Google logo  MAIS PARA BAIXO  Google logo

Ad Unit (Iklan) BIG


Análise do filme "Tempos Modernos" em Administração e Gestão de empresas, Charles Chaplin

Tempos modernos
Em Tempos Modernos Charles Chaplin satiriza a linha de produção do sistema fordista. Um clássico do tema do trabalho, o filme se passa no período imediatamente posterior à depressão econômica de 1929, decorrente da quebra da Bolsa de Nova Iorque, quando o desemprego atingiu em cheio a sociedade norte-americana. Nele a "modernidade" figurada na sociedade industrial, urbana, na linha de montagem e na especialização do trabalho, é alvo da crítica. No filme o operário, ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se em líder grevista e é perseguido por suas ideias "subversivas". O filme trata também das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas.

O tema do filme é a vida numa sociedade capitalista moderna, industrial, e os males decorrentes da concentração da riqueza, por um lado, e das formas alienadas e alienantes do trabalho sob o fordismo, onde a máquina e os processos de produção dominam o operário e impõem-se a ele. Horário de alimentação, movimentos exigidos pela produção, o tempo livre do operário, tudo isto deve obedecer à lógica capitalista representada pela máquina.

Tempos Modernos é uma crítica pungente e eficiente da modernidade capitalista. Quando foi lançado, em 1936, o filme chegou a dar prejuízo. Mas, ao longo da história, consolidou-se como um dos principais filmes jamais produzidos.


1. O que Charles Chaplin tentou passar para os donos de empreendimentos da época e para a sociedade?
A conclusão que a representação de Chaplin sobre o local de trabalho moderno sugere (uma conclusão amplamente apoiada pela pesquisa psicológica, é que tal produção industrial mecanizada não é saudável para os trabalhadores e geralmente contraria a constituição natural dos seres humanos. A tirania do relógio, o ritmo acelerado da produção, a monotonia do trabalho insensato - todos eles causam danos permanentes aos funcionários que são submetidos a tais rotinas organizadas. Não surpreendentemente, o protagonista de "Tempos Modernos" torna-se um desastre nervoso. Mas até o gerente da fábrica é uma vítima: o consumo regular de pílulas sugere que nem tudo está bem.

Quando Charlie tenta esgueirar-se num cigarro na casa-de-banho, ele ainda está mais ou menos saudável. Quando o gerente o descobre lá por meio de uma câmara de vigilância, e quando ele rudemente o manda de volta ao trabalho (é a enorme imagem do Big Brother do executivo que fala com o funcionário surpreso), Charlie ainda pode pular e correr. Quando chega a hora do intervalo, porém, e os agentes desempacotam seus baldes de almoço, Charlie anda como o proverbial trabalho duro. Os movimentos de seus braços se tornaram espásticos. Quando ele tenta reposicionar a tigela de sopa de seu colega, ele espirra o líquido por todo o lugar, aumentando assim as tensões entre os trabalhadores.

Conforme as rupturas parecem necessárias para que os trabalhadores recuperem temporariamente sua humanidade, elas são caras do ponto de vista da produtividade industrial. A corporação estaria melhor se as pausas para o almoço pudessem ser abolidas. Um aumento ininterrupto de produtividade é uma necessidade em uma economia que é baseada na competição predatória e na sobrevivência do mais apto. Uma empresa que oferece um novo dispositivo se aproximou do gerente da Electro Steel Corporation com a promessa de abolir a necessidade de intervalos. O dispositivo é uma máquina que alimenta o trabalhador enquanto ele continua trabalhando na linha. Incorporará os operativos ainda mais firmemente no processo de produção semiautomatizado, e assim os tornará mais parecidos com engrenagens no gigantesco aparato de produção.

Significativamente, o discurso de vendas dessa máquina é feito por uma máquina. Enquanto o inventor e sua equipe de engenheiros se orgulham orgulhosamente, a máquina exorta o gerente: "Não pare para o almoço. Esteja à frente da concorrência!" Charlie, que é escolhido como cobaia para testar a máquina de alimentação, está amarrado para o seu lugar.

Em suma, “Tempos Modernos” mostra claramente a mecanização do trabalho e a desconsideração do elemento humano. A organização era vista como uma máquina e o homem era uma peça do mesmo. O Filme nos faz refletir e discutir todo conceito que a teoria científica trouxe, nos auxiliando a compreender todo o contexto e realidade da época.


