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Arte Moçambicana: Pintura, Arquitectura e Escultura

A necessidade de sobrevivência levou o homem a usar a inteligência e as suas mãos para transformar a natureza, criando instrumentos de trabalho, utensílios domésticos, armas e posteriormente criou instrumentos de dança ritual, mascaras, esculturas e outras pecas que eram usadas na evocação dos deuses.

Actualmente existe pouca literatura acerca da história da arte moçambicana, apesar da sua vastidão e riqueza, sendo de destacar as obras que têm, ao longo dos anos, o património artístico nacional, assim sendo, a pintura, a escultura, a cerâmica e a cestaria são algumas das manifestações artísticas que integram o universo cultural moçambicano.

Pintura Moçambicana

A pintura é a representação que resulta da aplicação de tinta numa superfície. A realização da pintura requer sempre a presença de um suporte de tinta e, se possível, de fixador. Todo o trabalho de pintura caracteriza-se pela presença de cor.
O conceito de pintura vai sendo aperfeiçoado a medida que os tempos passam e de acordo com os ideais. Inicialmente, a pintura estava relacionada com a aplicação ou uso de pigmentos em forma liquida a uma superfície de modo a colori-la. Com o desenvolvimento tecnológico permitiu a elaboração de obras de pintura no computador, sem no entanto recorrer o uso de pigmento em forma líquida. Ao longo dos tempos, a pintura à óleo algumas das mais importantes obras de pintura, a mesma que também é usada por muitos pintores moçambicanos.

Toda pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte. A escolha dos materiais e técnica adequadas está directamente ligada ao resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizadas.

A pintura em Moçambique passou por várias fases, das quais mencionamos:

a) Fase pré-histórica (pinturas rupestres em vários pontos do país): EPintura rupestre em Manica; EConjunto pictográfico rupestre da serra de Chicolone e Chifumbazi; E Os de Riane na província de Nampula.

b) Fase colonial (anterior a independência): vários artistas abordavam assuntos relacionados com a emergência de uma consciência nacional, como é o caso da pintura de grandes representantes como Malangatana, Chichorro e outros.

c)Fase da independência: criou-se grandes retratos e murais abordando o contexto social e político. Neste momento surgiram muitos artistas pintando paredes com expressões revolucionárias que estavam espalhadas por todas as paredes, nos locais públicos.

Um dos maiores pintores da época contemporânea é Malangatana Valente Guenha, que alem de pintor, cantava, dançava, escrevia poemas, participava nas pecas teatrais, trabalhava com a cerâmica, a escultura entre outras actividades, passando assim a ser considerado o embondeiro das Artes plásticas de Moçambique.

Exemplos de Pinturas de Pintores destaques em Moçambique

Arquitectura Moçambicana

Arquitectura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. Ou, arquitectura é uma actividade que esta virada para a criação de espaços onde o Homem pode realizar as suas actividades em condições ambientais e visuais adequadas.
A arquitectura é arte porque usa edifícios para transmitir sensações estéticas para além do carácter utilitário que esta desempenha na nossa vida.

Como em qualquer forma visual, a forma arquitectónica é composta por:
  • Superfície, estruturas, textura, cor, materiais, massa que contribuem para marcar e caracterizar um lugar, uma rua, um jardim, uma cidade. A presença da forma, arquitectónica num determinado espaço conduz o nosso olhar, procurando percepcionar e sentir o espaço.

Em Moçambique o urbano e o rural são dois países com evoluções próprias, paralelas ou confluentes, mas ainda muito distantes (ou mesmo em distanciamento progressivo...) em termos da expressão de formas diversas de habitar.

O camponês, herdeiro das tradições técnicas ancestrais que lhe permitem viver em equilíbrio com o meio ambiente, vai, paulatinamente, integrando nos seus saberes e necessidades outras exigências e outras possibilidades. Mas está ainda longe das mutações culturais que, um dia, o farão urbanizado.

Arquitectura Tradicional ou Rural Moçambicana

Características da Arquitectura tradicional ou popular moçambicana

A Arquitectura tradicional ou popular é de estrutura simples, de material natural geralmente existentes nas comunidades rurais.

O conhecimento técnico desta arte obedece os princípios culturais de formação dos seus construtores baseados na transmissão de geração em geração, o que as habilidades e capacidades para construções, são transmitidos de avo para o pai, para filho até às gerações posteriores.

