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Espiritualidade e o ser humano

Devemos entender antes de desenvolvermos a este pensamento, o seguinte: A espiritualidade não tem necessariamente relação com a religião. Para Siqueira , o termo “religiosidade” “implica a relação do ser humano com um ser Transcendente ”, ao passo que o termo “espiritualidade” “ não implica nenhuma ligação com uma realidade superior ”. Para esse autor, a espiritualidade significa a possibilidade de uma pessoa mergulhar em si mesma. Ele completa afirmando o seguinte: a ‘espiritualidade’ designa toda vivência que pode produzir mudança profunda no interior do homem e o leva à integração pessoal e à integração com outros homens ”.


A espiritualidade tem relação com valores e significados: “o espírito nos permite fazer a experiência da profundidade, da captação do simbólico, de mostrar que o que move a vida é um sentido, pois só o espírito é capaz de descobrir um sentido para a existência. A espiritualidade não se opõe ao material, corpóreo, mundano; não rejeita ou nega a natureza; não tem nada a ver com a fuga do mundo; está encarnada na vida de cada pessoa e sua época; “ expressa o sentido profundo do que se é e se vive de facto ”; precisa de silêncio reflexivo e de contemplação; “ assume o corpo e permite que o homem ultrapasse o nível biológico e emocional de suas vivências, mesmo das mais elevadas e sublimes. Contudo, embora a espiritualidade seja característica de todo ser humano, ela pode ser cultivada ou não. Uma das maneiras, mas, nem de longe a única maneira através da qual a espiritualidade pode ser cultivada, é através da religião. Nesse sentido, podemos dizer que a religião é posterior à espiritualidade e uma manifestação dela.

O ser humano desde o seu nascimento até à sua morte percorre um caminho único, cuja dimensão humana pressupõe e obriga -nos a dar sentido à nossa vida, através das nossas realizações, estimulando-nos a criar e a edificar legados. São essas heranças, as vivências e as experiências adquiridas ao longo desse caminhar que irão reflectir e espelhar na forma como atravessaremos o resto da viagem da vida, em direcção ao último porto.


Ao procurar uma definição para este termo percebe se que já há vários séculos tal aspecto está presente nas abordagens filosóficas, teólogas, religiosas. Refere se etnologicamente à palavra espiritualidade, como o significado do sopro de vida, encontrar o seu sentido, do transcendente. Ainda que importe distinguir espiritualidade de religiosidade, apesar de relacionadas, não significam o mesmo. A espiritualidade vai para além dos dogmas das religiões tradicionais. A religiosidade envolve dogmas, o culto e a doutrina partilhadas, enquanto a espiritualidade está ligada a às questões, aos aspectos da vida humana relacionados com experiências que transcendem os fenómenos sensoriais. Relacionam se às questões que se prendem com o significado e o propósito da vida, a procura de respostas que transcendam o caos em que vivemos no momento, dando -nos o significado e a solução para uma adaptação e reorganização, principalmente interior, de propósitos mais elevados, de repensar os conceitos e as prioridades da nossa vida a busca de um sentido. Ao considerarmos a espiritualidade como parte do cuidar necessitamos exercita-la, questionando e reflectindo sobre o sentido da vida, força motivadora do ser humano, auxilia a manter a saúde mental positiva e a integridade, mesmo que nos deparemos com situações adversas.

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