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Marrabenta - Dança Tradicional de Moçambique

Dança Tradicional de Moçambique 
No início da 2.ª metade do século XX, na época áurea colonial de Lourenço Marques (actual Maputo), surgiu a Marrabenta, conhecida internacionalmente, a Marrabenta teve origem nos meios urbanos. Esta dança e género musical do sul de Moçambique e, em particular, de Maputo.

Marrabenta
Marrabenta é uma forma de música-dança típica de Moçambique e o seu nome foi derivado da palavra portuguesa: "rebentar". Incorporou vários ritmos folclóricos como os Magika, Xingombela e Zukuta, sendo também sujeita à influência ocidental. Foi desenvolvida em Maputo, a capital de Moçambique, que até à independência daquele país, era conhecida como Lourenço Marques.


Começou no final dos anos 30, com artistas mais antigos como Fany Mpfumo e Dilon Djindji, que iniciaram a sua carreira em 1939. Torna-se popular na década de 1950 com conjuntos como Djambu e Hulla-Hoope Harmonia.

A popularidade da Marrabenta atinge novo pico na década de 1980 com bandas como Eyuphuro e Orquestra Marrabenta Star de Moçambique. Mais tarde, a banda moçambicana Mabulu mistura o estilo rap e marrabenta.

Histórico da Marrabenta
Dada a falta de aprendizagem académica dos moçambicanos, este género surgiu de uma fusão da música europeia com os ritmos tradicionais de Moçambique. Normalmente, era tocada por um cantor masculino, acompanhado por um coro de mulheres, e tocada com instrumentos feitos de materiais improvisados, como latas de óleo, fios de pesca e pedaços de madeira.

A palavra marrabenta vem do verbo "rebentar" ("arrebentar", em vernáculo local), numa provável referência às guitarras baratas cujas cordas rebentavam com facilidade. As letras das canções, frequentemente em dialetos locais, cantavam o amor, a vida quotidiana, a história de Moçambique e faziam também críticas sociais inerentes ao desejo de liberdade do povo moçambicano. Por esta razão, os Portugueses consideravam a marrabenta subversiva e difusora de ideais revolucionários, ordenando, muitas vezes, o encerramento de locais onde esse tipo de música era produzida. 

Apesar de tudo, a marrabenta animava a capital moçambicana e atraía pessoas até aí devido ao seu ritmo vivo e intenso e às suas melodias arrebatadoras. Para além desse ritmo, refira-se ainda a forma extremamente sensual da dança à qual a marrabenta está também associada. A dança marrabenta, onde participam homens e mulheres, consiste em produzir deslizamentos com os pés, no sentido lateral, e em criar fortes movimentos do corpo, no sentido ântero-posterior. 


Nos anos 70, a marrabenta conheceu uma enorme projeção quando a Produções 1001 começou a realizar as primeiras gravações e a organizar vários concertos. A consolidação deste género musical ficou a dever-se aos músicos pioneiros Francisco Mahecuane e Dilon Djindji e a sua difusão internacional, à Orchestra Marrabenta Star, liderada por Wazimbo. Ainda dessa geração de músicos destaca-se Fany Pfumo, Alexandre Langa, Lisboa Matavele e Abílio Mandlaze. 

Actualmente, este género tem influenciado músicos da nova geração, como Elvira Viegas, Stewart Sukuma, Mingas, Chico António, José Mucavel e o grupo Mabulu. Com o passar do tempo, a marrabenta tornou-se um símbolo cultural nacional e uma referência da identidade moçambicana.

Alguns artistas e bandas deste estilo 
  • Neyma
  • Gito Baloi
  • Dilon Djindji
  • Ghorwane
  • Grupo Radio Moçambique
  • Marllen
  • Mabulu
  • Francisco Mahecuane
  • António Marcos
  • Lisboa Matavel
  • Lizha James
  • Mingas
  • Alberto Mula
  • Mario Ntimane
  • Nene
  • Orquestra Marrabenta Star de Moçambique
  • Fany Mpfumo
  • Stewart Sukuma
  • Wazimbo
  • Costa Neto

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