere se no âmbito de pesquisas e investigação no que tange a consolidação dos conhecimentos na disciplina de Biologia e tem como proposta de tema Teorias antigas sobre a origem dos seres vivos.
Os seres vivos da Terra actual estão adaptados ao meio em que vivem. Esta frase revela que entre os seres vivos e o ambiente há um ajuste, uma harmonia fundamental para a sua sobrevivência.
Inicialmente os Homens da ciência tentaram explicar a origem e multiplicidade das espécies através de teorias fixistas: durante séculos admitiu-se que as espécies surgiram tal como hoje as conhecemos e mantiveram-se imutáveis ao longo do tempo e das gerações, permanecendo independentes quanto à sua origem.
TEORIAS ANTIGAS SOBRE A ORIGEM DOS SERES VIVOS
A Origem dos Seres Vivos
FIXISMO
As explicações fixistas que, no mundo ocidental, foram aceites sem discussão até meados do séc. XVIII, defendiam que as diferentes espécies, uma vez surgidas, se mantinham inalteradas ao longo do tempo. Foi o contacto com a grande variedade da fauna e da flora de outros continentes que, no final do séc. XVIII, levou a pôr em causa a perspectiva fixista da origem das espécies.
A teoria fixista sobre a diversidade da vida na Terra, afirma que as espécies que existem hoje em dia são idênticas às do passado, ou seja, todas elas apareceram adaptadas ao ambiente não sofrendo qualquer alteração. A imutabilidade defendida por este princípio explica que as extinções se devem, precisamente, a essa incapacidade de se adaptar ao ambiente por parte dos seres vivos. Esta concepção opõe-se ao evolucionismo porque este defende a ideia que as espécies actuais surgiram com transformações graduais sofridas por ancestrais e espécies extintas. O fixismo fundamentava-se nas ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles.
1.1. Platão
Defendia a existência de dois mundos: «um mundo real, ideal, perfeito e eterno» e um «mundo ilusório e imperfeito», de que nos dávamos conta através dos nossos sentidos.
As variações que podem ser observadas nas populações de plantas e de animais eram, para Platão, simples representações imperfeitas das formas perfeitas que eram, essas sim, reais.
1.2. Aristóteles
Aluno de Platão defendia a existência de uma escada da vida que tinha todos os seus de grausocupados por espécies fixas, que não mudavam, não evoluíam, desde as mais simples até às mais complexas.
A versão religiosa do fixismo chama-se criacionismo, que foi desenvolvida de muitas formas diferentes, consoante a mitologia de cada religião. Num nível mais amplo, um criacionista é aquele que acredita que uma entidade suprema, um deus é o criador absoluto do céu e terra, a partir do nada, num ato de livre vontade. Para os teólogos, uma das bases para a concepção criacionista da origem das espécies, está numa interpretação”à letra” do livro de Génesis.
TRANSFORMISMO
Maupertuis (1698-1759)
É um dos primeiros cientistas da época a apresentar uma concepção transformista. Defendia que os organismos vivos derivam da mesma fonte inicial, sendo eliminados os que têm características mais aberrantes e ficando aqueles com ligeiras alterações relativamente aos progenitores.
Esta corrente veio em resposta ao Fixismo que propunham que a extinção de muitas espécies seria devida a eventos especiais como, por exemplo, muitas catástrofes que exterminaramgrupos inteiros de seres vivos. A partir do século XIX, uma série de pensadores passou a admitir a ideia da substituição gradual de espécies por outras através de adaptações a ambientes em contínuo processo de mudança. Essa corrente de pensamento, transformista, que vagarosamente foi ganhando adeptos, explicava a adaptação como um processo dinâmico, ao contrário do que propunham os fixistas. Para o transformismo, a adaptação é conseguida através de mudanças. À medida que muda o meio, muda a espécie. Os adaptados ao ambiente em mudança sobrevivem. Essa ideia deu origem ao evolucionismo. Evolução biológica é a adaptação das espécies a meios continuamente em mudança. Essa mudança das espécies nem sempre implica aperfeiçoamento ou melhora. Muitas vezes leva a uma simplificação. É o caso das tênias, vermes achatados parasitas: embora nelas não exista tubo digestivo, estão perfeitamente adaptadas ao parasitismo no tubo digestivo do homem e de muitos outros vertebrados.
