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A história da loucura na idade clássica Foucault, resumo

História da loucura (1961), Foucault rompeu com as novas ortodoxia da fenomenologia e do existencialismo quase no momento em que surgiram e ofereceu uma análise original de como a sociedade enxergou (ou criou) a loucura em diferentes momentos da história (TROMBLEY, 2014).
Assim, a loucura parte de um de um status reverenciado de êxtase divino na Grécia antiga para chegar ao pois iluminismo como o diagnostico, medico de uma doença que precisa ser tratada: segregada, confinada, drogada.


Foucault na sua obra história da loucura, fala dos quatro momentos de forma que a loucura foi concebida; o conceito da loucura muda ao andar dos tempos, isto é, toda historia do inicio da psiquiatria moderna se revela falseada por uma ilusão retroactiva segundo o qual a loucura já estava dada, ainda que maneira imperceptível na natureza humana.

A tese de foucault sobre a loucura fundamenta o seguinte: a loucura não é um facto biológico, mas um facto cultural.
Loucura não é algo da natureza ou uma doença, mas um facto de cultura. A história da loucura, em suma, é a história da progressiva medicalização da loucura no pensamento ocidental.


1° Momento da idade média:
Nesta época, o louco era visto como um visionário, profeta, sábio… o louco era visto como o homem mais inteligente.

2° Momento: Renascimento
O louco é visto como alguém que tem outra razão. Ora o indivíduo é louco porque a sociedade o é.
A loucura é vista como um saber fechado, esotérico, que produz e manifesta a realidade de outro mundo, e nos entrega o homem essencial, que em sua natureza íntima é furor e paixão.
Toda loucura tem sua razão que a julga e controla, e toda razão tem sua loucura na qual ela encontra sua verdade irrisória

3° Momento: idade clássica (xvi, xvii) nesta época a loucura era sacralizada.
Para foucault a partir de Descartes a loucura passou a ser considerada como uma desrazão, não razão ao homem racional e ao louco. O louco é aquele que não possuí a verdade.
Com um dos fundadores da filosofia moderna, a loucura passou a ser visto como algo que nos leva ao erro.

Descartes diferencia o racional o e verdadeiro, do que é erróneo e falso, ou melhor dizendo, a loucura vira uma perversão das leis da razão; razão e desrazão se separam.
A loucura é, assim, silenciada, do ponto de vista filosófico e internada, do ponto de vista institucional.
A loucura foi colocada fora do domínio no qual o sujeito detém seus direitos a verdade.
Nesse período, a loucura, antes sacralizada é reduzida a um escândalo, um crime.

Nesse período eram considerados louco os mendigos, desocupados, homossexuais, vagabundos, devassos, bêbados e tudo que se desviava da normalidade clássica.

Os loucos eram banidos da vida pública, reclusos, encarcerados e torturados em hospícios, no que foucault chamou de grande enclausuramento. Os chamados hospitais gerais proliferaram pela Europa.
96 Mil pessoas visitavam, por ano, o hospital Bethlehem para insanos, em Londres, como forma de entretenimento.
O pensamento, como exercício de soberania de um sujeito que se atribui o dever de perceber o verdadeiro, não pode ser insensato.


4° Momento: século xviii
Começaram a ver esse confirmamento do louco como uma barbárie, pois a loucura não era mais um crime, mas a partir de então, é uma doença individual.
Cria se então, o mito de que há um homem normal, anterior a doença e em contrapartida, define se o louco como um doente, que estaria distante da normalidade.
A partir desse momento, os loucos foram liberados do encarceramento e colocados sobre cuidados médicos. Ao invés de correntes de ferro, passaram a ser medicados. Com a psicanálise, os loucos poderiam falar para os psiquiatras. O louco torna se ainda um objecto de estudo, ou distancia-se o normal do doente mental, e torna-se o ultimo objecto de um saber
A loucura continua a ser vigiada e confinada pela razão; o médico; omnipotente e omnipresente é a autoridade que actua sobre os ditos loucos, representam o poder da razão der confinar a loucura.
Segundo Foucault a constituição da loucura como doença mental, no fim do século xviii, delineia a constatação de um dialogo rompido entre loucura e não loucura, entre razão e não razão (…) a linguagem da psiquiatria, que é um monologo da razão sobre a loucura, só pode estabelecer-se sobre um tal silêncio, aqui todo discurso do louco é submetido a psiquiatria. “Só quem traz o caos dentro de si pode dar a luz a estrela bailarina”.

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