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Evolução da indústria e comércio no mundo

Conceito de indústria

A maior parte das matérias fornecidas pela exploração directa do meio ambiente requerem transformações antes de serem consumidas, por exemplo, as fibras têxteis são fiadas e tecidas; as argilas cozidas para fazer a cerâmica. Os minérios nunca são metais no estado puro, pois devem ser reduzidos, fundidos parta dar semiprodutos que servirão para uma grande quantidade de utilizações ulteriores. Tudo Isso espelha que a maior parte dos bens primários necessitam de transformação para o seu imediato consumo.

Mas o que é a indústria?

Etimologicamente indústria significa actividade. No sentido lato, indústria consiste na transformação de matéria-prima em produtos acabados ou semiacabados. Nesta, inclui-se o artesanato, ou seja, a produção doméstica ou caseira. Assim, a indústria propriamente dita, isto é, em sentido restrito, refere-se ao conjunto de processos ordenados e metódicos que o Homem emprega para transformar as matérias-primas em objectos úteis, para satisfação das suas necessidades.

Por outros termos, a indústria está relacionada com a utilização de meios mecânicos e com a produção em larga escala. E aí que se distingue do artesanato, cujas capacidades e horizonte de trabalho são mais restritos.

O estudo da organização territorial da Indústria é possível através de muitas ciências, entre as quais cabe um papel fundamental à Geografia Económica, através da Geografia da Indústria, que é um ramo da primeira que trata das localizações espaciais da produção industrial, ou seja, que estuda a distribuição geográfica dos modos de produção industrial de acordo com as condições gerais - territoriais, económicas, técnicas e naturais de cada país ou região.

Conceito de comércio

Por comércio deverá aqui entender-se a actividade económica que consiste na troca ou venda de produtos, mercadorias, valores e ou prestação de serviços.

A actividade comercial quase sempre esteve e continua a estar estritamente ligada à actividade industrial. Apesar disso, a génese mostra que esta precedeu o comércio.

A actividade comercial vem de longa data, pois esta última decorre da incapacidade do Homem ser auto-suficiente no que diz respeito à satisfação das suas necessidades.

Nos primórdios da Humanidade, o próprio Homem é quem se responsabilizava por produzir os bens de que necessitava para a sua sobrevivência. Porém, quando não conseguia produzi-los, ele trocava um produto que dispunha em abundância pelo produto de que necessitava. Esse processo de troca directa de produtos é designado por escambo. Pensa-se que o termo câmbio terá surgido a partir desta palavra.

Com a ampliação do horizonte geográfico e as exigências crescentes das suas necessidades, este sistema entrou pouco a pouco em desuso, isto porque a troca directa dos produtos trazia algumas desvantagens, tais como: dificuldade de transporte de grandes quantidades de produtos até ao local de trocas (mercado); nem sempre o Homem conseguia trocar o seu produto por aquele de que necessitava; o estabelecimento dos valores dos produtos era bastante problemático.

Posteriormente, o Homem introduziu a moeda, instrumento este que veio a permitir maior facilidade nas trocas. Com efeito, a possibilidade do alargamento das trocas tornou-se bem maior, sendo este sistema substituído pela actividade comercial. Deste período inicial até aos séculos XV e XVI, o comércio era realizado a nível local e cingia-se apenas a artigos e ou produtos de alto valor e pequeno volume, excepto os produtos do comércio triangular.

Com a Revolução Industrial, o comércio ganha um impulso qualitativo e quantitativo em todo o mundo, pois já há condições favoráveis que estimulam as transacções comerciais.

A crescente procura de produtos para satisfazer as necessidades da população, que crescia a um ritmo galopante como resultado do progresso tecnocientífico nos campos da Medicina e agricultura, fez incrementar o consumo das matérias-primas por parte das indústrias, acelerando assim o fluxo comercial.

O comércio mundial conheceu, nas últimas décadas, um crescimento explosivo. Entre 1970 e 1992, tanto as importações como as exportações incrementaram exponencialmente. Entre os factores que justificam a grande expansão do comércio mundial, destacam-se: o forte crescimento económico e demográfico, a diversificação da produção industrial, a demanda pelas populações como resultado da melhoria do nível de vida, o desenvolvimento e modernização dos transportes e comunicações e a eficácia crescente dos serviços financeiros auxiliares.

De facto, nos dias actuais, as economias nacionais são bem mais abertas para o exterior que no passado. Grande parte dos produtos consumidos num país vêm de fora. Por outros termos, podemos igualmente adquirir, desde que tenhamos dinheiro para tal, produtos electrónicos sofisticados, fabricados no Japão ou nos EUA, na China, etc. O comércio internacional gera então entre os países uma corrente de importações (compras) e de exportações (vendas), cujo valor determina em cada país a balança comercial.

Por balança comercial entende-se a diferença entre o valor das exportações e o de importações. Portanto, a balança comercial diz-se positiva se o valor das exportações for superior ao das importações, e negativa no caso inverso. Se o valor das exportações for igual ao das importações, diz-se balança comercial nula ou equilibrada.

Bibliografia
  • BONATTO, Cláudio. MORAES, Paulo Valério Dal Pai. Questões Controvertidas no Código de Defesa do Consumidor. RS. Livraria do Advogado, 2003;
  • DERANI, Cristiane. Direito Ambiental Econômico. SP. Ed. Saraiva, 2007. 
  • MELLO, Leonel Itaussu. A., COSTA, Luis César Amad. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1991.
  • MONSO, Francisco Jorge, VICTOR, Ringo, Pré-Universitário 12, Longman Lda, Maputo
  • SILVA, José Julião da., GEOGRAFIA - 12.ª CLASSE, MAPUTO, Plural Editores Moçambique, 2014

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