2. CATASTROFISMO
O Catastrofismo foi a corrente de pensamento geológico mais aceite até meados do século XVIII, sendo o seu principal defensor Georges Cuvier, pai da paleontologia.
Esta teoria explica a extinção de faunas e floras, por destruições sucessivas provocadas por inusitadas catástrofes ou cataclismos, de larga amplitude, que foram ocorrendo ao longo dos tempos geológicos e que atingiam enormes extensões da Terra.
«As catástrofes eram confinadas a certas regiões geográficas e depois da extinção de grande parte da fauna e da flora locais, essa região era repovoada por espécies diferentes vindas de outras regiões. Essas espécies seriam mais perfeitas que as anteriores e permaneciam fixas e imutáveis até nova destruição.»
A ideia inicial de Georges Cuvier, sofreu alterações ao longo do tempo, sendo expandida para catástrofes de acção global, as quais resultavam na extinção de toda a fauna e flora da Terra.
Segundo os defensores desta vertente do catastrofismo, após a extinção de toda a fauna e flora global, novos organismos seriam criados pela acção divina. Era a incorporação da teoria catastrofista pelo criacionismo defendido por alguns naturalistas do século XIX, que também defendiam que a última destas catástrofes havia sido o Dilúvio Bíblico.
3. GERAÇÃO ESPONTÂNEA
Até meados do século XIX os cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados espontaneamente do corpo de cadáveres em decomposição; que rãs, cobras e crocodilos eram gerados a partir do lodo dos rios.
Essa interpretação sobre a origem dos seres vivos ficou conhecida como hipótese da geração espontânea ou da abiogênese (a= prefixo de negação, bio = vida, genesis = origem; origem da vida a partir da matéria bruta).
Pesquisadores passaram, então, a contestar a hipótese de geração espontânea, apresentando argumentos favoráveis à outra hipótese, a da biogênese, segundo a qual todos os seres vivos originam-se de outros seres vivos preexistentes.
Ao contrário dos criacionistas, alguns cientistas admitiam que os seres vivos se formavam a partir da matéria não viva.
Segundo Aristóteles, autor desta teoria, e influenciado pela teoria platónica da existência de um mundo das imagens, afirmava que as espécies surgem por geração espontânea, ou seja, existiam diversas fórmulas que dariam origem às diferentes espécies. Isto é, segundo ele, os organismos podem surgir a partir de uma massa inerte segundo um princípio activo. (Por exemplo, nascer um rato da combinação de uma camisa suja e de um pouco de milho).
A geração espontânea permaneceu como ideia principal do surgimento das espécies devido à influência que as crenças religiosas incutiam na civilização ocidental, principalmente. Assim, a geração espontânea tornou-se uma ideia chave para a teoria que surgiria a seguir.
4. LAMARCKISMO
Um dos primeiros adeptos do transformismo foi o biólogo francês Lamarck. No mesmo ano em que nascia Darwin, Jean Baptiste Lamarck (1744-1829) propunha uma ideia elaborada e lógica. Segundo ele, uma grande mudança no ambiente provocaria numa espécie a necessidade de se modificar, o que a levaria a mudanças de hábitos.
Se o vento e as águas podem esculpir uma rocha, modificando consideravelmente sua forma, será que os seres vivos não poderiam ser também moldados pelo ambiente? Teria o ambiente o poder de provocar modificações adaptativas nos seres vivos?
Lamarck acreditava que sim. Considerava, por exemplo, que mudanças das circunstâncias do ambiente de um animal provocariam modificações suas necessidades, fazendo que ele passasse a adoptar novos hábitos de vida para satisfazê-las. Com isso o animal passaria a utilizar mais frequentemente certas partes do corpo, que cresceriam e se desenvolveriam, enquanto outras partes não seriam solicitadas, ficando mais reduzidas, até se atrofiarem.
