Google logo  MAIS PARA BAIXO  Google logo

Ad Unit (Iklan) BIG


As primeiras formulações nacionalistas e as diferença entre nacionalismo Europeu e Africano

Introdução
Neste presente trabalho iremos falar das primeiras formulações nacionalistas; diferença entre nacionalismo europeu e africano. Como já sabemos, os movimentos nacionalistas estão ligados tanto a facções políticas de esquerda como da direita, tendo dado origem a regimes fascistas na Europa mas também a movimentos autonomistas tanto em África como na Ásia. O nacionalismo, embora mais concentrado nas identidades históricas e culturais dos povos, foi também usado pelos sectores pró-racistas para sustentar as diferenças étnicas que estiveram na base dos movimentos fascistas, neofascistas ou os sectores nacionalistas conservadores que defendem certas formas menos radicais de racismo.

As primeiras formulações nacionalistas; diferença entre nacionalismo europeu e africano
As primeiras formulações nacionalistas surgem no âmbito da nova dinâmica da política colonial e da crise económica mundial do pós – I Guerra Mundial. As populações de Moçambique era-lhes negado o exercício dos direitos político e o único caminho era, consequentemente, a luta pela emancipação.
O nascimento do nacionalismo moçambicano, bem como a contestação do colonialismo europeu, manifestava-se nas associações na imprensa e na poesia, na linha de um movimento mais amplo de emancipação africana cuja expressão predominante foi o que se chamou de pan-africanismo.
Diferença entre nacionalismo europeu e africano
Os movimentos nacionalistas foram despoletados na Europa e nos EUA. A primeira revolução liberal de cunha nacionalista foi a revolução americana em 1776. Depois, as ideias revolucionarias nacionalistas espalharam-se à Europa e a revolução francesa foi a sua expressão máxima, em 1789. Depois dos EUA e da Europa, os movimentos nacionalistas difundem-se pela América latina, Ásia e no século XX chegam à África.

Mas o que distingue os nacionalismos europeus dos de África?
Esquerda versos Direita
Os movimentos nacionalistas estão ligados tanto à facções politicas de esquerda com da direita, tendo dado origem a regimes fascistas e de direita na Europa, mas também a movimentos autonomistas e de esquerda, tanto em África como na Ásia.

Racistas versus Autonomistas
O nacionalismo, embora mais concentrado nas identidades históricas e culturais dos povos, foi também usado pelos sectores pro-racistas para sustentar as diferenças étnicas que estiveram na base dos movimentos fascistas, neofascistas ou os sectores nacionalistas conservadores, que defendem certas formas menos radicais de racismo. Em África nacionalismo era um movimento, um sentimento de busca pela autonomia da opressão colonialista.

Liberdade e prosperidade para todos
No inicio dos movimentos nacionalistas, como na revolução americana, o deseja era a liberdade aliada à necessidade de engrandecimento e prosperidade. Nos últimos movimentos, nacionalistas africanos, esse desejo mantinha-se. Os povos do mundo sempre sentiram a necessidade de serem livres mais prósperos e ricos.

O Nacionalismo Moçambicano
O nacionalismo moçambicano, como praticamente todo o nacionalismo africano, foi fruto directo do colonialismo europeu. A base mais característica da unidade nacional moçambicana é a experiência comum (em sofrer) do povo durante os últimos cem anos de controle colonial português.
Uma das bases fundamentais da crescente exploração que Portugal quis implementar em Moçambique após 1930, era a repreensão político fascista, que impediu o desenvolvimento de organizações anti-coloniais. A luta dos moçambicanos contra a dominação e exploração colonial capitalista nunca esteve apagada. No entanto, ela foi adquirindo formas e dimensões diversas de acordo com as circunstâncias da exploração e preensão colonial.
Antes do fim na Segunda Guerra Mundial, exerceu-se uma luta através de jornais e outras publicações como é o caso das pinturas, denunciando os abusos, arbitrariedades, actos injustos e imorais praticados por agentes da autoridade colonial. Caso típico destes jornais foi o Brado e Grémio Africano, liderados pelos irmãos João e José Albasini. Nestes jornais procuravam denunciar aos abusos cometidos pelo colonialismo.
Por outro lado, criaram-se em Moçambique associações legais de carácter cultural e recreativo que procuravam divulgar os valores africanos em geral e moçambicanos em particular e fazer valer a personalidade moçambicana.
Pouco depois da 2ª Guerra Mundial formou-se em Moçambique o Movimento dos Jovens Democratas Moçambicanos (MJDM), cujo objectivo era fazer uma intensa propaganda contra a política clandestina. A liderança deste movimento esteve a cargo de Sobral de Campos (antigo consultor jurídico da Confederação Geral de Trabalho e outros organismos operários portugueses radicados em Moçambique), Sofia Pomba Guerra e Raposo Beirão (Advogado). João Mendes, Ricardo Rangel (fotografo) e Noémia de Sousa (poetisa), faziam também parte do movimento. O MJDM pretendia combater as grandes injustiças sociais de que estavam a ser vítimas os trabalhadores por parte dos patrões e promover a unidade de todos os africanos.
Todavia, vigiado pela polícia e limitado pelas divisões raciais impostas ao movimento associativo, o MJDM não podia ter um impacto fora do seu fundador. Em 1948-1949, o regime reprimiu o movimento. O Centro Associativo de Lourenço dos Negros de Marques, as Associações Africanas de Lourenço Marques e de Quelimane e o Núcleo Negrófilo de Manica e Sofala, constituíram parte do aparelho legal através do qual o regime colonial pretendeu enquadrar as aspirações culturais e políticas da pequena burguesia.
Igualmente, foi criada a Associação dos naturais Moçambicanos. Em 1949, formou-se em Lourenço Marques, com cerca de 20 membros, o Núcleo dos Estudantes Secundários de Moçambique (NESAM) que funcionava dentro do Centro Associativo dos Negros. Esta organização, pretendeu representar os poucos estudantes que conseguiram matricular-se nas Escolas secundárias da colónia ou que obtiveram a sua formação na África do Sul. O objectivo do Núcleo era fomentar a Unidade e Capacidade intelectual, espiritual e física para melhor servir a sua comunidade e acabar com o colonialismo. A este núcleo pertenceram Joaquim Alberto Chissano, Mariano Matsinhe, Pascoal Adelina Mocumbi, Luís Bernardo Honwana, Armando Emílio Guebuza e Filipe Samuel Magaia.

Conclusão
Neste presente trabalho, concluímos que o surgimento do Nacionalismo africano se diferencia do europeu, e teve como diferença principal a sua ordem de acontecimentos. Na Europa o sentimento de nacionalismo surgiu antes das unificações dos Estados, os povos dividiam não só a luta pela unificação, como também identidades culturais e um passado histórico, a luta destes povos se deu para que mantivessem uma unidade cultural e política.
Já na África quando esta ideologia surgiu, os Estados já estavam divididos segundo interesses colonialistas de Estados europeus. As colónias presentes na África abrigavam pessoas de distintas culturas, tendo estes como laço em comum estarem submetidas a um senhor estrangeiro. Os territórios já estavam delimitados e foram aceitos assim como estavam; a principal luta era por um reconhecimento de africanidade essencial que fazia parte de todas as culturas.

Bibliografia
NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013
História de Moçambique. 2ª Edição. Maputo 1991. Universidade Eduardo Mondlane
  • aulas de moz
  • aulasdemoz
  • www.aulasdemoz.blogspot.com

Artigos relacionados

Enviar um comentário


Iscreva-se para receber novidades