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Hermenêutica do sujeito: Michel Foucault

O filósofo Michel Foucault traz uma interpretação do sujeito a partir do imperativo categórico socrático “conheça te a ti mesmo”, principio segundo a qual nos remete ao seu “cuidado de si”, sendo esta a virtude ética moral na qual o homem deve ser, partindo de si para conhecer aos outros. O “cuidado de si” apela nos em ocupar se consigo mesmo para governar aos outros.

Michel Foucault

Uma celebre da filosofia clássica Sócrates, procurou a verdade dentro do próprio sujeito no seu marcante imperativo “conheça te a ti mesmo”, este principio levou Foucault a retratar sobre o sujeito esteticamente espiritual que é o “cuidado de si”, e que esta pode ser um objecto do estudo da relação entre o sujeito e a verdade.

O paradoxo “cuidado de si”, remete desde sempre a questão do sujeito em relação ao conhecimento de si mesmo, e Sócrates fez cair por terra os filósofos naturalistas concentrando o sujeito antes de tudo nele mesmo “conheça te a ti mesmo” que foi novo valor acidental, e esta é a moral estética da existência no deleite a si mesmo presente. Foucault também quer demonstrar-nos a questão das relações entre a epiméleia heautoû (o cuidado de si) e o gnôthi seautón (conhece-te a ti mesmo), eis as suas palavras como regra geral: é preciso que te ocupes contigo mesmo, que não te esqueças de ti mesmo, que tenhas cuidados contigo mesmo. É neste âmbito, como que no limite deste cuidado, que aparece e se formula a regra “conhece-te a ti mesmo”. De todo modo, não se deve esquecer que no texto de Platão, A apologia de Sócrates, das quais Foucault busca para relacionar ao seu cuidado de si:
  • Primeiro, Sócrates apresenta-se como aquele que, essencialmente, fundamental e originariamente, tem por função, ofício e encargo incitar os outros a se ocuparem consigo mesmos, a terem cuidados consigo e a não descurarem de si;
  • Segundo, Sócrates negligenciou sua fortuna, assim como certas vantagens cívicas, renunciou a toda carreira política; O problema que então se estabelecia era o da relação entre o “ocupar-se consigo mesmo” a que o filósofo incita e o que, para o filósofo, deve representar o fato de ocupar-se consigo mesmo ou eventualmente de sacrificar a si mesmo: posição do mestre, pois, na questão de “ocupar-se consigo mesmo”;
  • Terceiro, Sócrates diz que, na actividade que consiste em incitar os outros a se ocuparem consigo mesmos, ele desempenha, relativamente a seus concidadãos, o papel daquele que desperta. O cuidado de si vai ser considerado, portanto, como o momento do primeiro despertar.
A partir de uma analise histórica daquilo que foi o cuidado de si na era clássica, Foucault também busca uma visão sua para com o sujeito. A relação consigo como sempre apoiada na relação com o outro, pois, independente da relação amorosa, não se pode se ocupar consigo sem a ajuda de um outro. Torna-se relevante nesta prática da alma a multiplicidade das relações sociais que podem lhe servir de suporte.
Primeiramente, o tema de uma atitude geral, um certo modo de encarar as coisas, de estar no mundo, de praticar acções, de ter relações com o outro. A epiméleia heautoû (o cuidado de si) é uma atitude – para consigo, para com os outros, para com o mundo.

Em segundo lugar, a epiméleia heautoû é também uma certa forma de atenção, de olhar. Cuidar de si mesmo implica que se converta o olhar, que se o conduza do exterior, dos outros, do mundo, para “si mesmo”.

Em terceiro lugar, a noção de epiméleia não designa simplesmente esta atitude geral ou esta forma de atenção voltada para si. Também designa sempre algumas acções, que são exercidas de si para consigo, acções pelas quais nos assumimos, nos modificamos, nos purificamos, nos transformamos e nos transfiguramos.

O olhar inteiro do sujeito em Foucault é determinante de uma acção estética e ética, construindo um sujeito com plena atenção divida.

O exercício espiritual como a transformação do sujeito

O sujeito, como um eu ético transformando-se através de exercícios espirituais, é entendido como capaz de construir a si mesmo, atribuindo a si regras de existência e de conduta. O exercício da espiritualidade é o pressuposto para a verdade, que é pela mesma em que o sujeito o sujeito se modifique, se transforme, se desloque, torne-se, em certa medida e até certo ponto, outro que não é ele mesmo, para ter direito o acesso à verdade. A verdade só é dada ao sujeito a um preço que põe em jogo o ser mesmo do sujeito.

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