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Doenças venéricas

Introdução
O contacto estabelecido em relações sexuais expõe os praticantes propensos a doenças sexualmente transmissíveis, essas que são comummente tratadas como DTS´s ou mesmo Doenças Venericas. Estão divididas e três grupos, nomeadamente: Virais, Bacterianas e Parasitárias. Podendo afectar ambos os gêneros e de qualquer idade.
Com esses factos em mente, importa-nos neste artigo debruçar essencialmente sobre Doenças Venéricas, no qual durante a abordagem destacar-se-ão o conceito, tipos, causas, a saúde sexual e reprodutiva assim como sobre o planeamento familiar.

Doenças venéricas
Nas primeiras civilizações, o culto aos deuses era intenso. Nessas civilizações, a promiscuidade era algo comum, sendo esse, um dos motivos para o surgimento de doenças venéricas. Desta forma, o termo doenças venéreas tem sua origem na História Antiga, em referência à Vênus, a deusa do amor.

Conceito
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), anteriormente chamadas de doenças venéreas, consistem em doenças infecções transmitidas, especialmente, através de relações sexuais (transmissão horizontal). Outras vias não sexuais incluem: transmissão da mãe para o filho durante o período gestacional ou durante o parto (transmissão vertical); utilização de seringas contaminadas; e ainda durante uma transfusão de sangue, quando este se encontra contaminado.

Causas
Vários tipos de agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias e parasitas) estão envolvidos na contaminação por IST, gerando diferentes sintomas como feridas, corrimentos, dor ao urinar, bolhas ou verrugas. 

Bactérias
Cancro mole (Haemophilus ducreyi
Clamídia (Chlamydia trachomatis') 
Granuloma inguinale (Dovania granulamatis
Gonorreia (Neisseria gonorrhoeae
Sífilis (Treponema pallidum
Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis

Fungos
Candidíase (Candida albicans

Vírus
Hepatite B
Hepatite C
Herpes simples tipo 1 e 2
SIDA (VIH) 
Condiloma acuminado (HPV tipo 6 e 11) 
Carcinomas genitais e da faringe (HPV/VPH tipo 16 e 18) 
Molusco contagioso
Linfoma de células T do adulto (HTLV)

Artrópodes
Piolho-da-púbis

Protozoários
Tricomoníase (Trichomonas vaginalis)


Tipos de Doenças Venéricas
Cancro mole
HPV é a sigla para papiloma vírus humano. Ele infecta a uma camada do epitélio - parte interna da bexiga - que pode causar lesões benignas, como as verrugas genitais, e malignas como alguns tipos de câncer, sendo o câncer de colo de útero e o câncer de anus os mais comuns. Existem mais de cem tipos de HPV e a grande maioria não causa câncer ou grandes complicações, uma vez que são combatidos pelo próprio organismo.

HIV/AIDS
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, que é o causador da AIDS. Logo, HIV e AIDS não são a mesma coisa. A AIDS é uma doença crônica potencialmente fatal que acontece quando a pessoa infectada pelo HIV tem o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença, além de deixá-la mais suscetível a infecções oportunistas, como a tuberculose. Hoje a pessoa com HIV consegue viver melhor do que antigamente, mas é necessário que ela faça uso de medicamentos por toda vida, ou seja, até hoje não há cura ou vacina contra o HIV.

Gonorreia
Gonorreia é a mais comum das doenças sexualmente transmissíveis. Ela afeta tanto homens quanto mulheres e pode ser transmitida pelo contato sexual vaginal, oral ou anal. A bactéria Neisseria gonorrhoeae, que causa a doença, pode infectar a região genital masculina e feminina, além do reto, olhos garganta e articulações.

Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
A Doença Infamatória Pélvica é uma DST que afeta mulheres, principalmente as que já têm alguma outra infecção sexualmente transmissível, como gonorreia e clamídia não tratadas. Ela pode ser causada por diversas bactérias que acarretam inflamações nos órgãos sexuais internos da mulher, como útero, ovários e trompas.

Sífilis
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, e pode se manifestar em três estágios, sendo que nos dois primeiros acontecem os sintomas e ela é mais contagiosa e no terceiro não há sintomas - o que faz parecer que a pessoa está curada.

Ébola
É uma doença ocasionada por um vírus de mesmo nome que é altamente infeccioso e pode atingir uma taxa de letalidade de até 90%. O vírus é original da África, que de tempos em tempos sofre com surtos da doença. O seu principal sintoma é febre hemorrágica, que causa sangramento dos órgãos internos.

