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Da Niassalândia ao Malawi

Da Niassalândia ao Malawi
Devido ao racismo dominante na federação, o estabelecimento de uma democracia multirracial era quase impossível, mesmo até no seio dos partidos políticos. Assim, o Congresso Nacional africano (ANC) com origem final União sul-africana e começou a exercer influências sobre os nacionalistas da federação, culminando, em 1948, com a criação do congresso da Rodésia do norte e o congresso da Niassalândia.
 Estes dois partidos eram abertamente contra a Federação, tendo boicotado a participação dos negros na Assembleia Federal Salisbúria (capital da Federação). O congresso da Niassalândia optou pela estratégia de confronto, pois acreditava ser a única forma de convencer o governo britânico de que a independência era aveia a seguir. Este partir do dever de recorrer a Hastings Kamuzu banda para projetar a sua luta no carro nacional e internacional.
Banda formou-se em Medicina nos EUA e trabalhou em Londres durante muito tempo. Como os nacionalistas Niassâlândia, era contra a Federação; por esse motivo tinha mudado para Acra (Gana), que havia recentemente alcançado a independência. De lá foi chamado pelos jovens nacionalistas para presidir ao Congresso da Niassalândia.
Seguiram-se manifestações populares contra o regime federalista, a que a polícia respondeu com violência, culminando com vários mortos e a prisão de Banda. Por estas alturas houve uma mudança de governo na Grã-Bretanha, tendo o partido trabalhista sido substituído pelos conversadores. O então primeiro-ministro britânico Harold Macmillan realizou uma viagem por África em 1960, passando por Lagos (Nigéria) e Salisbúria, e, ao chegar ao Cabo (união Sul Africana), constatou:

«(…) o despertar da consciência nacional em povos que haviam vivido durante séculos sob a dependência das potências estrangeiras… hoje produz-se o mesmo fenómeno em África, e o sentimento mais vivo que adquiri depois de partir de Londres, há um mês, é o sentimento de vigor desta consciência, este despertar da consciência nacional africana. O vento de mudança é uma realidade política e a nossa política nacional deve-a ter em conta.»
Citado por Joseph Ki-Zerbo in História da África Negra, vol. II, col. Biblioteca Universitária, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1991 (adaptado)

Nesse ano , a ambiente já estava calmo na Niassalândia com i banimento do ANC e a prisão de Banda. Porem, foi criado um novo partido político – o Partido do Congresso do Malawi – por O. Chirwa (o primeiro advogado negro do país). Ao sair da prisão, Banda passou a liderar o partido do Congresso do Malawi e mudou a sua estratégia de luta, optando pelas negociações, tal como foi feito por Jomo Kenyata no Quénia.
Ao abrigo da nova Constituição da Federação (1960), o partido do Congresso do Malawi conquistou 23 dos 33 assentos do conselho legislativo e 4 dos 5 Lugares não administrativos do conselho executivo da Niassalândia. Assim, o partido e banda passavam a controlar o Governo. Em 1963, o Conselho Executivo é transformado num gabinete sob a direcção do Dr. Banda.
Para se tornar formalmente independente, restava apenas decidir se a Nissalândia permanência ou não na Federação. Tal como Ahmed Sekou Touré e o povo da guiné, responderam ao referendo de 1957, e a resposta de Banda foi negativa. Num seminário convocado pelo próprio Banda para discutir esta questão, economistas ocidentais e indianos apresentaram-lhe as vantagens económicas de se manter a Federação. Banda respondeu o seguinte: «Estamos de acordo com todos os vossos argumentos. Mas vamos, apesar disso, para a secessão, mesmo se tivermos de voltar a comer raízes, como os nossos antepassados.» Banda reagiu desta forma, pois o argumento dos economistas era que, devido à escassez de recursos e à densidade populacional na Niassalândia, a secessão traria graves problemas socioeconómicos.

Conclusão
Banda foi o Homem formado em medicina e viveu longo tempo em Londres, e tendo uma certa influência no meio dos jovens Nacionalistas malawianos, Banda sempre tomou posições contra a Federação. Foi convidado a presidir o ANC e organizou protestos contra o regime, acabando por ser preso em 1959. Mas tendo saído da prisão ele lutou e tornou-se herói de Malawi.
À 6 de Julho de 1964, a Niassalândia torou-se independente e mudou de nome para Malawi, que corresponde ao nome da etnia Maravi, responsável pela fundação do reino Marave, que se localizava na região do Lago de Niassa, cuja extensão se arrastava pela até grande parte da região centro do actual território de Moçambique. Banda tornou-se primeiro-ministro.
Este foi constatado depois de leituras, compilação e a própria abordagem do tema “Independência de Malawi”. 

Bibliografia
NHAMPURO, Telesfero, CUMBE, Graça, História 11ª classe, Plural Editores, Maputo, 2016


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