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Doenças causadas por protozoários

Introdução
No presente trabalho pretende-se falar das doenças causadas por protozoários, é de se adiantar que os protozoários são organismos unicelulares, eucarióticos e que apresentam nutrição heterotrófica. Apesar de ser um termo bastante usado, não apresenta nenhum valor taxonómico, sendo considerado, portanto, um agrupamento artificial. Neste trabalho, as doenças que irão ser destacadas são: Malária, Amebíase e doença do sono.

Doenças causadas por protozoários
 Definição Protozoários
Protozoários ou Protozoa (do latim proto "primeiro" e zoon "animal") são microorganismos eucarióticos geralmente unicelulares e heterotróficos (não possui a capacidade de produzir seu próprio alimento, e por isso se alimenta de seres vivos). Sua classificação é controversa, pois inclui diversos seres semelhantes que não possuem relação evolutiva, sendo assim um grupo polifilético (grupo que não inclui o ancestral comum de todos os indivíduos) que une diferentes tipos de organismos microscópicos que não se encaixam no reino Metazoa. Segundo Brusca & Brusca, protozoários são os seres eucariontes que não apresentam nível de organização tecidual como as plantas e os animais e não passam pelo processo de formação dos folhetos embrionários que ocorre nesses grupos. Fazem parte do reino Protista, junto com as algas unicelulares crisófitas, euglenófitas e pirrófitas de acordo com suas semelhanças mais evidentes.
Os protozoários são classicamente divididos em quatro grupos de acordo com o seu meio de locomoção.
Os ciliados se locomovem na água através do batimento de cílios numerosos e curtos e aparece geralmente em água doce e salgada, e onde existe matéria vegetal em decomposição. Eles executam também outro tipo de reprodução, chamado de conjugação (sexuada), onde uma célula transmite material genético para outra célula, ocasionando uma variabilidade genética, o que é essencial para qualquer tipo de ser vivo. Depois da conjugação, as células realizam a reprodução assexuada.
Os flagelados utilizam o movimento de um único e longo flagelo, são de vida livre e muitos deles são parasitas de seres humanos.
Os rizópodos utilizam pseudópodos ("falsos pés"), moldando a forma do seu próprio corpo para se locomover; é o grupo onde é encontrada a Ameba, que usa muitos pseudópodes para locomoção. A ameba é um ótimo exemplo de protozoário, obtendo seu alimento através do processo chamado fagocitose, e digerindo-o em seus vacúolos digestivos.' A densidade do seu citoplasma é maior que a da água que o envolve no ambiente, por isso ela tem que realizar periodicamente a osmose, ou seja, equilibrar a quantidade de água dentro do organismo. Para isso, ela utiliza os vacúolos pulsáteis para expulsar a água em excesso. Na realidade, o nome pulsátil é errôneo, pois o que acontece é que o vacúolo se forma cheio de água dentro da célula, se desloca até a membrana celular, e se desfaz lá, jogando a água para fora, e não como se fosse um "coração" batendo freneticamente.
Os protozoários que não possuem organelas locomotoras nem vacúolos contráteis são chamados esporozoários. Todos os esporozoários são parasitas obrigatórios. Porém é preciso lembrar que esses grupos não representam a origem evolutiva dos organismos, pois não são grupos monofiléticos.

 As doenças causadas por protozoários são:
Os protozoários são agentes causadores de muitas doenças, entre as principais podemos destacar:

MALÁRIA
Malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium.

 Agente causar
A transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium.
O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez.

 Sintomas
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.

 Medidas de prevenção
Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes.
Medidas de prevenção coletiva: drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.

 Tratamento
A decisão de como tratar o paciente com malária deve estar de acordo com o Manual de Terapêutica da Malária, editado pelo Ministério da Saúde, e ser orientada pelos seguintes aspectos:
Espécie de plasmódio - dependendo da espécie de plasmódio o paciente vai receber um tipo de tratamento
Gravidade da doença - pela necessidade de drogas injetáveis de ação mais rápida sobre os parasitos, visando reduzir a letalidade.

AMEBÍASE
A amebíase é uma infecção parasitária que acomete o intestino. Ela é bastante comum em áreas do mundo onde o saneamento básico é deficiente, permitindo que alimentos e água sejam expostos à contaminação fecal.

 Agente causar
Amebíase é causada pelo parasita Entamoeba histolytica, que entra no organismo principalmente por meio da ingestão de água ou comida contaminadas. Esse parasita também pode entrar no corpo por meio do contato direto com a matéria fecal. Entamoeba histolytica libera cistos, que são uma forma relativamente inativa do parasita e que pode viver por vários meses no ambiente em que foram depositados, geralmente nas fezes, no solo e na água. Eles também podem ser transmitidos por manipuladores de alimentos e por meio de relação sexual desprotegida.

