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Epidemiologia e Fungos - Microbilogia e Imunologia Humana

1. INTRODUÇÃO
Aqueles seres que podem ser definidos como seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares, eucariotas (com um núcleo celular), heterótrofos e, na bio-logia, que fazem parte do Reino Fungi, dividido em cinco Filos, a saber: quitridiomice-tos, ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetos e os deuteromicetos, são chamados de fungos. Entretanto, o presente trabalho aborda um tema que diz respeito à Fungos. É de se avançar que o termo Micrologia deriva do grego, mayks (cogumelo), que significa o estudo dos de cogumelos, que foram durante muitos anos, os únicos fungos conhecidos. Hoje, Micrologia define۔se como uma ciência que estuda os fungos, palavra derivada do latim Fungis, que significa “cogumelos”.

1.1. OBJECTIVOS
a) Geral
→ Abordar sobre Fungos;

b) Específicos
→ Apresentar a epidemiologia;
→ Ilustrar a aplicações da epidemiologia
→ Debruçar sobre os Fungos
→ Mostrar algumas infecções fúngicas transmitidas pelo ar
→ Abordar sobre o agente etiológico
→ Destacar as doenças causadas por fungos

2. EPIDEMIOLOGIA
É o estudo de factores que influenciam a ocorrência e distribuição de doenças.
Tem como objectivo reduzir os problemas de saúde na população.
Existem doenças normalmente presentes numa região, incidindo, geralmente, sobre pou-cas plantas. Essas doenças são conhecidas como Endémicas. São doenças que ocorrem dentro de um padrão habitual em determinadas regiões. As causas que determinam a ocorrência dessas doenças são as variadas possíveis, mas sempre se relacionam com bai-xa virulência do agente causal, pequena população ou baixa susceptibilidade do hospe-deiro, e condições ecológicas desfavoráveis ao patógeno.
Quando uma doença incidida sobre muitos indivíduos numa área ou região, num deter-minado tempo, ela é denominada epidémica. 
Os três factores necessários para que ocorra uma infecção são:
  • Uma fonte de microrganismo que possa causar doenças
  • Uma via de transmissão dos microrganismos;
  • Um hospedeiro susceptível a infecção microrganismos.


2.1. Aplicações da Epidemiologia
i. Informar a situação de saúde da população: Determinar as frequências, o es-tudo da distribuição dos eventos e o diagnóstico consequente dos principais pro-blemas de saúde verificados, identificando também as partes da população que foram afectadas, em maior ou menor proporção;
ii. Investigar os factores determinantes da situação de saúde: Realizar estudo ci-entífico das determinantes do aparecimento e manutenção dos danos à saúde na população;
iii. Avaliar o impacto das acções para alterar a situação encontrada: Determinar a utilidade e a segurança das acções isoladas dos programas de serviço de saúde.

3. FUNGOS
3.1. Conceito
Fungos são organismos eucarióticos, heterotróficos em sua maioria, filamentos, existin-do algumas espécies unicetulares, as leveduras.
Os principais representantes dos fungos são os: bolores, os cogumelos, os ore-lhas۔de۔pau, os fermentos.
São constituídos por filamentos microscópicos ramificados, as Hifas. O conjunto de hifas forma o Micélio, que constitui o corpo de fungos multicelular.
Hifas – é um tubo microscópico que contem o material celular do fungo.
Durante o seu crescimento sobre a fonte de alimentos, o micélio libera enzimas digesti-vas que agem extracelularmente, degradando as moléculas orgânicas.
As Hifas absorvem, então os produtos da digestão utilizando۔os como fonte de energia e matéria۔prima para sua sobrevivência e crescimento.  

Doenças
Agente etiológico
Características do agente
Características da infecção
Blastomicose
Blastomyces dermatitidis (Ajellomyces dermatides).
Dimorficoː cresce como fungo filamentosa a 25ºc e como levedura a 37ºc. Habitat deconhecido.
A infecção é semelhante a tuberculose pulmonar. É caracterizada por lesões nos pulmões semelhantes a tubérculos, mas a infecção pode durseminar۔se para qualquer órgão. A doença ocorre principalmente nos E.U. A e no Canada, mais comum entre os homens de áreas rurais com 30 a 50 anos. Infecções disseminadas são frequentemente fatais, mesmo com tratamento. O organismo não é transmitido do homem ou de outros animais para outros seres humanos.
Paracoccidioidomice
Paracoccidioides Brassiliensis
Dimorficoː cresce como fungo filamentoso a 25ºc e como levedura a 37ºc. Habitat provavelmente no solo.
A infecção ocorre com mais frequência na América do Sul. Clinicamente é muito similar à blastomicose. As lesões são comummente encontradas não somente nos pulmões, mas também na boca, no trato intestinal e em lifonodos do pescoco.
Criptococose
Cryptococcus neoformans (filobasidiella neoformans).
Células semelhantes a levedura com bratamento; são circundadas por uma capsula.
Habitatː solo, fezes de aves, tal como pombos.
O organismo pode infectar qualquer parte do corpo, mas geralmente inicia pelo pulmão e espalha۔se por meio da corrente sanguínea. Infecção do cérebro e menigens geralmente causam a morte, a menos que sejam tratadas. Pessoas imunossuprinidas, tais como aquelas com leucemia, doença Hodgkins ou Sida são particularmente susceptíveis à infecção. A ocorrência da doença é mundial.

