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A infecção hospitalar ou infecção nosocomial

Introdução
Em certas ocasiões, o tratamento de determinada patologia precisa de cuidados especiais ou da prática de procedimentos realizados sob a vigilância contínua de profissionais da saúde, o que motiva a hospitalização do paciente. Embora essa hospitalização seja necessária e que permite aumentar a probabilidade de recuperação da saúde do paciente, ela corre o risco do desenvolvimento de uma infecção nosocomial, ou seja, de uma infecção hospitalar.
Para uma melhor compreensão paragrafo acima, segue nas próximas páginas deste trabalho, a fundamentação teórica do tema que diz respeito às “causas de infecções hospitalares nas unidades sanitárias”

Infecções Hospitalares
A infecção hospitalar ou infecção nosocomial é conhecida pelo desenvolvimento de um processo infeccioso produzido por bactérias adquiridas no hospital, no curso da hospitalização. Esta é uma complicação que atinge aproximadamente de 7 a 8 em cada 100 pacientes hospitalizados. O surgimento desse tipo de infecção aumenta a possibilidade de desenvolver complicações graves, inclusive a morte.
Os pacientes infetados são portadores de microrganismos que podem ser transmitidos tanto aos profissionais da saúde como a outros pacientes. Além disso, essas bactérias podem contaminar objetos ou instrumentos como móveis, roupas de cama, água, alimentos e inclusive os sistemas de dutos de ar condicionado e propagando-se por diversas unidades da mesma instituição. Estas bactérias ingressam no organismo por via aérea, especialmente quando existem dispositivos que transpassam as barreiras protetoras como é o caso dos tubos endotraqueais e ventiladores mecânicos, através das feridas cirúrgicas, assim como pelas sondas e cateteres.
Diferentemente das bactérias causadoras de infecções nas comunidades, as bactérias hospitalares são mais agressivas por estar em contato direto com diversos medicamentos antibióticos e antissépticos e por desenvolverem resistência aos mesmos, isso torna necessário o uso de antibióticos mais potentes ou combinações desses fármacos por um período de tempo mais prolongado, o que resulta num custo maior para o sistema sanitário. Assim, é necessária a implementação de medidas preventivas a partir do ingresso do paciente na instituição hospitalar.

Causas
A interação entre os agentes mórbidos com o meio ambiente e o homem pode determinar uma infecção a partir do memento em que diminuem as defesas naturais do organismo em relação ao agente agressor.
A infecção hospitalar, segundo a maioria dos autores, inclui os processos infecciosos adquiridos no hospital e os não identificados na admissão do paciente por dificuldade diagnostica ou prolongado período de incubação, e que se manifestem durante a sua permanência e até mesmo depois de sua alta.
No hospital, as principais fontes de infecção decorrem de causas ligadas ao ambiente, pessoal, equipamento, material, veículos, desempenho deficiente das técnicas de trabalho e uso indiscriminado de antibióticos.

Em geral, indivíduos que contraem infecção no hospital ou no tratamento em domicílio são campo fértil para que os germes se desenvolvam, porque estão enfraquecidos por uma doença de base. São ótimos hospedeiros. Tanto isso é verdade, que nós, médicos, transitamos pelos hospitais e raramente temos uma infecção desse tipo. Por outro lado, as bactérias que costumam acometer esses pacientes, na maioria dos casos, são mais resistentes aos antibióticos, porque eles já receberam essa classe de medicamentos em grande quantidade e por muito tempo ou estiveram internados na UTI perto de doentes que foram medicados com doses altas de antibiótico e podem ter colonizado bactérias mais resistentes. O fato de serem mais resistentes, porém, não significa que sejam mais patogênicas, mais agressivas em termos da lesão que podem causar. São mais difíceis de tratar, porque existem menos opções de remédios para combatê-las.

Tipos de infecções que podem ser contraídas nas unidades sanitárias
O paciente que é internado tem o risco de adquirir uma infecção no hospital ( Problemas devidos à hospitalização). Essas infecções são chamadas infecções nosocomiais. Nos Estados Unidos, cerca de 5% a 10% dos pacientes hospitalizados adquirem uma infecção nosocomial e cerca de 90.000 desses pacientes morrem todos os anos.
O risco de infecção é maior em:
Bebês
Pessoas mais velhas
Pessoas que possuem um sistema imunológico debilitado
Infecções nosocomiais podem ser provocadas por bactérias ou por fungos. As infecções fúngicas e bacterianas podem ser perigosas e letais.
Os organismos que são adquiridos nos hospitais são geralmente resistentes a muitos antibióticos comuns. O uso frequente de antibióticos nos hospitais estimula o desenvolvimento de cepas resistentes ( Antibióticos : Resistência a antibióticos).
As infecções adquiridas nos hospitais incluem pneumonia, infecções do trato urinário, infecção de incisões cirúrgicas e infecções do sangue.