Herpes
Herpes simples é uma infecção viral que se manifesta através do surgimento de pequenas bolhas frequentemente ao redor dos lábios ou genitais, mas que também podem surgir em qualquer região do corpo. Normalmente o herpes labial é causado pelo vírus da herpes simples tipo 1, o HSV1, e o herpes genital pelo HSV2, contudo, ambos os tipos podem provocar tanto o herpes labial quanto o genital.

Hepatites virais
Hepatite é qualquer degeneração do fígado por causas diversas, as mais comuns são as infecções pelos vírus do tipo A, B ou C e o abuso do consumo de álcool.

Saúde sexual e reprodutiva
A Saúde Sexual refere-se às áreas da medicina envolvidas com a reprodução humana e comportamento sexual, as doenças sexualmente transmissíveis, os métodos contraceptivos, anticoncepcionais, entre outros.
A Saúde Reprodutiva implica que pessoas são capazes de ter uma responsável, gratificante e mais segura vida sexual, e que têm a capacidade de reproduzir e a liberdade de decidir-se: quando e com que frequência fazê-lo. Implícito neste ponto está o direito de homens e mulheres para serem informados e ter acesso aos seguros, eficazes, acessíveis e aceitáveis métodos de regulação da fecundidade da sua escolha e o direito de acesso aos serviços de saúde adequados, aos cuidados que permitam que as mulheres prossigam em segurança com a gravidez, e ao parto adequado, que proporcione aos casais as melhores possibilidades de ter um bebê saudável.

Historial da Saúde sexual e reprodutiva
O conceito de Direitos e Saúde Sexual e Reprodutiva, cunhado em 1994 na Conferência do Cairo, explorado em 1995 na Conferência de Pequim e desenhado na Carta dos Direitos Sexuais e Reprodutivos da International Planned Parenthood Federation (IPPF) de 1996 refere-se a um estado de bem-estar completo a nível físico, mental e social (não somente a ausência de doença) no que diz respeito à vida sexual e reprodutiva.
A saúde reprodutiva aparece, assim, com a implicação de que todas as pessoas têm o direito a uma vida sexual satisfatória, a par e passo com a possibilidade de decidir de forma livre constituir ou não família, o espaçamento e o momento das gravidezes, estar livre de todas as formas de discriminação e violência com base no género, acesso a métodos de contracepção modernos, a cuidados de saúde materna e planeamento familiar essencial para a redução dos casos de IVG (interrupção voluntária da gravidez), mas também a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e acesso ao aborto em condições de legalidade e segurança. Inclui-se, assim, na ideia de saúde e direitos sexuais e reprodutivos o direito à informação e ao acesso a métodos de planeamento familiar da sua escolha de forma eficiente e acessível. A esta definição associam-se direitos associados, como o direito à integridade física, à escolha em contracepção, ao respeito da identidade sexual ou à educação sexual holística, entre outros.
A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) de 1994 e as seguintes trouxeram consigo, entre outras coisas, a aceitação de um paradigma onde as necessidades dos indivíduos e o seu empoderamento teriam de passar por um estreitamento da ligação entre saúde e direitos humanos, procurando eliminar a constante instrumentalização das mulheres, que até lá viam políticas demográficas marcadas nos seus próprios corpos. Outro traço marcante destas conferências foi o facto de se reconhecer, por fim, o facto de a saúde das mulheres, principalmente a saúde sexual e reprodutiva, se encontrava também sujeita às marcadas desigualdades de género, dificultando ou impossibilitando o acesso a cuidados de saúde e à educação sexual holística, entre outros. Um inovador paradigma que se mantém actual com os debates e desafios sobre Natalidade, Fertilidade, Igualdade, Direitos Humanos e Sustentabilidade.
Apesar das diferenças regionais e entre países, a procura de planeamento familiar continua a aumentar, e muitas mulheres e famílias continuam a ter mais filhos do que os que desejavam. A redução de nascimentos não planeados e a dimensão da família têm impacto positivo nos encargos financeiros do sector público não só a nível de saúde mas também de água, saneamento e serviços sociais vários. Neste sentido, a realização dos direitos humanos das mulheres tem um efeito positivo a nível da realização de metas de desenvolvimento a nível local, nacional e global.
A nível dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, onde as metas referentes à saúde se encontram mais longe do expectado, um real investimento em saúde sexual e reprodutiva teria implicações transversais, potenciando a quebra de ciclos de pobreza, garantindo reais oportunidades às mulheres, incluindo as raparigas, aos jovens em geral e às famílias, em áreas económicas várias, aumentando os níveis de escolarização e reduzindo os níveis de mortalidade e morbilidade infantil, eliminando práticas nefastas e aumentando as oportunidades de inclusão social para jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade.

