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O discurso do poder e a subjectividade em Michael Foucault

Michael Foucault, elaborou o conceito de “discurso de poder” para explicar o que é a “história”.
Foucault argumentava que não existe uma história constituída subjectivamente. O que havíamos imaginado como “história” é na realidade uma série de histórias que são o produto de forças maiores que estão além do controle (ou até mesmo do conhecimento) do sujeito. De fato, para ele, a história é a identificação e a descrição de discursos de poder por trás das operações de controlo social das populações em diversos momentos e lugares.

No momento da investigação em Análise do Discurso, tivemos alguns estudos que, pela diversidade que seja problemática da subjetividade em Michel Foucault, mostram o quanto essa temática é importante e ainda relevante a esse campo de investigações. São investigações que destacam sobre a produção do sujeito em face de sua inscrição em determinadas formações discursivas, ou melhor, consideram o sujeito influenciado por discursos e, em decorrência dessa propensão, abordam a subjetividade produzida pelo exterior, por meio de discursos.

A título de ilustração, mencionamos:
A analisa do discursos de autoajuda como algo exterior ao sujeito, mas que atuam na produção da subjetividade e mostra que o funcionamento discursivo da prática de autoajuda modifica a subjetividade, molda-a, modela-a, para alcançar identidades que se quer constituir em conformidade às leis próprias desse discurso; atesta ainda que as subjetividades são ordenadas sob a ordem única do “sucesso sobre si mesmo”, fabricando, para tanto, sujeitos capazes de serem os “homens-sucesso” no momento contemporâneo. Segundo Milanez (2009) focaliza o corpo como materialidade discursiva e efeito de subjetividade discursivamente produzida e modificada. Esse estudo que considera o corpo do sujeito sempre incompleto e em busca de algo exterior que lhe falta. Trata-se de um tipo de procedimento sobre o processo de subjetivação e volta-se para a discussão da construção da subjetividade por meio da possessão do outro – exterioridade social –, no imbricamento com outro sujeito.

Segundo Sousa (2009) a analisa o corpo mediante a proliferação de tecnologias que o investem e o transformam em texto no espaço virtual. Ao mesmo tempo em que o corpo consiste em enunciado para o discurso, ele promove a construção social de um sujeito e a subjetividade como produto entre virtualidades produzidas resulta de práticas diversas, advindas de saberes que envolvem uma pluralidade de discursos.


São trabalhos que focalizam a as redes e meios de comunicação social considerada como produção discursiva e que atua na produção da subjetividade. De uma maneira geral, os discursos da publicidade estão vinculados a uma indústria capitalista e têm a força de construir necessidades de consumo e formas de comportamento, se arraigam nos sujeitos e integram seu funcionamento enquanto sujeitos sociais. Dentre esses estudos, Sargentini (2004) analisa do discurso mediático sobre o trabalho e focaliza a construção da identidade do trabalhador pela produção e circulação desses discursos.

Visando a refletir sobre a língua portuguesa em “bom uso” no Brasil e a produção do corpo em conformidade a determinados padrões de estética, Piovezani Filho (2004) destaca que as redes e meios de comunicação social como o que produz e dissemina discursos voltados para moldagem dos sujeitos. Em uma configuração social específica na história, da atualidade, esses discursos produzem subjetividade e visam à construção de verdades para os sujeitos sobre como é/deve ser a língua e o corpo, criam assim práticas “exclusivistas e separatistas de subjetivação”.

Digamos que a Fernandes e Alves Jr. (2009), um Estudo que analisa o enunciado “se não existisse um ladrão dentro de mim”, produzido por um escritor brasileiro, em uma entrevista, ao referir-se aos cuidados necessários aos cidadãos ao andar nas grandes cidades brasileiras diante do atual contexto de violência. Esse enunciado, o qual, se necessário, retomarei também neste estudo, compreendido como materialidade discursiva, revela o exterior, o social, atuando na produção da subjetividade e determinando as formas de comportamento dos sujeitos na atualidade.

A maioria dos objetos discursivos sublinhados para análise nessas leituras estão restritamente para um exterior que, de diferentes formas, ganham lugar no interior dos sujeitos constituindo-os como sujeitos, ou seja, atuam na produção da subjetividade e se mostram por meio de um trabalho discursivo. Porem, é uma serie de exercício a pô-los em prática, partindo de uma análise epistemológica da história da filosofia clássica ocidental, neste caso a filosofia moral e espiritual. Uma ação lúdica que deve ser apraz ao sujeito buscando mais a si e a verdade partindo da consciência de si mesmo. Para chegar a verdade o sujeito deve converter se e transformar se num aspeto da alma, buscando de si a sua interioridade.

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