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Estágios do Alzheimer

A Doença de Alzheimer é caracterizada pela piora progressiva dos sintomas. Entretanto, muitos pacientes podem apresentar períodos de maior estabilidade. A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases:
Estágio inicial: O estágio inicial raramente é percebido. Parentes e amigos (e, às vezes, os profissionais) veem isso como "velhice", apenas uma fase normal do processo do envelhecimento.  

Como o começo da doença é gradual, é difícil ter certeza exatamente de quando a doença começa. A pessoa pode:
Ter problemas com a propriedade da fala (problemas de linguagem)
Ter perda significativa de memória – particularmente das coisas que acabam de acontecer
Não saber a hora ou o dia da semana
Ficar perdida em locais familiares
Ter dificuldade na tomada de decisões
Ficar inativa ou desmotivada
Apresentar mudança de humor, depressão ou ansiedade
Reagir com raiva incomum ou agressivamente em determinadas ocasiões
Apresentar perda de interesse por hobbies e outras atividades.

Estágio intermediário: Como a doença progride, as limitações ficam mais claras e mais graves. A pessoa com demência tem dificuldade com a vida no dia a dia e:
Pode ficar muito desmemoriada, especialmente com eventos recentes e nomes das pessoas
Pode não gerenciar mais viver sozinha, sem problemas
É incapaz de cozinhar, limpar ou fazer compras
Pode ficar extremamente dependente de um membro familiar e do cuidador
Necessita de ajuda para a higiene pessoal, isto é, lavar-se e vestir-se
A dificuldade com a fala avança
Apresenta problemas como perder-se e de ordem de comportamento, tais como repetição de perguntas, gritar, agarrar-se e distúrbios de sono
Perde-se tanto em casa como fora de casa
Pode ter alucinações (vendo ou ouvindo coisas que não existem).

Estágio avançado: O estágio avançado é o mais próximo da total dependência e da inatividade. Distúrbios de memória são muito sérios e o lado físico da doença torna-se mais óbvio. A pessoa pode:
Ter dificuldades para comer
Ficar incapacitada para comunicar-se
Não reconhecer parentes, amigos e objetos familiares
Ter dificuldade de entender o que acontece ao seu redor
É incapaz de encontrar o seu caminho de volta para a casa
Ter dificuldade para caminhar
Ter dificuldade na deglutição
Ter incontinência urinária e fecal
Manifestar comportamento inapropriado em público
Ficar confinada a uma cadeira de rodas ou cama.

O Alzheimer pode ser classificado em dois tipos:

Início precoce
A doença de Alzheimer não é apenas uma doença da velhice. Muitas pessoas com início precoce estão em seus 40 e 50 anos. A doença de Alzheimer de início mais precoce (também conhecida como início precoce) afeta pessoas com menos de 65 anos. Até 5% dos mais de 5 milhões de americanos com Alzheimer apresentam um início mais precoce.

Início tardio
O início tardio é caracterizado quando os sintomas se manifestam após os 65 anos, sendo os casos mais frequentes.

Causas
Pesquisadores acreditam que, para a maioria das pessoas, a doença de Alzheimer é causada por uma combinação de fatores genéticos, de estilo de vida e ambientais que afetam o cérebro ao longo do tempo.
A causa do Alzheimer é desconhecida, mas seus efeitos deixam marcas fortes no paciente. Normalmente, atinge a população de idade mais avançada, embora se registrem casos em gente jovem. Os cientistas já conseguiram identificar um componente genético do problema, só que estão longe de uma solução.
Embora as causas da doença de Alzheimer ainda não sejam completamente compreendidas, seu efeito sobre o cérebro é claro. A doença de Alzheimer danifica e mata as células cerebrais. Um cérebro afetado pela doença de Alzheimer tem muito menos células e muito menos conexões entre as células sobreviventes do que um cérebro saudável.
À medida que mais células cerebrais morrem, a doença de Alzheimer leva a um encolhimento significativo do cérebro. Quando os médicos examinam o tecido cerebral de Alzheimer sob o microscópio, eles vêem dois tipos de anormalidades que são consideradas características da doença:
Placas: esses aglomerados de uma proteína chamada beta-amilóide podem danificar e destruir as células cerebrais de várias maneiras, inclusive interferindo na comunicação célula a célula. Embora a causa final da morte de células cerebrais na doença de Alzheimer não seja conhecida, a coleção de beta-amilóide do lado de fora das células cerebrais é um dos principais suspeitos
Emaranhados: as células cerebrais dependem de um sistema interno de suporte e transporte para transportar nutrientes e outros materiais essenciais ao longo de suas longas extensões. Este sistema requer a estrutura normal e o funcionamento de uma proteína chamada tau.