 Sintomas
A maioria das pessoas com amebíase não manifesta sintomas. Quando eles surgem, no entanto, costumam aparecer de sete a dez dias após a exposição ao parasita.

Sintomas leves de amebíase
Sintomas graves de amebíase
Cólicas abdominais
Evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional
Fadiga
Gases em excesso
Dor retal durante evacuação (tenesmo)
Perda de peso involuntária
Sensibilidade abdominal
Evacuação de fezes líquidas, às vezes com sangue
Evacuação de dez a 20 vezes por dia
Febre
Vômitos

Medidas de prevenção
Saneamento básico e condições adequadas de higiene são a chave para evitar a amebíase. Outras medidas também podem ser adotadas:
Lave bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos
Lave bem frutas e verduras antes de comê-las
Evite comer frutas ou vegetais, a menos que você lave e descascá-los você mesmo
Beba somente água engarrafada
Evite leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados
Evite alimentos vendidos por ambulantes.

 Tratamento
O tratamento para casos simples de amebíase geralmente consiste na prescrição de metronidazol por dez dias, administrado por via oral. O médico também pode prescrever medicamentos para controlar náuseas.
Se o parasita invadir os tecidos intestinais ou órgãos internos, o tratamento deve focar, também, no tratamento de todas as áreas afetadas por ele. Se a infecção parasitária causar perfurações no cólon ou em tecidos peritoneais, a cirurgia pode ser necessária.
Após o tratamento da amebíase, as fezes devem ser reexaminadas para se ter certeza de que a infecção foi eliminada.
DOENÇA DO SONO
A Doença do Sono, ou Tripanossomíase Humana Africana, é uma infecção parasitária causada pelo Trypanosoma brucei e é transmitida pela picada da mosca tsé-tsé.

 Agente causar
O parasita que causa a doença do sono (Trypanosoma) é transmitido para os humanos através da picada das moscas tsé-tsé, que vivem e procriam em regiões quentes e úmidas da África Subsaariana. A mosca, por sua vez, adquire o parasita picando outra pessoa ou animal infectado. Humanos, animais selvagens, domésticos e o gado servem como hospedeiros para o parasita. Por razões ainda não conhecidas, existem locais com grande incidência das moscas tsé-tsé em que não há epidemia da doença do sono. Há ainda outras formas de infecção, que são menos comuns, como:
Transmissão vertical (de mãe para filho)
Contaminação acidental em laboratórios com agulhas contaminadas

 Sintomas
No primeiro estágio o parasita da doença do sono se multiplica e os sintomas não são específicos, como dores de cabeça e nas articulações, crises de febre e coceira. Já no segundo estágio é quando os sintomas são mais óbvios, mas também mais difíceis de serem tratados. Entre os sintomas do segundo estágio da doença do sono estão:
Mudanças de humor ou comportamento
Confusão mental
Febre
Distúrbios sensoriais e de coordenação
Aumento de linfonodos (ínguas)
Fraqueza
Convulsões
Sudorese
Ansiedade
Distúrbios no ciclo do sono, em que a pessoa infectada não consegue dormir durante a noite mas é facilmente vencida pelo sono durante o dia
É importante ressaltar que, se não tratada, a doença do sono pode ser fatal, apesar de casos de portadores saudáveis já terem sido relatados.

 Medidas de prevenção
A prevenção da doença do sono inclui evitar áreas endêmicas e/ou se proteger contra as picadas das moscas tsé-tsé. As roupas devem proteger o corpo todo e ser grossas, pois a picada das moscas pode transpassar as roupas mais finas. O uso de repelentes de insetos também é recomendado a fim de prevenir a doença do sono, porém sua eficácia contra as moscas tsé-tsé pode ser limitada.
A Pentamidina também pode ajudar na prevenção, contudo, os efeitos colaterais envolvem o dano nas células pancreáticas, o que pode gerar hipoglicemia seguida, posteriormente, de diabetes. Sendo assim, a droga raramente é utilizada com a finalidade de profilaxia

 Tratamento
O tipo de tratamento para a doença do sono irá depender do estágio em que a doença se encontra, sendo que quanto mais cedo for iniciado o tratamento melhores as perspectivas de sucesso. No primeiro estágio os medicamentos utilizados são de baixa toxidade e fáceis de administrar, mas no segundo estágio a medicação deve transpassar a barreira hemato-encefálica para alcançar o parasita, então são medicações que podem apresentar mais efeitos colaterais.
Para o primeiro estágio é recomendado o uso de pentamidina e suramina. Já para o segundo estágio da doença do sono, desde 2009, a OMS recomenda a combinação terapêutica de nifurtimox-eflornitina, ou NECT, que é mais seguro do que o melarsoprol, utilizado anteriormente.

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