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A chegada dos Portugueses em Moçambique - História de Moz 07

Nos finais do século XV (15) o Rei de Portugal organizou uma expedição chefiada pelo navegador Vasco da Gama, com o objectivo de descobrir o caminho por mar entre a Europa e a índia.

O comércio na Europa tinha atingido um desenvolvimento muito elevado. Do Oriente chegavam especiarias e outros produtos, mas o percurso por terra tornava os produtos muito caros à sua chegada à Europa. 

O caminho marítimo facilitaria o comércio, tornando os produtos mais baratos. Esta expedição parou em alguns pontos da costa actual do nosso Pais e, em 1498, chegou à Ilha de Moçambique. 

Os portugueses preocuparam-se desde logo em ocupar a Ilha de Moçambique, base que servia fundamentalmente para dar apoio aos navios que por ali passavam. 

Esta posição, de grande importância para o controlo do caminho marítimo para a índia, assegurava a Portugal praticamente o monopólio do comércio das especiarias orientais consumidas na Europa: pimenta, canela, cravo da india, etc. 

Na costa moçambicana, os portugueses procuraram dominar outras posições estratégicas ou de interesse comercial. Entre estas destaca-se Sofala, por onde eram escoados o ouro e o marfim vindos do interior. Nos seus planos, os mercadores portugueses pretendiam substituir-se aos árabes no controlo de todo o comércio da costa oriental de Africa. Os árabes ofereceram uma forte resistência, mas acabaram por ser praticamente neutralizados. 

Para aniquilar a presença árabe, os portugueses ocuparam Sofala em 1505 e, mais tarde, Quelimane, Sena e Tete, no rio Zambeze. Nestes pontos, os portugueses estabeleceram pequenas empresas comerciais onde os mercadores se abasteciam para o seu comércio no interior, e colocaram aí tropas para proteger os seus interesses. 

Ao eliminar a influência comercial árabe, e com a ocupação das posições estratégicas nas rotas comerciais, os portugueses criaram condições para penetrarem no interior do território. 

A expedição militar comandada por Francisco Barreto, em 1572, tinha como objectivo reforçar a dominação comercial portuguesa e visava a ocupação das regiões onde se situavam as minas de ouro e prata do Monomotapa. Como pretexto, os portugueses consideraram-na uma expedição punitiva, enviada para vingar a morte do missionário Gonçalo da Silveira, que desaparecera na corte do Monomotapa após o ter baptizado e à sua família. 

 A coluna deparou com forte resistência armada da população e, não preparada para lutar nas condições de terreno e de clima que encontrou, foi parcialmente dizimada, longo do caminho que percorreu para chegar ao interior.Reforçada por novas tropas fortemente armadas, a expedição portuguesa acabou por entrar em contacto com o Monomotapa, que nessa altura se via ameaçado por um Estado rival. O Monomotapa fez por isso a paz com os portugueses, em troca de armas e de auxílio militar capazes de o manter no poder. No entanto não divulgou os locais onde se situavam as minas, utilizando com esse fim vários subterfúgios que conseguiram enganar os portugueses. 

Ficou estabelecido que, para poderem negociar e atravessar as suas terras, os comerciantes portugueses tinham que pagar tributo aos chefes africanos, como já faziam os árabes. 

Para facilitar o comércio, os portugueses começaram a reunir-se periodicamente em lugares fixos, onde os povos do interior iam levar os seus produtos. Esses locais de comércio eram chamados Feiras. 

O representante português de todas elas junto ao Monomotapa, tinha o titulo de Capitão. Ia de tempos a tempos efectuar o pagamento do tributo à capital, não podendo entrar nela nem calçado nem armado, em sinal de respeito. 

Esse tributo tinha o nome de curva. Sempre que os portugueses faltassem ao seu pagamento, o Monomotapa tinha direito à empata, isto é, ao confisco de todos os bens dos comerciantes portugueses que se encontrassem nas suas terras.


História de Moçambique #07
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