Sintomas de Alzheimer
No início, o aumento do esquecimento ou a confusão leve podem ser os únicos sintomas da doença de Alzheimer que você percebe. Mas ao longo do tempo, a doença rouba mais de sua memória, especialmente as memórias recentes. A taxa em que os sintomas pioram varia de pessoa para pessoa.
Se você tem Alzheimer, você pode ser o primeiro a perceber que está tendo uma dificuldade incomum de lembrar as coisas e organizar seus pensamentos. Ou você pode não reconhecer que algo está errado, mesmo quando as mudanças são perceptíveis para os membros da sua família, amigos íntimos ou colegas de trabalho.

Alterações cerebrais associadas à doença de Alzheimer levam a problemas crescentes com:
Memória
Todo mundo tem lapsos de memória ocasionais. É normal perder a noção de onde você coloca as chaves ou esquecer o nome de um conhecido. Mas a perda de memória associada à doença de Alzheimer persiste e piora, afetando sua capacidade de funcionar no trabalho e em casa.
Pessoas com Alzheimer podem:
Repetir afirmações e perguntas repetidamente, sem perceber que elas já fizeram a pergunta antes
Esquecer conversas, compromissos ou eventos
Perca-se em lugares familiares
Eventualmente, esqueça os nomes dos membros da família e objetos do cotidiano
Tenha dificuldade em encontrar as palavras certas para identificar objetos, expressar pensamentos ou participar de conversas

Pensamento e raciocínio
A doença de Alzheimer causa dificuldade em se concentrar e pensar, especialmente em conceitos abstratos como números.
A multitarefa é especialmente difícil, e pode ser um desafio gerenciar as finanças, equilibrar os talões de cheque e pagar as contas em dia. Essas dificuldades podem progredir para a incapacidade de reconhecer e lidar com números.

Planejando e executando tarefas familiares
Atividades de rotina que exigem etapas sequenciais, como planejar e cozinhar uma refeição ou jogar um jogo favorito, tornam-se uma luta à medida que a doença progride. Eventualmente, pessoas com Alzheimer avançado podem esquecer como executar tarefas básicas, como vestir-se e tomar banho.

Mudanças na personalidade e comportamento
Alterações cerebrais que ocorrem na doença de Alzheimer podem afetar a maneira como você age e como se sente. Pessoas com Alzheimer podem experimentar:
Depressão
Apatia
Retraimento social
Mudanças de humor
Desconfiança nos outros
Irritabilidade e agressividade
Mudanças nos hábitos de sono
Hábito de vagar
Perda de inibições
Delírios, como acreditar que algo foi roubado.
Muitas habilidades importantes não são perdidas até muito tarde na doença. Estes incluem a capacidade de ler, dançar e cantar, apreciar música antiga, envolver-se em artesanato e hobbies, contar histórias e relembrar.
Isso ocorre porque as informações, habilidades e hábitos aprendidos no início da vida estão entre as últimas habilidades a serem perdidas à medida que a doença progride; a parte do cérebro que armazena essa informação tende a ser afetada mais tarde no curso da doença. Capitalizar essas habilidades pode promover sucessos e manter a qualidade de vida mesmo na fase moderada da doença.
Mesmo com uma aparência saudável, os portadores de Alzheimer precisam de supervisão ao longo das 24 horas do dia. O quadro da doença evolui, em média, por um período de cinco a dez anos.

Diagnostico
Diagnosticar alguém com Alzheimer não é tarefa fácil. A família do idoso imagina que se trata apenas de um problema consequente da idade avançada e não procura a ajuda de um especialista. Ao notar sintomas do Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo incomum, deve encaminhar o idoso à unidade de saúde mais próxima, mesmo que ela não tenha um geriatra ou um neurologista. É preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença. Não é porque a pessoa está mais velha que não vai mais se lembrar do que é importante.
Nos quadros de demência da Doença de Alzheimer, normalmente observa-se um início lento dos sintomas (meses ou anos) e uma piora progressiva das funções cerebrais.
A certeza do diagnóstico só pode ser obtida por meio do exame microscópico do tecido cerebral do doente após seu falecimento. Antes disso, esse exame não é indicado, por apresentar riscos ao paciente. Na prática, o diagnóstico da Doença de Alzheimer é clínico, isto é, depende da avaliação feita por um médico, que irá definir, a partir de exames e da história do paciente, qual a principal hipótese para a causa da demência.
O acompanhamento médico é essencial para que se identifique corretamente a existência ou não do Alzheimer. Outras doenças, como a hipertensão - que dificulta a oxigenação do cérebro -, também podem originar falta de memória e sintomas de demências. Existem também demências que podem ser tratadas, como a provocada pelo hipotireoidismo.

