Google logo  MAIS PARA BAIXO  Google logo

Ad Unit (Iklan) BIG


A conflitualidade interna das ciências sociais

O termo conflitualidade deriva do conflito. É o processo que começa quando uma das partes percebe que a outra parte afetou de forma negativa, ou que a ira afetar de igual forma. Conflito é um encontro entre duas ou mais linhas de forca, com direções convergentes, mais em sentidos opostos, resultando deste encontro a necessidade de uma gestão eficaz da situação, de modo a ser retirado algo de positivo dela.

Ciência
Em sentido amplo, (ciência deriva do latim scientiasignificando conhecimento) refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemática.
Em sentido mais restrito, refere-se a um sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico, assim como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de tal pesquisa.
É um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referencia a objetos da mesma natureza”.
A ciência, em geral comporta vários conjuntos de saber nos quais são elaboradas as suas teorias baseadas nos seus próprios métodos científicos.

Ciências sociais
Estudam o comportamento humano, as suas relações humanas e o seu desenvolvimento em sociedade.
São um ramo da ciência distinta das humanidades, que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja a vida social do individuo ou grupo humano.
Inclui as seguintes ciências: Antropologia, a Biblioteconomia, estudo da comunicação, economia, administração, arqueologia, contabilidade, geografia humana, historia, linguística, ciência politica, estatística, psicologia social, direito, filosofia social e sociologia. Elas germinaram na europa no seculo XIX, mais foi no seculo XX em decorrência das obras de Karl Marx, Émile Durkheim e Marx Weber que as ciências sociais se desenvolveram. O caro chefe foi a sociologia: neologismo criado pelo francês Augusto Comte.
Sabemos que as ciências sociais se constituem como um universo autónomo sito e, distinto de outras formas discursivas, (senso comum, religião, politica, filosofia, literatura), apenas no final do Séc. XIX. Porem o estudo da cultura, como esfera temática, encontra-se ainda nesse momento pouco desenvolvido. As ciências sociais iram se deciminar em diferentes países seguindo um padrão de trabalho em principio universal. Não obstante as regras do método devem-se acomodar ao movimento regionalização no qual temos em foques particulares ou desenvolvidos isso fica claro quando se comparam os objetos tradicionais privilegiados pelos pesquisadores.

Objecto
O objecto comum das ciências sociais, é a procura do conhecimento, da realidade através de construção de categorias, operadores lógicos de classificação e ordenação, necessidades, vivencia e interesses
É o estudo dos fenómenos ligados a vida dos homens em sociedade. Ocupam-se das relações que os homens formam entre se e das que estabelecem com as coisas.

Conceitos de algumas disciplinas que fazem parte das ciências sociais:
História, e a ciência que estuda o homem e a sua ação no tempo e no espaço, com a análise de processos e eventos ocorridos no passado. A história tem a sua origem na investigação e o seu objecto de estudo e o homem.
  • Psicologia, é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão). E o comportamento humano e animal para fins de pesquisa e corelação. O objecto de estudo desta ciência e o comportamento humano.
  • Sociologia, é uma ciência das sociedades humanas que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos qui interligao os indivíduos em associações grupos e instituições. Um dos Objectivos da sociologia e tentar compreender as diferentes sociedades e culturas.
  • Filosofia, a disciplina da filosofia por se só não clama ser ciência mas sim disciplina da reflexão humana estando mas para a humanidade que para as ciências sociais.
É o estudo de problemas fundamentais relacionados a existências, ao conhecimento a verdade aos valores mora e estéticos, a mente e a linguagem.
Cada ciência produz seu objecto teórico, mas sempre com o propósito conceptual de criar um código de leitura do real-concreto que lhe permita explica-lo compreende-lo, decifra-lo ainda que de forma parcial e incompleta.

Cada ciência social perspectiva de forma especifica a realidade e por isso se distingue das de mais e dizer que cada ciência, pelo menos tendencialmente:
  • Elabora o seu próprio conjunto articulado de questões – a sua problemática teórica e define o seu objecto cientifico;
  • Determina um certo número de problemas da investigação centrais no contexto dessa problemática;
Constrói conjuntos de princípios, teorias, estratégias metódicas e resultados cruciais que servem de modelo ou quadro orientador as pesquisas produzidas na sua areia-os paradigmas

Conflitualidade Interna das Ciências Sociais
Na generalidade dos casos, cada ciência, em cada fase de evolução, tem produzido não um mais vários paradigmas, concorrentes entre si, e portanto, perspectivas analíticas diversas e mesmo antagónicas. A economia, a Sociologia, a Psicologia, a Historia, etc. passam permanentemente por grandes controvérsias teórico-metodologicas, conhecem situações de aguda conflitualidade interna. Essa conflitualidade nem é um subproduto de hipotético atraso científico, nem é sinal de uma suposta fraqueza intrínseca aos estudos sociais, nem parece inteiramente superável por meios especificamente científicos: Ela decorre, no fundo, da estreita articulação, neste tipo de estudos, das teorias científicas com postulados ideológicos e visões do mundo (e portanto, através de complexas mediações-integradas no conjunto de condições socio-institucionais da pratica cientifica com a conflitualidade de interesses entre diversos grupos sociais)
Os mais fortes desses paradigmas que se digladiam no interior de cada ciência social são, de facto transdisciplinares, isto é, atravessam varias ciências. Eis o que acontece com as duas referências teórico-ideológicas paradigmáticas mais persistentes.
Os paradigmas não se têm, em rigor, revelado completamente incomunicáveis. Se consideramos os seus núcleos duros, o antagonismo teórico é indubitável; como indubitável é que as condições institucionais do trabalho científico alimentam e intensificam a conflitualidade. Tem sido possível, porem, cruzar em certas áreas, fecundar reciprocamente diferentes paradigmas, ate mesmo os mais distantes.
A tem capacidade para reelaborar e transformar as referências culturais e ideológicas a que se liga e avaliar os limites de conhecimento por elas impostos.
Neste caso, e na psicanalise que ressalta a conflitualidade interna das ciências do Homem, conflitualidade que se traduz, não apenas em haver disponíveis, acerca de um objecto real, vários objectos conceptuais, mais igualmente no desenrolar de oposições, não raramente frontais entre personalidades «escolas» e sobretudo «correntes teóricas», cada uma das quais denega as outras, tanto pelo que vê no real como pelo que nele não vê.


Bibliografia
  • BARATA, Óscar Soares. Introdução as Ciências Sociais;12ª ed, Lisboa, Bertrand editora,2010.
  • GOMES; Raul Rodrigues. Introdução ao pensamento histórico, Lisboa, Livros Horizonte; 1988.
  • RUIZ; João Álvaro. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos,4ª ed, São Paulo, Editora, Atas, 1996.SILVA, Augusto Santos.
  • PINTO, José Madureira. Metodologia das ciências sociais. Porto: Edições Afrontamento, 1989.

Artigos relacionados

Enviar um comentário


Iscreva-se para receber novidades