A Arquitectura tradicional moçambicana existe ao longo do território nacional de modo particular no campo, por outras palavras, podemos afirmar que esta Arquitectura é tipicamente campestre pôs com o desenvolvimento industrial as matérias naturais (palha, capim, barro, madeira, etc.) anteriormente usados, foram sendo substituídos pelas matérias industrialmente produzidas (cimento, azulejos, tijolos, chapas de zinco, etc.) dando lugar ao surgimento das cidades no nosso país.

Esta Arquitectura possui várias características das quais se destacam as seguintes:

Planta circular de cobertura cónica



Planta quadrangular de cobertura piramidal a quatro águas



Planta rectangular com cobertura a uma ou duas águas


A técnica de construção usada e mais conhecida é a técnica tradicional mas podemos também chamar a técnica de pau-a-pique, aquela que implica uma construção à base de material natural (bambu) ou varas entrecruzadas, posteriormente “maticadas” o que significa cobertas de barro ou com arreia, para se compor as paredes da casa.

Escultura Moçambicana

Escultura é uma expressão artística que se fundamenta na criação de objectos tridimensionais. Alargando o campo estético da pintura, que tem um carácter eminentemente visual (embora, durante a última centúria tenha conhecido notável incremento das dimensões sensoriais), a escultura adiciona a percepção táctil e as sensações de matéria, volume, peso e espaço. Estas características permitem aproximá-la da arquitectura, verificando-se que em muitas culturas era corrente a associação de esculturas com as estruturas arquitectónicas.

A escultura tradicional pode classificar-se de exenta (quando tem a forma de estátua de vulto redondo) e de relevo (adossada a um plano de suporte) - neste caso com as subclassificações de baixo-relevo ou alto-relevo. Pode elaborar-se aplicando vários processos. EEntalhe também designado por cinzelado, um processo subtractivo que se baseia na eliminação de matéria a um bloco de maneira a obter-se a forma pretendida. EMichelangelo constitui um dos expoentes máximos desta técnica de trabalho.

Embora seja mais frequente o uso de pedra, nomeadamente do mármore, é também possível o emprego de madeira ou de outros materiais mais raros, como o marfim. Tanto as esculturas em madeira como as de pedra são muitas vezes policromadas. E o modelado, feito com materiais brandos como cera ou argila. Devido à fragilidade do resultado, o modelado usa-se sobretudo para esbocetos e estudos preliminares ou ainda como base de criação de moldes para estátuas executadas com metais fundidos. A fundição de esculturas, com utilização de moldes remonta à pré-história.

Exemplos da Escultura Típica Moçambicana


Bibliografia
  • MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Léo Christiano Editorial.
  • PILETTI. Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. Rio de Janeiro, Ed. Ática.
  • FREIRE, Paulo (1996): Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro, Paz e Terra S/A.
  • EAGLETON, Terry. A função da crítica. Trad. Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
  • HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor W. A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas. In: Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p. 113-156.
  • MARQUES, Reinaldo; VILELA, Lúcia (orgs.). Valores: arte, mercado, política. Belo Horizonte: Editora UFMG/Abralic, 2002.
  • PATIÑO, Roxana. América Latina: literatura e crítica em revista(s). In: MARQUES, Reinaldo; SOUZA, Eneida Maria de. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2009. p. 456-469.
  • SANTIAGO, Silviano. Regionalismo(s): aquém e além da literatura, aquém e além do estado-nação. In: Suplemento Literário, Belo Horizonte, jun. 2005. p. 3-9.
  • YÚDICE, George. A conveniência da cultura. A conveniência da cultura: usos da cultura na era global. Trad. Marie-Anne Kremer. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. p. 25- 64.

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2 comentários

  1. Bom dia caríssimos,
    Em primeiro lugar, quero parabenizar a equipa pelo artigo.

    Contudo, lamento o facto o facto de não apresentarem a fonte principal de onde retirou-se maior parte do conteúdo aqui apresentado.

    Se, como moçambicanos, não respeitam os conteúdos produzidos pelos moçambicanos, e têm coragem de colocar fontes que não são fiéis, assumem o papel de "fraudulentos" ou, se quisermos embelezar, "plagiadores".

    Com isso, solicito que removam o conteúdo que não faz parte das fontes referenciadas, ou, façam as coisas do jeito certo.

    Somente para deixar claro, o documento original foi publicado em 2012 e cita claramente o meu nome nas ilustrações de plantas cónicas, quadrangulares e demais objectos do mesmo artigo.

    Alberto Saué

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