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Diuréticos e Cardiotónicos

Introdução
Os diuréticos são medicamentos que aumentam o volume de urina produzida, por aumentarem a excreção de água pelos rins em resposta a um aumento da eliminação de sal ou diminuição da sua reabsorção nos túbulos renais. Em contrapartida, foi no final do século XVIII que sugeriram pela primeira vez a provável ação dos digitálicos sobre o coração, mas somente em 1910 que foi observado seu efeito estimulante sobre a musculatura cardíaca, tendo a partir desta data seu efeito reconhecido. Portanto, este trabalho visa abordar sobre Diuréticos e Cardiotónicos.

Objectivos
Geral:
Abordar sobre Diuréticos e Cardiotónicos.

Específicos:
Conhecer o mecanismo de acção de Diuréticos e Cardiotónicos;
Identificar as doenças tratadas pelos Diuréticos e Cardiotónicos;
Conhecer os nomes dos medicamentos;
Saber quando é que se faz a associação dos medicamentos.

DIURÉTICOS E CARDIOTÓNICOS
DIURÉTICOS
Os diuréticos são medicamentos que aumentam a eliminação do sódio (sal) e água através da urina. Desta forma, atuam previamente estimulando a excreção de íons sódio (Na+), cloro (Cl-) ou bicarbonato (HCO3-), que são os principais eletrólitos presentes no fluído extracelular.
São utilizados principalmente para tratar a hipertensão arterial e quadros de edema (acúmulo de água resultando em inchaços), bem como outros distúrbios como a insuficiência cardíaca congestiva (ICC), insuficiência renal crônica e glaucoma.
Indicações: por ser um diurético que faz intensa eliminação de água, a Furosemida é usada principalmente em casos graves de acúmulo de líquido no corpo. É indicada principalmente para edemas (inchaços) de diversas causas que não melhoram com outros diuréticos mais leves, para edema agudo de pulmão e edema em insuficiência renal crônica. Outras indicações incluem síndrome nefrótica, cirrose hepática e nos casos de excesso de potássio (hipercalemia) em emergência.
Não são normalmente usados para tratamento da hipertensão arterial porque são muito potentes. Podem ser usados apenas na hipertensão arterial descompensada, como em um caso de emergência em que haja muita congestão (inchaço).
Contraindicações: não devem ser usados em casos de insuficiência renal em que o paciente não elimine mais nada de urina (anúria), estado pré-comatoso associado a cirrose hepática, ou em casos de “alergia” (hipersensibilidade) à furosemida ou à medicamentos da classe das Sulfonamidas.
Efeitos adversos: os principais são por conta da alta potência do medicamento. As manifestações mais comuns incluem hipotensão, taquicardia ou arritmia, sede, boca seca, náuseas e/ou vômitos, dor, cansaço muscular, cãibras, fraqueza, tonturas. A Furosemida pode ainda causar baixa de potássio e/ou magnésio do sangue, aumento de ácido úrico e gota. Pode haver ainda edema de rebote, caso ela seja suspensa subitamente.
Apresentações: pode ser usada como comprimidos de 40 mg, solução injetável (intravenosa) de 10 mg/mL ou solução oral, também de 10 mg/mL.

Mecanismo de ação
Apesar de apresentarem diferenças em relação ao local de ação no néfron e duração de ação, os diuréticos têm em comum a propriedade de estimular a eliminação dos íons Na+ pela urina. Como o Na+ não é excretado isoladamente, ele carrega a água do sangue, havendo aumento do volume urinário e a consequente redução da quantidade de líquido nos vasos sanguíneos, reduzindo a pressão exercida nas paredes das artérias.

Classificação
Considerando o efeito que produzem, podem ser classificados em:
Diuréticos propriamente ditos: quando aumentam a excreção de água, mas não de eletrólitos;
Natriuréticos: aumentam a eliminação de sódio;
Saluréticos: aumentam a excreção de sódio e cloreto.

