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Reflexões sobre o Ser Humano e Alma

Partindo de Aristóteles, vamos de forma determinar ulterior, a natureza da realidade espiritual que faz parte do ser do homem. Referindo – nos a clássica divisão das coisas em substâncias e acidentes que quase todos os metafísicos fizeram, há que questiona – mos em duas posições:
  • 1ª Posição: o homem é substância ou fenómeno facto de consistência própria?
  • 2ª Posição: a alma constitui ela própria a base última da realidade humana e merece, pois, ser considerada por sua vez uma substância completa ou é somente uma parte da substância do homem?
Para estes pontos, temos ainda a perguntarmos em primeiro lugar: Quem é o ser humano? Quais são os princípios que compõem a constituição ontológica do ser humano? Há uma supremacia de um princípio em relação ao outro? Qual o tipo de relação que vigora entre o corpo e a alma? É possível encontrar alternativas, teologicamente, válidas, ao holomorfismo aristotélico-tomista, na forma de entender a relação corpo -alma?

A alma é, sem dúvida, um dos problemas que mais interessou a Santo Agostinho e, embora seja um dos problemas centrais em toda a sua volumosa obra, trata-se de um tema que suscita muitíssimas questões e, nem sempre, com satisfatórias respostas. Quando falamos em alma (grego psyché; latim animus) ou em espírito (grego pneuma; latim spiritus), queremos significar uma só realidade, considerada sob dois aspectos: princípio vital e de animação racional (animus) e substância própria e imaterial (spiritus). Agostinho é antes de tudo um teólogo, mas não deixa de também ser filósofo, quando desenvolve um longo debate para compreender aquilo que ele considera o mais próprio da realidade humana. Desde os tempos dos diálogos de Cassicíaco a alma humana foi um foco central do interesse de Agostinho. Em sua obra “Soliloquia”, afirma: “quero conhecer unicamente a Deus e a alma”.
Segundo o filósofo africano, todo ser vivo corpóreo tem uma alma (anima). Na mesma perspectiva, Santo Agostinho afirma que a alma atinge a verdade no conhecimento intelectivo. Ora, enquanto sede da verdade, a alma é imortal do mesmo modo que a verdade. De facto, que a ciência seja douradora, é necessário que o sujeito seja duradouro. No caso dos vegetais, a alma é simplesmente o que dá vida ao corpo, permitindo que este seja alimentado, cresça e se reproduza. Nos animais, a alma não é somente a fonte dessas actividades que se encontram nos vegetais, mas é também a fonte da sensação e do apetite. Nos seres humanos, a alma racional é a fonte do pensar e do querer, além de todas as demais actividades que os homens têm, em comum, com os vegetais e os animais.

A alma
Para São Tomas de Aquino a alma é a única forma da matéria-prima. É a única forma que concede o ser ao corpo. Desta perspectiva devemos entender Aquino na sua dimensão única ao afirmar que a alma não é o ser humano nem a pessoa.

O problema do estudo da alma enquanto substancialidade suscitou em cada período de tempo disputas muito vivas, recebendo soluções muito variadas e contrastes.

O primeiro grupo identifica a alma é substancia e sua substancialidade identifica – se com o homem, porque para este grupo de filósofos o homem não é senão alma.

A destacar: Platão; Santo Agostinho; Descartes; Leibnitz e Berkeley.

Estes apresentam como justificativas a favor a sua tese de parte morais, em parte gnosiológicas. Como morais: a aspiração do homem a uma vida de perfeita felicidade, que não pode encontrar actuação neste mundo; e como gnosiológicas: a posse da verdade absoluta, que não parece tirada da experiencia.

Dessas razoes Platão, tira conclusão de que a alma, simples, espiritual, invisível, no inicio habitava junto com as ideias de hiperurânio. Na contemplação das ideias em a esse mundo segundo Platão, estava a felicidade. Dai que Platão justifica que por um ponto, aconteceu que a alma não conseguiu mais sustentar o esforço da contemplação e não conseguindo ver as ideias por algum obscuro acontecimento se fez pesada, cheia de aquecimento e de malvadeza e caiu na terra, onde se tornou prisioneira de um corpo.

O segundo grupo identifica a alma como não substancia (a alma não é substancia) mas acidente, ou seja, epifenómeno da corporeidade.

Estes constituem materialistas, os atomistas, os evolucionistas, os marxistas, os neopositivistas, estruturalistas.

Estes tem como fonte de toda a coisa a matéria, dela se desenvolveu tudo o que nós observamos no universo, inclusive o homem. A ciência, a arte e a moral, é fruto da potência inesgotável da matéria.
O terceiro grupo identifica a alma como substancia completa porque é dotada de um acto de ser próprio, mas não se identifica com substancialidade do homem, a qual compreende também o corpo.

Encontramos aqui São de Tomas de Aquino e seus seguidores, especialmente dos do nosso século: Maritain, Gilson, De Finance, VanniRovigh (Historia da Filosofia Contemporânea: do século XIX a neoescolástica).

Estes são induzidos a conhecer a alma quanto ao ser, pela presença no homem de certas actividades absolutamente espirituais.

Para eles a alma não se encontra em condições de realizar sozinha certas actividades que são típicas do homem como sentir, o falar e o trabalhar.

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