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O Quantitativo em História

O quantitativo em Historia teve seu iniciou-se quando se passou a utilizar fontes quantitativas e processos de contagem, utilização de modelos matemáticos no processo de reconstituição do passado. A história quantitativa significa uma concepção de passado, o emprego de certas fontes, Em que medida o conhecimento histórico é compatível com concepções matemáticas e probabilísticas.

Em relação às ciências sociais, a História Económica pode assumir alguns problemas a saber:
  • Tratamento dos dados históricos quantitativos: composição das diferentes populações de dados;
  • da unidade geográfica no interior da qual são reunidos;
  • O termo “história quantitativa” designa a ambição e os trabalhos de certos historiadores economistas. Trata-se de fazer da História uma econometria retrospectiva;
  • Preenchimento das lacunas da contabilidade nacional passadas.

Poderia se fazer a mesma análise na dita história demográfica. Mas surge uma questão será que há limites para a quantificação integral dos dados históricos? É a redução do campo de actuação do historiador as questões económicas e demográficas. A ambição ao mesmo tempo mais geral e mais elementar da história quantitativa é de constituir o fato histórico em séries temporais de unidades homogéneas e comparáveis e, assim, poder medir-lhes a evolução em determinados intervalos de tempo, geralmente anuais. Esta operação lógica fundamental define a História Serial.

FURET substitui o Acontecimento da história positivista pela repetição regular de dados seleccionados. O corte da realidade histórica em series, isto por sua vez deixa o historiador perante um material decomposto em níveis, em subsistemas. Cujas articulações ele é livre, de propor ou não. A história quantitativa está ligada à serial, mas é, ao mesmo tempo, diferente dela. O que as une é justamente a substituição do Acontecimento pela Serie, isto é, a construção do dado histórico em função de uma análise probabilística. Afinal o que é fato histórico? Pode-se dizer que é todo acontecimento que mexe com a sociedade é designada fato histórico. O teor da resposta muda totalmente o proceder historiográfico e o material a ser utilizado. Serie comporta unidades identicamente constituída.
A História Serial privilegia o Longo Prazo e o equilíbrio do sistema. A história quantitativa supõe a existência e a elaboração de longas séries de dados homogéneos e comparáveis. O principal problema, então, é o das fontes. As fontes sempre foram arquivadas conforme os interesses nacionais, portanto, tem cunho político-administrativo. O arquivo é para testemunhar o acontecimento. É aquilo que se quis guardar. O acontecimento é uma referência ilusória do que se supõe ser o real.

A Historia está mergulhada num Devir Indefinido, não pode assumir uma cronologia baseada em séculos, reinados ou governos. A série é marcada por seu carácter repetitivo. Certamente o computador deu um impulso à História Económica. A história durante muito tempo ficou refém aos registos escritos sobre a existência humana. Para ser inteligível, o acontecimento tem a necessidade de uma história global. Daí a concepção clássica do tempo histórico como uma série de descontinuidades descritas no modo do contínuo, que é naturalmente a narração. A história serial descreve, pelo contrário, continuidades sobre o modo descontínuo, é história problema em vez de narração.

A História Serial decompõe qualquer ideia de História Global. Põe em questão o postulado de uma evolução supostamente homogénea e idêntica de todos os elementos de uma sociedade. A análise das séries só tem sentido no longo prazo. O tempo que se descobre não é o misterioso do acontecimento, mas um ritmo de evolução doravante mensurável e comparável. A história serial procedeu a decomposição analítica da realidade em níveis de descrição. A História Económica e a História Demográfica são tipos de investigações da História Serial. Através da reconstituição dos preços, previu a evolução do número dos homens.

A História Económica Serial desemboca assim na análise de diferentes conjunturas ou simplesmente afastadas no espaço, poder-se-ia dizer, numa geografia da sua cronologia e no exame das diferenças estruturais assinaláveis por contradições cronológicas” .

A história não pode se limitar a descrição das actividades económicas humanas. O homem não é apenas um agente económico. Apenas a economia constituiu-se o domínio prioritário da investigação histórica quantitativa. A história teleológica do progresso é reaccionária. As periodizações globais tradicionais são heranças ideológicas do século XX.

Da História-narrativa à história problema

Segundo FURET a História é filha da narrativa. Ela não se define por um objecto de estudo, mas por um tipo de discurso. Contar história é dizer aquilo que aconteceu. É reconstituir o caos dos acontecimentos seu início e seu fim. A história do passado permanece aberta ao futuro às novas descobertas. A narração do passado constrói o futuro, fixando recordações.