3.3. Agente Etiológico
Agente etiológico é o nome, dado ao agente causador de uma doença. Normalmente, este causador precisa de um vetor para proliferar a doença (ou seja, completar seu ciclo de parasitismo). Este vetor pode ser animado ou inanimado. Existem centenas de agen-tes etiológicos dos quais podem causar, se não tratados, uma série de más consequências. Dentro dessas centenas de agentes etiológicos, há que ter em conta que podem ser de origem endógena ou exógena.
Factores Endógenos - Intrínseco ao hospedeiro - Idade - Factores hormonais - Facto-res metabólicos - Factores Congénitos - Factores Hereditários - Factores Imunológicos - Factores neurogênicos
Factores Exógenos - Exteriores ao hospedeiro - Traumatismos - Microrganismos pato-génicos - Agentes físicos - Agentes químicos
Logo, não se pode generalizar nenhum tipo de agente etiológico ou mesmo classificá-los de acordo com doenças, pois cada caso tem seu particularismo. Porém, pode-se, sim, compará-los e constatar que certos tipos de agentes e certos tipos de ciclos de parasitis-mo se equiparam.

3.4. Agente Patogénico e Não Patogénico
3.4.1. Agente Patogénico
Um agente patogénico ou agente patogénico também chamado de agente infeccioso ou etiológico animado, é um organismo capaz de produzir doenças infecciosas aos seus hospedeiros sempre que estejam em circunstâncias favoráveis, inclusive do meio ambien-te. Podem ser bactérias, vírus, protozoários, fungos ou helmintos. O agente patogénico pode se multiplicar no organismo do seu hospedeiro, podendo causar infecções e outras complicações.
Um patogéno oportunista geralmente é inofensivo em seu habitat normal, mas pode se tornar patogénico em um hospedeiro que se encontra debilitado ou traumatizado indiví-duos sob tratamento em antibióticos de amplo aspectro; indivíduos cujo sistema imune esteja suprimido por drogas ou por distúrbios, ou aqueles que tenham alguma doença pulmonar.
Pneumocystis é um patogéno oportunista encontrado em indivíduos com o sistema imu-ne comprometido e é a infecção mais frequente em pacientes com Sida, podendo ser fatal.
Stachybotrys é um patogéno oportunista que normalmente cresce na celulose encontrada em plantas mortas, mas que recentemente foi encontrado nas paredes de casas prejudi-cadas pela humidade.
Mucormicose é uma micose oportunista causada por Rhyzopus e Mucor; a infecção ocor-re principalmente em pacientes com diabetes melito, leucemia, ou sob tratamento com drogas imunossupressoras.
A espergilose também uma micose oportunista causa por Aspergilus. Essa doença ocorre em indivíduos que estão delimitados devido a doenças nos pulmões ou ao câncer e que tenham inalado esporos de Aspergillus.
As infecções oportunistas causadas por cryptococcus e penicillium podem ser feitas para pacientes com Sida. Esses fungos oportunistas pode ser transmitidos de um indivíduo para outro que não esteja infectado, mas geralmente não infectam indivíduos imu-nocompetentes.
As infecções por leveduras ou candidíases, frequentemente são causadas por candida albicans e pode ocorrer como candidíase vulvovaginal ou como “sapinho”. A candidíase ocorre com frequência em recém-nascidos, pacientes com Sida e indivíduos em trata-mento de antibióticos de amplo aspectro.