Infecções pulmonares
O paciente que fica no leito não usa tanto os pulmões, e os músculos que controlam a respiração podem enfraquecer. Assim, respirar fundo pode ser difícil, e se houver um acúmulo de muco nas vias aéreas, o paciente pode não conseguir tossir com força suficiente para limpar o muco. Quando há um acúmulo de muco, não é possível limpar as bactérias das vias aéreas muito bem e pode se desenvolver um quadro de pneumonia.
O risco de infecções pulmonares é aumentado com o seguinte:
Uso de um respirador, que torna o risco muito alto
Ter tido tratamento com antibiótico anteriormente
Ter outros distúrbios, como distúrbios do coração, dos pulmões, do fígado ou do rim
Idade acima de 70 anos
Viver em uma casa de repouso
Ter tido cirurgia abdominal ou do tórax
Exercícios para respirar fundo e tossir podem ajudar a prevenir infecções pulmonares. Esses exercícios podem ajudar a manter os pulmões abertos e a impedir que os músculos da respiração enfraqueçam.

Infecções das vias urinárias
Algumas vezes, o paciente no hospital tem um tubo de drenagem colocado na bexiga (cateter urinário). Um cateter pode ser inserido quando os médicos precisam monitorar de perto o quanto de urina o paciente produz, como, por exemplo, nos que estão criticamente doentes. No passado, os médicos colocavam cateteres urinários em pessoas que tinham incontinência. No entanto, os cateteres aumentam, significativamente, o risco de infecção do trato urinário, pois facilitam a entrada de bactérias na bexiga.
Assim, para evitar infecções do trato urinário, os médicos tentam usar esses cateteres o mais raramente possível. Quando os cateteres são usados, eles deverão ser cuidadosamente limpos e examinados regularmente. Se o paciente tiver incontinência urinária, fraldas trocadas com a frequência que for necessária são uma melhor escolha que um cateter urinário.

Prevenção de infecções adquiridas no hospital
Medidas gerais que os membros da equipe do hospital usam para ajudar a prevenir infecções adquiridas no hospital incluem as seguintes:
Lavar as mãos frequentemente
Usar frequentemente desinfetantes à base de álcool.
Usar equipamento de proteção, como luvas e roupas de proteção quando procedimentos são realizados
Para evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes, muitos hospitais têm programas para limitar o uso de antibióticos.

Conclusão
Chegado ao fim, pude concluir de forma resumida que o hospital funciona como um centro onde bactérias, vírus e muitos outros microrganismos podem ser transmitidos de uma pessoa para outra. Volta e meia, temos notícia de casos de infecções adquiridas durante a internação hospitalar, ou mesmo após a alta.
São considerados pacientes de risco, além das crianças e os idosos, portadores de diabetes, pacientes com o sistema imunológico deprimido, os que usaram antibióticos por prazo longo, ou foram submetidos a procedimentos invasivos como cirurgias, colocação de sondas ou de cateteres, entubação, etc.
O número de infecções hospitalares, e das outras infecções também, pode ser reduzido em grande escala se for posto em prática um hábito simples de higiene: a lavagem das mãos. Profissionais de saúde, visitas, parentes, acompanhantes devem ter o cuidado de lavar bem as mãos para não servirem de veículos dos agentes de contaminação.

Referências Bibliográficas
AQTJIAR, N., ZANON, U., MELLO, C.G., ALONSO, L.M., COSTA, B.G., BLEY, J.L. A repercussão do controle de antimicrobianos em alguns indicadores hospitalares. Vida hospitalar. 10(2): 116-120, 1976.
GOODMAN, L.S. e GILMAN, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. Rio de Janeiro, Buanabara Kogan, 1973. 1615 p.
HENDRXKX, H. M. Manual do Serviço de Enfermagem da Sociedade Beficiente São Camilo. São Paulo. Grafiltor, 1975. 218 p.
MOURA, M.L.P.A. Aspectos atuais de de enfermagem no controle e tratamento de infecção hospitalar. Revista Brasileira de Enfermagem. 12 (4):75-8


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