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Deserto: Definição, tipos, características, classificação

Conceito de Deserto
Deserto, em geografia, é uma região que recebe pouca precipitação pluviométrica. Muitos desertos têm uma média anual de precipitação abaixo de 400 mm. Como consequência são quentes e áridos, os desertos têm a reputação de serem capazes de sustentar pouca vida assim como na Antártida.

Tipos de desertos
Desertos em regiões de ventos contra-alísios
Os ventos contra-alísios ocorrem em duas faixas do globo terrestre divididas pela Linha do Equador, se formando pelo aquecimento do ar junto à Região Equatorial. Estes ventos secos dispersam as nuvens, permitindo que os raios solares aqueçam mais o solo. A maioria dos grandes desertos do planeta se encontra em regiões cruzadas por ventos contra-alísios, sendo o principal deles o Deserto do Saara, no Norte da África.

Desertos de monção
Monção é o termo utilizado para se referir a um sistema de ventos que muda fortemente entre as estações. As monções ocorrem devido às variações de temperatura entre os continentes e os oceanos. Os ventos alísios do sul do Oceano Índico, por exemplo, despejam densas chuvas na Índia ao chegarem à costa. Conforme a monção cruza o país, ela perde sua umidade no lado oriental da cadeia montanhosa de Aravalli. O deserto indiano do Rajastão e o Deserto Thar, no Paquistão, são partes de uma região de monção a oeste desta cadeia de montanhas.

Desertos de latitudes médias
Os desertos de latitudes médias são encontrados em regiões entre os trópicos – de Câncer no hemisfério norte e de Capricórnio no sul – e os círculos polares – Árctico e Antárctico. Esse tipo de deserto está em bacias de escoamento de água distantes dos oceanos e tem grandes variações de temperaturas anuais. Todos os desertos têm que ter alguma precipitação de chuva ou nada irá crescer lá. As precipitações podem ter origem em diferentes condições climáticas. O Deserto de Mojave na Califórnia, e o Deserto de Sonora, no Arizona, ambos nos Estados Unidos, são exemplos de deserto de latitude média.

Desertos costeiros
Um exemplo é o Deserto do Atacama, no Chile, que se encontra em uma região de sombra de chuva dupla. A chamada sombra de chuva ocorre quando o ar frio ocupa menos humidade que o ar quente. Assim, quando um elevado de montanhas paralelo à costa está no caminho de uma corrente de vento e força a massa de ar para cima, a humidade é precipitada em forma de neve ou chuva. Quando a precipitação ocorre e cai no outro lado do elevado, o ar é seco. No oeste do Atacama, o elevado costeiro bloqueia a humidade do Pacífico. No leste, os Andes bloqueiam a humidade da corrente de ar oriunda da Amazónica. É por isso que o Atacama é um dos desertos mais secos do planeta.

Desertos polares
Os desertos polares estão localizados principalmente no hemisfério sul, na Antártida e no hemisfério norte, na Groenlândia São desertos quase todo cobertos de rocha ou cascalho. Essas regiões sofrem não de falta de água, por causa do gelo, mas por uma quantidade muito escassa dela no estado líquido. Na Antártida, por exemplo, há áreas em que o solo está exposto, mas não cresce vegetação.

Paleodesertos – ou desertos fósseis
Sedimentos de dunas já foram encontrados em áreas que hoje não são desérticas. Por meio de análises arqueológicas e de vegetação, foi comprovado que a acção do tempo e das condições climáticas transformou vastas áreas de desertos do planeta. Há mais de 10.000 anos, partes de algumas dessas regiões eram mais áridas do que são hoje. Actualmente, algumas antigas regiões de dunas são florestas tropicais húmidas. As montanhas de areia chamadas Sand Hills, por exemplo, são campos de dunas inactivos de 57.000 quilómetros quadrados no centro de Nebraska, nos Estados Unidos. O que já foi o maior mar de areia no hemisfério norte, hoje é estabilizado por vegetação e possui um alto nível de chuvas anual.

Desertos em outros planetas
Marte é o único dentre os outros planetas do Sistema Solar no qual já foram identificados desertos eólicos (de ventos). Apesar da pressão atmosférica em sua superfície ser de apenas 1% da terrestre, os padrões de circulação atmosférica nesse planeta formaram um mar de areia com mais de 5 milhões de quilómetros quadrados, maior que os desertos da Terra. Marte é interessante porque os cientistas acreditam que a vida microbiana extraterrestre poderia existir ou ter existido no passado.

Características dos Desertos
Quase 50% das superfícies dos desertos são planícies onde a ação eólica – removendo os pequenos grãos de areia – expõe cascalho solto composto principalmente de pedriscos ásperos, mas às vezes com pedras arredondadas.
Outras superfícies de terras áridas são compostas de leitos de pedra aflorados e expostos, solos desérticos e depósitos fluviais, incluindo depósitos aluviais, leitos secos, lagos do deserto e oásis. Afloramentos de leitos de pedra normalmente ocorrem como pequenos montes, cercados por extensas planícies erodidas.
Oásis são áreas com vegetação irrigada por fontes subterrâneas, poços ou por irrigação. Muitos são artificiais. Os oásis são frequentemente o único lugar nos desertos que permitem ao homem efectuar plantios e fixar moradia permanente.

Vegetação Desértica
A maioria das plantas do deserto são tolerantes à seca e à salinidade. Algumas armazenam água em suas folhas, raízes e caules. Outras plantas do deserto têm longas raízes que penetram até o lençol freático, firmam o solo e evitam a erosão. Os caules e folhas de algumas plantas reduzem a velocidade superficial dos ventos que carregam areia, protegendo assim o solo da erosão. Os desertos normalmente têm uma cobertura vegetal esparsa porém muito diversificada.

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