3.4.2. Agente Não Patogénico
Os agentes não patogénicos são aqueles que alteram as características normais dos ali-mentos, quer deteriorando-os (estragando-os) ou transformando-os beneficamente em alimentos elaborados. Dentre os deterioradores estão àqueles causadores de mofos, alte-ração de cor, amolecimento, entre outras modificações, e entre os benéficos estão os que participam do processo de fabricação de muitos alimentos como leites, queijos, vinhos, etc.
3.5. Doenças Causadas por Fungos
Qualquer infecção de origem fúngica é chamada de micose. As micoses geralmente são infecções crónicas (de longa duração) porque os fungos crescem lentamente.
As mucosas são classificadas em quatro de acordo com o grupo de envolvimento no tecido e o modo de entrada no hospedeiro:
Micoses sistémicas 
Micoses subcutâneas
Micoses cutâneas
Micoses superficiais ou oportunistas.
Micoses sistémicas – são infecções fúngicas profundas no interior do corpo. Não são restritas a nenhuma região particular, mas podem afectar vários tecidos e órgãos.
Elas normalmente são causadas por fungos que vivem no solo. A inalação dos esporos é a rota da transmissão essas infecções em geral se iniciam nos pulmões e se difundem para outros tecidos do corpo.
 Elas não são contagiosas entre animais e humanos ou entre indivíduos.
Micoses subcutâneas – são infecções fúngicas localizadas abaixo da pele causadas por fungos saprofíticos que vivem no solo e na vegetação. A esporotricose é uma infecção subcutânea adquirida por jardineiros e fazendeiros. A infecção ocorre por implantação directa dos esporos ou de fragmentos de Micélio em uma perfuração na pele.
Micoses cutâneas – também chamadas de dermatomicoses são infecções que infectam apenas a epiderme, o cabelo e as unhas causado pelo fungo dermatófitos.
 Os dermatófitos secretam queratinase, uma enzima que degrada a queratina, uma prote-ína encontrada no cabelo, na pele e nas unhas. A infecção é transmitida entre humanos ou entre animal e humano por contacto directo ou contacto com fios e células epidérmi-cas infectadas (como tesoura de cabeleireiro ou pisos de banheiro).
Micoses superficiais – os fungos são localizadas ao longo dos fios de cabelo e em célu-las epidérmicas superficiais.

Existem 5 doenças causadas principais doenças causadas por fungos:
1. Onicomicose – é uma doença que pode infeccionar as unhas e pode ser conside-rada um problema muito difícil de tratar.
Há 3 grupos de fungos que causam essa complicação, são eles, as leveduras (fun-gos como o trichophyton rubrum), os dermatófitos (fungos como o cândida albi-cans) e os não dermatófitos (como o microascus brevicaulis).

2. Miningite fúngica – é uma doença que provoca inflamação, nas membranas que revestem a medula espinal e o cérebro. A doença é causada por fungos crypto-coccus, e o contágio ocorre pela inalação do ar com pequenas células contamina-das.
3. Candidiase  – possui esse nome pois é causada por diferentes espécies de levedu-ras da família Cândida que se torna uma das Principais Doenças Causadas por Fungos e essa levedura é bastante comum nos seres humanos.  Muitas delas vi-vem pacificamente em nossos corpos, elas estão presentes em superfícies húmi-das, como na boca, intestino e até mesmo no órgão reprodutor feminino, poden-do causar infecção vaginal. Já as infecções que ocorrem na boca ou na garganta, são chamadas de candidíase, e desencadeiam quando a levedura invade a corren-te sanguínea e se espalha por diversas áreas do corpo.
A candidíase também pode ser fatal em casos de pessoas que possuem o sistema imunológico fraco.
4. Histoplasmose é uma doença que atinge os pulmões do paciente infectado. O fungo histoplasma caspsulatum, causador da doença é encontrado nas fezes de morcegos ou pássaros.
5. Penicilinase é uma infecção pelas Principais Doenças Causadas por Fun-gos fungo Penicillium Marneffei. A doença é considerada grave, pois pode atin-gir diversos órgãos vitais do corpo, como o pulmão, os rins e fígado. A Penicili-nase é especialmente perigosa para pessoas seropositivas e com baixa imunidade, pois essas condições favorecem que a infecção se espalhe pelo organismo. O tra-tamento é realizado a partir da administração de medicamentos antifúngicos.

4. Conclusão
Terminada a abordagem, pode-se dizer que de uma forma geral, podemos dizer que há tipos diferentes de fungos e também que eles são uma forma de vida bastante simples. Entre suas diferenças, há aqueles que são extremamente prejudicais para a saúde do ho-mem, provocando inúmeras doenças. Há ainda os que parasitam vegetais e animais mor-tos. Os que servem para alimento (champignons) e até aqueles dos quais se podem ex-trair medicamentos importantes para o homem, como a penicilina.
Contudo, boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como ciência teve por objec-tivo final a melhoria das condições de saúde da população humana, o que demonstra o vínculo indissociável da pesquisa epidemiológica com o aprimoramento da assistência integral à saúde. Por isso, há ainda avançados e trabalhos importantes a respeito deste assunto. Muitos medicamentos estão sendo desenvolvidos com o objectivo de livrar o homem desta companhia desagradável e prejudicial.

5. Bibliografia
ALTER, M. J., Hepatities C: And miles to go before we sleep. New England Journal of Medicine, n. 321, P. 538-39, 1989
CARLILE MJ, GOODAY GW, (2001), The Gungi, 2nd Academic press;
DEACON JW., (2006) Fungal Biology, 4th ed., BLACKWELL.
MICHAEL J., PELEZAR Jr., E. C. S. chan, Noel R. Krieg, conceitos e Aplica-ções, 2ª edição, vol. 2
WEBSTER J., WEBER, RSB (2007), Introduction to fungi, 3rd ed., Cambridge University Press;

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