Doenças tratadas pelos diuréticos e o nome do medicamento
Amilorido: Hipertensão, Edemas, Cirrose Hepática (Quando o fígado deixa de funcionar correctamente)
Hidroclorotriaziada: Hipertensão e Edemas
Furosimida: Edema
Nifedipina: hipertensão e Angina do peito (desconforto no peito)
Amilodipina: Hipertensão

Medicamentos da primeira linha
Amilorido Comp. 5mg ½ comprimido por dia;
Hidroclorotiazida Comp. 50mg ½ comprimido por dia;
Furosimida Comp. 40mg ½ comprimido por dia;

Medicamento da segunda linha
Amilodipina comp. 5-10mg 1 comprimido por dia;
Nifedipina comp. 20-60mg 1 comprimido por dia;
Medicamentos para gestantes
Mitildopa comp. 250mg 1 comprimido por dia;
Hidralazina comp. 25mg 2 comprimidos de 12/12h

Medicamentos para diabéticos
Enalapril: comp. 20mg 1 comprimido de 12/12h
Cartopril

CARDIOTÓNICOS
Os digitálicos ou glicosídeos cardíacos são substâncias que derivam de plantas da família da dedaleira (Digitalis sp.). Apresentam alta eficácia no tratamento da Insuficiência Cardíaca Congestiva(ICC) e remodelagem cardíaca, sendo utilizada para este fim desde o século XIX.

Mecanismo de ação
Nas membranas das células, inclusive nas cardíacas, chamadas cardiomiócitos, existem proteínas conhecidas como bomba de sódio (ou Na+/K+ ATPase). A digoxina exerce sua provável ação no sítio de ligação do K+, competindo com este íon na bomba que age trocando o Na+ intracelular pelo K+que está no meio extracelular. No meio extracelular, este Na+ será trocado pelo Ca++ intracelular. Com a inibição da bomba de sódio, haverá aumento do Na+ intracelular, alterando a excitabilidade das células, e aumentando a concentração do Ca++ intracelular, que por sua vez irá prolongar a contração das fibras miocárdicas. Apesar de esta proteína ser constitutiva nas células, as concentrações utilizadas desses digitálicos faz com que apenas as células musculares e neurôniossejam afetados de forma significativa pelo efeito inotrópico positivo desses fármacos.

Os efeitos observados são:
Estímulo vagal resultando em bradicardia;
Aumento da força e velocidade de contração ventricular;
Aumento do débito cardíaco, melhorando a circulação e reduzindo a congestão venosa e edema, também por promover a diurese;

Interações medicamentosas
Podem sofrer interações com diversos fármacos, dentre os quais estão a colestiramina (diminuição de sua absorção), antiácidos (redução da concentração plasmática), tiroxina (aumento da eliminação), eritromicina, omeprazol e tetraciclina (aumento da absorção), diuréticos como a espironolactona, amilorida e triantereno (interferem nos níveis dos íons) além de outros, devendo haver um remanejamento da dose ou substituição desses fármacos, quando necessário.

Efeitos adversos
Os principais efeitos adversos observados são:
Arritmias (doses elevadas podem causar arritmias por fibrilação ventricular);
Distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia;
Distúrbios visuais e alucinações;
Agitação e convulsão.

Medicamento e respectivas doenças
Digoxina A Digoxina é indicada no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva, e de certas arritmias cardíacas.
Dopamina injetável – Dopamina injetável é indicada para casos de choque circulatório, no tratamento de choque séptico, choque cardiogênico e no infarto agudo.

Triatec Hipertensão arterial.
Gratusminal Indicado nos casos de leve insuficiência cardiocirculatoria acompanhada de agitação, angustia e insónia.
Atens-hTratamento de todos os graus de hipertensão essencial e na hipertensão renovascular. É indicado também na insuficiência cardíaca congestiva.

Quando é que se faz a associação dos medicamentos:
A Associação dos medicamentos faz-se quando um medicamento tem menos acção, por isso, procura-se um outro medicamento com mais acção para potencializa-lo.

Medicamentos associação dos medicamentos
Paracetamol composto (Paraetamol+Diclofinac);
Amoxacilina e ácido clavanoico.

Conclusão
Terminada abordagem, pôde concluir-se que Diurético é qualquer substância que promova a diurese, ou seja, que aumente o volume de urina produzida. Os diuréticos são uns fármacos mais utilizados na medicina, sendo úteis para o tratamento de várias doenças diferentes, tais como hipertensão, insuficiência cardíaca, cirrose hepática e insuficiência renal. Por outro lado, São agentes que têm um efeito fortificante no coração, ou que podem aumentar o rendimento cardíaco. Eles podem ser glicosídeos cardíacos, simpaticomiméticos ou outras substâncias cardioativas endógenas ou exógenos.

Bibliografia
KOROLKOVAS A; BURCKHALTER J.H. Química Farmacêutica, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988
GUYTON E HALL. Fisiologia Médica. 11. ed. Madrid: Elsevier.


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