2. Identifique no filme o metido de produção Taylorista.
No início do Século XX, nos EUA, Frederick Taylor iniciou uma ideologia, que daria partida aos princípios da Administração Científica. Podemos chamar essa ideologia de Movimento da racionalização industrial. Que consistia em: separar o "pensar" e o "fazer", a produtividade depende diretamente da remuneração e que o homem era um mero instrumento de trabalho. Podemos analisar de imediato que Taylor estava preocupado em Aumentar a produção para satisfazer a necessidade das demandas. E para que isso fosse possível ele teria que aproveitar mais sua mão-de-obra, capacitando cada operário para um certo setor da fábrica, formando assim a divisão de trabalho e logo agilizando o processo de produção com o mínimo de custo possível.

Esse foi um breve resumo da teoria elaborada por Taylor, agora comparando-a com o filme Tempos Modernos que também se passava no início do Século XX na Inglaterra. Podemos reparar o horário em que as pessoas saíam para trabalhar e o horário que elas voltavam, que começava por volta das 6 horas da manhã e terminava no tardar do dia, colocando em prática o máximo aproveitamento da mão-de-obra. Charles Chaplin, protagonista do filme representava um Operário, onde ele era instruído a fazer um único trabalho de apertar parafusos durante todo dia numa linha de montagem. Após muito estresse no trabalho ele acaba tendo reações que causaram problemas durante o trabalho, cai em confusões no seu setor, e vai parar nas engrenagens da máquina da fábrica, fazendo uma grande crítica à comparação do homem sendo tratado como uma máquina pela forma de administração de Taylor.

A partir daí o Operário vai preso por irresponsabilidades, e na cadeia ele encontra comida, segurança e abrigo, coisas que na sociedade da época pra conseguí-las no mínimo você tinha que se render às condições de trabalho que mesmo sendo ruins eram disputadas à tapa.Cabia ao ser humano na época aceitar essas condições de trabalho, ou roubar para manter o seu sutento(Ato que uma Garota orfã comete, que se tornaria companheira do Operário). O Operário sai da prisão, em busca de um novo emprego se depara com a fábrica fechada, por motivo de greve. Demonstrando neste ponto influências da Teoria de Relações Humanas de Helton Mayo que agia como uma reação e oposição à Teoria Clássica formulada por Taylor, mostrando a reação que os grupos que existem dentro das empresas podem ter, se não forem incentivados com uma boa remuneração e com condições humanas de trabalho. O Operário então, vai em buscas de outras oportunidades, e a cada emprego ele era instruído, sobre como fazer o trabalho, mas nunca o realizava direito, sendo assim sempre demitido. Enfatizando neste ponto o sistema educativo para o funcionário antes dele iniciar seu trabalho.

O protagonista no final do filme se encontra sem emprego junto com sua parceira a garota Orfã. esta situação em que eles terminaram é resultado de um sistema capitalista desigual, e forma de trabalho das empresas na época, que acabou contribuindo com o aumento da criminalidade e da escravidão.
Apesar da Teoria de Taylor não ser geralmente bem aplicada nas empresas do filme, sobre pontos como a boa remuneração dos trabalhadores, e incentivos morais e respeitando as condições humanas, a sua teoria visava o foco da Produção. Neste ponto as empresas exploraram bem a Teoria. Finalizado com o exemplo da linha de montagem, gerando a divisão de trabalho. A racionalização do trabalho, intensificando o tempo de trabalho do operário. Garantindo assim uma produção maior e suficiente para garantir a demanda desejada. Podemos ver todo esse processo no filme que faz uma ótima crítica ao sistema desigual da época, mostrando bem a realidade dos operários e a dos patrões, e a desordem encontrada nos centros das cidades.

3. Explique a alienação de Carlitos, o protagonista, no filme.
Após sair da prisão, Carlitos ainda é dado uma carta de recomendação. Porém, mesmo com uma boa recomendação, ele não conseguia se manter em outro emprego, pois na fábrica em que trabalhava, era alienado fazendo sempre o mesmo trabalho, desta forma não sabia fazer mais nada além de apertar parafusos.


Carlitos ao conseguir outro emprego, ao realizar uma tarefa fácil de encontrar um pedaço de madeira parecido com o que possuía em mãos, tarefa tão fácil quanto apertar parafusos, mas não usando raciocínio, essa tarefa trouxe consequências desastrosas. Não conseguindo assim outro emprego, Carlitos fazia de tudo para voltar para a prisão.

Outra explicação é, como operário da fábrica, Carlitos se depara com a esteira de produção Fordista que aumenta o ritmo de produção a todo instante, tornando a relação homem-máquina extremamente conflituosa, até o ponto em que o próprio Carlitos é engolido pela máquina, saindo de lá em uma condição de insanidade, momento em que ele abandona a condição de quase um autômato (repetindo um gesto mecânico mesmo quando não está trabalhando, fruto da alienação do trabalho) para uma situação de confronto direto em que ele sabota a produção, insurge-se contra o patrão e é internado como louco.

Artigos relacionados

Enviar um comentário


Iscreva-se para receber novidades