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Teorias Locativas ou Teorias de Localização Industrial

1. Teorias Locativas ou Teorias de Localização Industrial
A teoria da localização pretende explicar a localização de empresas no espaço geográfico; ela é baseada no conceito de homo economicus. A teoria abrange factores aglomerativos e desaglomerativos, a renda urbana e a organização do espaço em geral.
A teoria foi, segundo Walter Isard, "fundada" por Johann Heinrich von Thünen. Outros autores importantes são Alfred Weber, François Perroux, August Lösch, e Walter Christaller.

1.1. Teoria de Alfred Weber
Alfred Weber (1869-1958) procura explicar a localização ótima da indústria e adopta os seguintes pressupostos:
  • a) um país único com clima e técnica homogénea;
  • b) concorrência perfeita;
  • c) os lugares e o tipo de abastecimento de matérias-primas e mercado são conhecidos;
  • d) uma única empresa que produz um só produto;
  • e) os custos de transporte variam em função do peso e da distância ao mercado;
  • f) imobilidade do fator trabalho e oferta ilimitada.

1.2. Teoria de Johann Heinrich Von Thünen
A base desta teoria está na existência de uma quantidade limitada e, conseqüentemente, de um preço mais elevado do fator terra quando este está localizado mais próximo das cidades, ou seja, de um mercado consumidor central. À medida que esse fator dista desse ponto central, seu preço torna-se menor. O preço pago pela terra assume característica de “renda econômica”.
Quando a distância do mercado possui papel fundamental na determinação da renda, esta denomina-se “renda de situação” ou “renda de localização”. Na agricultura, as características topográficas e a fertilidade afetam o rendimento da terra, enquanto a distância influencia o preço FOB do produto comercial e industrial, bem como os custos de deslocamento dos consumidores. 

1.3. Walter Christaller
O geógrafo alemão Walter Christaller, influenciado por von Thünen, elaborou a teoria dos lugares centrais em 1933 para o sudeste da Alemanha. Segundo Christaller, as localidades apresentam determinadas funções centrais que atraem os consumidores do entorno, dependendo do custo de deslocamento. As localidades centrais controlam determinadas hinterlândias ou regiões complementares, com alcance espacial máximo e alcance espacial mínimo. Cada produto tem um alcance espacial específico. No primeiro caso, tem-se um raio a partir da localidade central até onde os consumidores se deslocam para obter determinados bens e serviços. No segundo caso, tem-se a área mínima para que determinada função central possa se instalar lucrativamente.

1.4. Francois Perroux
François Perroux elaborou sua teoria dos pólos de crescimento em 1955, quando estudou a concentração industrial na França, em torno de Paris, e na Alemanha, ao longo do Vale do Ruhr (Perroux, 1977).
Os pólos industriais de crescimento podem surgir em torno de uma aglomeração urbana importante (Paris) ou ao longo das grandes fontes de matérias-primas (Vale da Ruhr), assim como nos locais de passagem e fluxos comerciais significativos ou ainda em torno de uma grande área agrícola dependente.
O pólo de crescimento tem uma forte identificação geográfica, porque é produto das economias de aglomeração geradas pelos complexos industriais, liderados pelas indústrias motrizes. Um complexo industrial é um conjunto de actividades ligadas por relações de insumo-produto e forma um pólo de crescimento quando for liderado por uma ou mais indústrias motrizes.
O pólo de crescimento pode vir a tornar-se um pólo de desenvolvimento quando provocar transformações estruturais e expandir a produção e o emprego no meio em que está inserido.

1.5. August Losh
August Lösch (1906-1945) critica as posições de Weber (demanda constante e ponto de custo mínimo) e centra a sua análise na disputa por mercados. A empresa terá mais lucros se diversificar seus produtos e conseguir manter exclusividade de mercados.
Lösch chega a comentar sobre a formação de regiões económicas polarizadas por uma cidade central, unificando, assim, as teorias locacionais anteriores. Lösch concebe uma planície em áreas hexagonais de mercado cujo tamanho varia em função dos custos de transporte e onde as empresas procuram explorar adequadamente o cone de demanda.

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