O acontecimento é aquele momento ímpar, recoberto de dignidade. “Toda história-narrativa é uma sucessão de acontecimentos-origens, que podemos chamar, se quisermos, de história evenemencial. Toda história evenemencial é uma história teológica, só o fim da história permite escolher e compreender os acontecimentos com que ela é tecida” p. 83.Todos os povos precisam de uma narrativa das origens e de um memorial da grandeza que possam ser ao mesmo tempo garantias do seu futuro. A função do historiador não é contar o que aconteceu de importante em cada época. Ao romper com a história-narrativa, rompe-se também com o acontecimento singular. As fontes são lacunares, parciais ou inexistentes.

História e Etnologia

O Nascimento da História. A história estava dividida entre duas actividades intelectuais:
  • A erudição;
  • A filosofia.

Os historiadores modernos só comentam os antigos. No século XVII surge a ideia de História Universal. Na historiografia sagrada não tinha brecha para os profanos. No século XVIII ideia de progresso.

A história quantitativa está hoje em moda, tanto na Europa assim como nos estados unidos: assiste-se, com efeito desde há mais ou menos meio século ao desenvolvimento rápido da utilização das fontes quantitativa e dos processos de contagem e de quantificação na investigação histórica. Porem como todas as palavras na moda de história quantitativa acabou por ter uma acepção de tal modo lata que abrange praticamente tudo o que se quiser; do uso critico de uma simples enumeração feita pelos aritméticos políticos do século XVII ate a utilização sistemática de modelos matemáticos na reconstruirão do passado, a historia quantitativa designa com o mesmo termo varias coisas: quer um tipo de fonte, quer uma maneira de proceder, e sempre de uma forma ou de outra, explicitamente ou não, um tipo de conceptualização do passado.

No entanto um primeiro grupo de questões que se apresentavam aos historiadores que optavam por análises quantitativas, relacionava-se com os processos de tratamento estatístico dos dados históricos:
  • Definição da composição dos vários universos a tratar;
  • Estabelecimento de diferentes tipos de análise estatística;
  • Interpretação das diversas relações estatísticas.

Para dar resposta a estas questões o historiador terá que se socorrer e dominar uma serie de técnicas matemáticas de tipo probabilístico, aspecto que implicara a reflexão em torno de dois tipos de problemas:
  • Por um lado a consciência de que nesta procura da objectividade através da medida se tem que ter em conta que nenhuma técnica e neutra,
  • E em segundo lugar, As limitações deste tipo de analise que de inicio se aplicava exclusivamente aos estudos de historia económica.
Trata-se neste caso, de aplicar à história modelos de análise inspirados no sistema de contabilidade nacional permitem uma descrição e avaliação precisas de todos os elementos das actividades económica, procedendo-se, portanto, a uma análise horizontal das estruturas entendidas aqui como todos os fenómenos pertinentes que tem lugar e reagem uns sobre os outros durante o mesmo período.

Nesta perspectiva, a história quantitativa apresentava-se duplamente limitada: no seu campo de análise e nos sistemas de interpretação dos dados históricos. O desenvolvimento da demografia contribuiu para o aparecimento de outro campo preferencial de aplicação de modelos matemáticos no tratamento de dados históricos: a demografia histórica, os problemas da limitação mantinham-se agravados pelo facto de esta disciplina correr o risco de se reduzir a transposição simples da problemática e conceitos da disciplina principal a Demografia para o estudo do passado (Idem).

Segundo CHAUNU citado por PROENÇA os estudos de historia quantitativa, inspirados em modelos da contabilidade nacional, tomam por unidade a nação, tornam-se por natureza inadaptados à analise de todo um período da historia, de longe o mais longo em que não havia coincidência entre as fronteiras politicas e económicas.

Referencia Bibliografica

  • BURKE, Peter. A Nova História, seu Passado e o seu futuro. São Paulo, Editora UNESP, 1992;
  • FREITAS, M.L. et al. Metodologia da História, Maputo, Plural Editores, 2010;
  • FURET. François. A Oficina Da História. Lisboa, Gradativa Publicações, s\d.GOFF, Le. História Nova. Paris, s/edt, 1978;
  • PROENÇA, Maria Cândida. Ensino/Aprender História: Questões da Didáctica aplicada. Lisboa, Livro Horizonte, 1990;
  • MONTEIRO, Miguel Corrêa. Didáctica de História. Lisboa, Paralelo Editora LDA, 2001;
  • VEYNE, P. Como se Escreve a História. Lisboa, edições 70, 1983.

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