Assim, o ambiente seria o responsável directo pelas modificações nos seres vivos, que transmitiriam essas mudanças aos seus descendentes, produzindo um aperfeiçoamento da espécie ao longo das gerações.
Com base nessa premissa, postulou duas leis. A primeira, chamada Lei do Uso e Desuso, afirmava que, se para viver em determinado ambiente fosse necessário certo órgão, os seres vivos dessa espécie tenderiam a valorizá-lo cada vez mais, utilizando-o com maior frequência, o que o levaria a hipertrofiar. Ao contrário, o não uso de determinado órgão levaria à sua atrofia e desaparecimento completo ao longo de algum tempo.
A segunda lei, Lamarck chamou de Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos. Através dela postulou que qualquer aquisição benéfica durante a vida dos seres vivos seria transmitida aos descendentes, que passariam a tê-la, transmitindo-a, por sua vez, às gerações seguintes, até que ocorresse sua estabilização.
A partir dessas suas leis, Lamarck formulou sua teoria da evolução, apoiado apenas em alguns exemplos que observara na natureza. Por exemplo, as membranas existentes entre os dedos dos pés das aves nadadoras, ele as explicava como decorrentes da necessidade que elas tinham de nadar. Cornos e chifres teriam surgido como consequência das cabeçadas que os animais davam em suas brigas. A forma do corpo de uma planta de deserto seria explicada pela necessidade de economizar água.
4.1. EXPERIÊNCIA DE PASTEUR
Louis Pasteur (1822 – 1895) “Resolveu” a polémica da origem dos microrganismos. Pasteur adicionou caldo nutritivo em um balão de vidro com gargalo alongado. Em seguida aqueceu o gargalo, imprimindo a esse um formato de tubo curvo (pescoço de cisne). Após a modelagem prosseguiu com a fervura do caldo, submetendo-o a uma temperatura até o estado estéril (ausência de microrganismo), porém permitindo que o caldo tivesse contacto com o ar.
Depois da fervura, deixando o balão em repouso por muito tempo, percebeu que o líquido permanecia estéril.
Isso foi possível devido a dois factores:
O primeiro foi consequente ao empecilho físico, causado pela sinuosidade do gargalo. O segundo ocasionado pela adesão de partículas de impureza e microrganismos às gotículas de água formadas na superfície interna do gargalo durante a condensação do vapor, emitido pelo aquecimento e resfriado quando em repouso.
Depois de alguns dias, ao verificar a não contaminação, Pasteur quebrou o gargalo, expondo o caldo inerte aos microrganismos suspensos no ar, favorecendo condições adequadas para a proliferação de germes.
Ao expor o caldo aos microrganismos do ar, Pasteur estava fazendo o experimento controle de sua pesquisa. (fim da geração espontânea).
Demonstrou que uma solução nutritiva previamente esterilizada mantém-se estéril indefinidamente mesmo na presença de ar (pasteurização).
Conclusão
Terminado trabalho, pôde concluir-se que apesar das teorias defendidas, já se tem algo quase conclusivo: a Terra foi de ambiente hostil a um ambiente receptivo com algumas mudanças. Os gases hostis foram diminuindo aos poucos, a camada de ozônio surgiu, a temperatura amenizou ao ponto de se formarem chuvas, os mares foram transformados em um imenso caldeirão nutritivo… tudo isso influenciou e ajudou na formação dos seres vivos na Terra.
No começo, eram apenas seres vivos estruturalmente e fisiologicamente mais simples, com apenas um célula extremamente simples. Aos poucos, as células deixaram o molde procarionte e partiram para as eucariontes, com organelas que ajudariam ainda mais naevolução dos seres vivos. Em resumo, estes fatos favorecem a teoria da evolução, que defende todo esse processo narrado, mas alguns cientistas ainda não se “renderam” e também não negam a panspermia, por falta de provas conclusivas.
Bibliografia
- www.aulasdemoz.com
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