Localização do império Máli
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O império do Mali encontrava-se no Sudão ocidental, na parte superior do Níger, com capital em Niani.
Origem do império Máli
O Império do Mali, derrubou, primeiro, o Reino de Susu e depois de Ghana, não surgiu da noite para o dia.
Crescera nesta região um modesto reino: o Mandinga. O processo de evolução desse pequeno grupo, de apenas um núcleo independente de famílias, vivendo numa diminuta vila, haver-se-ia completado em torno ao século 10, como fruto do trabalho de um chefe mande.
No princípio, o rei do Manden (Mali) era um chefe entre outros; foi a união das províncias de Do, Kiri e Bako que fez do chefe keita um rei poderoso. Graças as conquistas de Sundiata Keita e seus sucessores, ele tornou-se mansa (imperador), tendo autoridade sobre vários reis. Os descendentes dos generais de Sundiata Keita constituíram a aristocracia militar; junto ao Mansa, formaram um conselho cuja opinião pesava nas decisões do soberano. O manso era o chefe do governo e fonte de todo o poder.
A divisão da forma de governar em províncias e aldeias foi devido ao grande desenvolvimento do império porque não seria fácil o único rei conseguir controlar 400 cidades que fazia parte do império Mali quanto ao poder centralizado porque muito reis que reinaram no império do Mali era passado do pai para o filho.
No império do Mali havia duas classes sociais
- Classe dominante constituída por rei no topo, seguido dum Farim, Kafos e finalmente.
- Classe dominadas Constituída por camponeses, pastores e artesãos.
O poder è o privilégio pertenciam a classe dominante. As classes dominadas viviam em diferentes níveis da pobreza.
Economia do Máli
O império Máli, era conhecido no estrangeiro, por sua riqueza em ouro no entanto, a economia repousava essencialmente na agricultura e na criação, que ocupavam a maior parte da população. A economia do Máli, sustentava-se na agricultura pastorícia pesca artesanato e comércio.
Agricultura
A agricultura era praticada nas planícies, essencialmente por Trekuloores, Soninkes e Songhais, etnias já islamizadas que viviam em grandes aldeias. Fontes escritas no Sec. XIV, dão indicações de que eram cultivados nos vales dos rios Níger e Saukarani, o arroz e nos terrenos secos o milhete, o feijão e outros legumes, também produzia-se algodão. As províncias ocidentais do Mali eram atravessadas por cursos de água e bem regadas por chuvas durante o verão o que permitia maior produção de arroz e de algodão.
Comercio
O comércio – concertava-se nas principais cidades, entre as quais Tegazza e Walata, que concentravam importantes reservas de sal.
Os principais parceiros do comércio eram os árabes e Barbares. Como principal produto fornecido aos árabes era o sal, o ouro, as nosas-de-cola e Marfim. O comércio transariano so tinha a ganhar com o poderio e a segurança do império. Novas rotas orientais para a Líbia (Fezania e o Egipto), acrescentava o seu tráfego á roto Ocidental do Tafilalet ao Tekrur.
Pastorícia
A pastorícia era praticada por pastores nómadas que viviam nas áreas de pastos abundantes do Sahel. Estes pastores criavam o gado bovino, ovino e caprino e em tempos recuados praticaram a transumância.
Pesca e o artesanato
A pesca era praticada no rio Níger por grupos étnicos especializados, tais como os Somono, no alto Níger os Bozos, no curso médio do Níger e os Sorkos, entre Tombuctu e Gao, no território Songhay. O peixe era defumado ou seco depois embalados em grandes cestos para ser vendidos.
Artesanato – era praticado por castas. O trabalho com o ferro limitado com os ferreiros, fabricavam armas e ferramentas (adaba e a foice). Havia também o trabalho das peles e do couro feito pelo clã dos sapateiros.
Pela metade do século seguinte, seus governantes haviam-se convertido ao islamismo. De acordo com o xeque Uthman, o mufti de Ghana, os primeiros governantes de Kabanga a serem convertidos ao islã foram Barmandana, que, segundo dizem, fez a primeira peregrinação a Meca. Todos os seus sucessores, segundo se sabe, também puderam alcançar a graça muçulmana de visitar Meca em peregrinação. Assim, de forma diversa que Ghana, o do Mali nasceu e desapareceu como um ente islâmico.
Embora islamizado, o império de Mali e o tipo característico deste as grandes reinos africano que funcionavam quase segundo as mesmas regras, desde a África ocidental ate a Monomotapa. A religião dos príncipes não queria ser muito profunda, porque segundo Al Omari, Kango mussa ignorava a interdição alcoranica de ter mais de quatro Mulheres. As festas de Ramadão e da Tasbaski eram celebradas com uma pompa sem igual, um intérprete traduzia em malinque o ser mão do pregador, que insistia nos dever para com o soberano. Os pretos cobrem-se de pelas vestes brancas todas as sextas feiras. Para obrigar as crianças a apreender o alcorão não se hesitava em pô-las a ferros. No entanto os Malianos comiam habitualmente carnes consideradas impuras pelo islão.
O declínio ocorreu, internamente, por ambições desenfreadas, frivolidades e incompetência dos membros da dinastia dominante. Externamente, face a constantes ataques dos Mossi, ao norte; dos tuaregues, ao sul e ao florescimento de Songhai a leste. Num curto período de 40 anos cerca de seis reis governaram, em meio à guerras civis, golpes de Estado e ao surgimento de constante rivalidades na corte. Muitas províncias aproveitaram tal situação para proclamar sua independência. Os tuaregues do Saara conquistaram as partes mais ao norte do Império, enquanto os Mossi atacaram as regiões mais ao sul. O sopro final foi dado pela nova estrela que emergiu a leste do Mali, chamada Songhai.
COSTA, José Luís Pereira da. Pequena História De Onde Viemos, Porto Alegre, 1992.KI-ZERBO, Josefh. História de África Negra-I, edição no 1060/7168, 1999.NIANE, Djibril Tamsir, História geral da África: África do século XII ao XVI, Volume IV, 2a Ed., Brasilia, UNESCO, 2010.Aulas de Moz
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