Tratamento de Alzheimer
O SUS oferece, por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais, a rivastigmina, a galantamina e o donepezil, principais remédios utilizados para o tratamento do Alzheimer. É bom lembrar que os medicamentos não impedem a evolução da doença, que não tem cura. Os medicamentos para a demência têm alguma utilidade no estágio inicial, podendo apenas amenizar ou retardar os efeitos do Alzheimer.

1ª. Tratamento dos distúrbios de comportamento:
Para controlar a confusão e agressividade utilizam-se medicamentos da classe dos neurolépticos atípicos, embora mesmo com esses medicamentos pode ser difícil controlar esses sintomas.
Aqui, cabe ressaltar a importância de se evitar remédios que podem prejudicar ainda mais a função intelectual ou cognitiva destes indivíduos, por isso o médico deve ficar atento com os remédios que o paciente com Alzheimer está usando.
Depressão e transtornos do sono também devem ser tratados com medicações específicas.

2ª. Tratamento específico:
Dirigido para tentar melhorar o déficit de memória, corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro. Drogas como a rivastigmina, donepezil (Eranz), galantamina (Reminyl), entre outras, podem funcionar melhor no início da doença, até a fase intermediária. Porém, seu efeito pode ser temporário, pois a doença de Alzheimer continua, infelizmente, progredindo. Estas drogas possuem efeitos colaterais (principalmente gástrico e cardíaco), que podem inviabilizar o seu uso,
Também há o fato de que somente uma parcela dos idosos melhoram efetivamente com o uso destas drogas chamadas anticolinesterásicos, ou seja, não resolve em todos os idosos com demência. Outra droga, comumente utilizada na fase moderada e avançada da doença é a memantina, que atua de maneira diferentes dos anticolinesterásicos. A memantina é um antagonista não competitivo dos receptores NMDA do glutamato e comumente usada em associação com os anticolinesterásicos.

Medicamentos para Alzheimer
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula

Prognóstico
Quanto mais os efeitos da doença de Alzheimer avançam em seu corpo, mais o paciente tende a se afastar completamente do convívio social. O ator norte-americano Charles Bronson foi uma das vítimas da doença. Perto de perder a vida, aos 81 anos, em 2003, o ator de Era uma Vez no Oeste praticamente havia esquecido a sua identidade e não se lembrava de nada de seu passado como astro de Hollywood. O ex-presidente norte-americano Ronald Reagan, morto em 2004, foi outra vítima famosa. O problema de saúde tirou o político das atividades públicas, em sua última década de vida.
A família e a sociedade podem dar um grande apoio aos pacientes do Alzheimer. A Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) é formada por familiares dos pacientes e conta com a ajuda de vários profissionais, como médicos e terapeutas. A associação promove encontros para que as famílias troquem experiências e aprendam a cuidar e a entender a doença e seus efeitos na vida dos idosos. Para a coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Neidil Espínola, mesmo com o desgaste, as famílias podem entender que, se o paciente sofre de uma doença incurável, pelo menos ele pode ser cuidado e receber carinho.


Bibliografia
8. Médicos de Portugal. «Diagnóstico Diferencial». Consultado em 23 de agosto de 2009
9. Dr. Ricardo Massucatto. «Diagnóstico Diferencial para Médicos». Consultado em 21 de agosto de 2009
10. BECK, E. R. et al. Diagnóstico diferencial. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1981, cap.29, p. 275-287
11. DAITZ, B. et al. Leg pain. In: DAITZ, B. et al. Medicine: a primary care approach. 2ª ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 1996. cap. 93, p.353-356.
12. 35. Negro Jr PJ. A natureza da dissociação: um estudo sobre experiências dissociativas associadas a práticas religiosas [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 1999.
13. Kaplan HI, Sadock B. Compêndio de psiquiatria. 9ª.ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 2007.
14. Lipsitt DR. Factitious disorder and Munchausen syndrome. In www.uptodate.com. Online 20.8; 2012 mar [updated 2012 ago 15].[11 p.][acesso 2012 maio 02].



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