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PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO: Dislalia

Dislalia
Normalmente até os 6 anos de idade, a maioria dos sons da fala já está adquirida. A dislalia ou transtorno específico de articulação da fala corre quando a aquisição dos sons da fala pala criança está atrasada ou desviada, levando a:
  • Má articulação e consequente dificuldade para que os outros a entendam;
  • Omissões, distorções ou substituições dos sons da fala;
  • Inconsistência na coocorrência de sons (isto é, a criança pode produzir fonemas corretamente em algumas posições nas palavras, mas não em outras).

A gravidade do distúrbio articulatório varia de pouco ou nenhum efeito sobre a inteligibilidade da fala até uma fala completamente ininteligível, embora mesmo nestes casos, as pessoas da família compreendam o que a criança quer expressar.
Existem vários fatores etiológicos, além dos aspectos que favorecem indiretamente a existência e manutenção da alteração, como:

  • Permanência de esquemas de articulação infantis;
  • déficit na discriminação auditiva;
  • déficit na orientação do ato motor da língua.

Alterações na respiração, inadequação da mastigação e deglutição, hábitos orais inadequados (uso prolongado da chupeta e mamadeira, onicofagia e sucção de dedo), podem causar prejuízos anatômicos e funcionais no sistema orofacial da criança, alterando os movimentos adequados e necessários para a produção correta dos fonemas.
Diversas classificações são encontradas para o distúrbio articulatório, entretanto, a classificação abaixo é bastante esclarecedora:

  • Dislalias fonológicas: os mecanismos de conceitualização dos sons e as relações entre significantes e significados estão afetados, os sons não se organizam em sistemas e não existe uma forma apropriada de usá-los em um contexto;
  • Dislalias fonéticas: determinadas por processos fisiológicos, de realização articulatória com traços característicos de incoordenação motora e/ou insensibilidade orgânica. 4
  • Existem alterações articulatórias nos casos de disartrias, entretanto estas são ocasionadas por danos cerebrais. 


Bibliografia
  • KATO, Mary A. No mundo da escrita. Uma perspectiva psicolinguística. São Paulo: Ática. 1986.
  • KAUFMAN, Diana. A natureza da linguagem e sua aquisição. InGERBER, Adele. Problemas de aprendizagem relacionados à linguagem: sua natureza e tratamento. Tradução de Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. pp 51-71.
  • PRÉNERON, Christiane, et al. Aquisição da linguagem: uma abordagem psicolinguística. São Paulo: Contexto, 2006.
  • SANTOS, Raquel. A aquisição da linguagem. FIORIN, José Luiz (org). Introdução à linguística: I. objetos teóricos. Soa Paulo: Contexto, 2002. pp 211-224.
  • SCARPA, Ester Mirian. Aquisição da linguagem. In MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina. (orgs.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras, v.2. São Paulo: Cortez, 2001. pp.2003-232.
  • VYGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
  • aulasdemoz aulas de moz aulasdemoz.com

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