Importância do planeamento familiar
O Planeamento Familiar é o meio de proporcionar informação às pessoas que lhes permita decidir o número de filhos que querem ter e quando os querem ter. Isto implica o acesso a informação sobre métodos de contraceção e serviços de saúde apropriados que permitam a vivência da sexualidade de uma forma saudável, feliz e segura, bem como o planeamento de uma gravidez e parto nas condições mais adequadas.
O planeamento familiar é uma das estratégias mais eficazes e garantidas para salvar as vidas das mulheres e crianças e também melhorar a sua saúde.
Quando as mulheres e os casais têm acesso ao planeamento familiar – em particular, a uma grande variedade de métodos contracetivos modernos – têm maior probabilidade de evitar gravidezes não desejadas e de espaçar as gravidezes. Estas medidas diminuem significativamente o risco da mulher morrer no parto e o surgimento de problemas de saúde a longo prazo. Também aumentam as probabilidades de sobrevivência do bebé e de este ser saudável.
Nesse sentido podemos destacar os seguintes pontos como sendo as importâncias do planeamento familiar:
Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade;
Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva;
Reduzir a incidência das infeções sexualmente transmissíveis e as suas consequências, nomeadamente a infertilidade;
Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
Permitir que o casal decida quando quer ter filhos, o número de filhos que quer ter e o espaçamento entre eles;
Preparar e promover uma maternidade e paternidade responsável;
Melhorar a saúde sexual e reprodutiva do casal e o bem-estar da família.    

Estratégia de difusão de informação nas zonas rurais
Para que a demanda potencial de contraceptivos se transforme em utilização de fato, os governos precisam criar políticas de planeamento familiar nas quatro áreas já citadas.
A tingir um número maior cú pessoas. A maioria dos programas africanos de planeamento familiar está incluída em programas de saúde materno-infantil e concentrasse apenas em mulheres em idade de procriar que desejam controlar o intervalo entre seus períodos de gravidez. Sem dúvida, é importante atuar junto a este grupo; mas também outros - adolescentes, homens e mulheres que não querem mais ter filhos – deveriam ser incluídos nos serviços de planeamento familiar.
Os atuais programas governamentais raramente incluem os jovens, embora se disponha de boa documentação acerca dos riscos à saúde, tanto da mãe quanto da criança, em casos de gravidez na adolescência. E raro adolescentes casados receberem aconselhamento que os ajude a protelar a primeira gravidez até quase o fim da adolescência ou os 20 e poucos anos, quando o parto apresenta menos riscos. Em alguns países, existe o temor de que os adolescentes não casados, caso tenham mais informações sobre planeamento familiar, se sintam estimulados a maior atividade sexual; mas a falta de informações quanto a métodos contraceptivos e serviços correlatos não garante que os adolescentes deixem de praticar sexo. Um estudo acerca de jovens solteiros realizado em lbadã, Nigéria, mostrou que, na faixa dos 18 anos, 50% das maças e 75% dos rapazes eram sexualmente ativos, mas apenas 48% dos homens e 66% das mulheres sexualmente ativos adotavam métodos de contracepção. Entre os que não adotavam tais métodos, um número surpreendente declarou que agia assim por desconhecer o planeamento familiar.
Na África subsaariana, como em outros lugares, as atitudes tradicionais dos homens impedem o planeamento familiar. Até agora, os programas visaram principalmente às mulheres, consideradas mais receptivas e mais diretamente envolvidas na procriação.
Mas as atitudes dos homens afetam as decisões das mulheres no tocante à contracepção, e evidentemente o planeamento familiar é de responsabilidade tanto de homens quanto de mulheres. Se for dada maior atenção às atitudes masculinas, o planeamento familiar pode ser estimulado. Alguns programas nacionais, como os de Botsuana, Quênia, Tanzânia, Zaire, Zâmbia e Zimbábue, também oferecem informações e serviços a homens.
Em muitas regiões da África, a infecundidade é muito elevada; o temor da infecundidade faz os casais relutarem em adotar métodos contraceptivos. Assim, embora infecundidade elevada mantenha a fecundidade em níveis baixos, ela também impede o uso de contraceptivos e desacelera o eventual declínio da fecundidade. Os programas de planeamento familiar podem evitar a infecundidade e a esterilidade secundária (a impossibilidade de conceber ou voltar a dar à luz depois do primeiro parto), porque informam acerca das causas de esterilidade e tomam disponíveis os meios de contracepção, 'que permitem às adolescentes adiar a gravidez e às mulheres evitarem a gravidez não-desejada que pode ser interrompida por um aborto ilegal, uma das principais causas da esterilidade secundária.

Conclusão
Terminado trabalho, concluiu-se que as doenças sexualmente transmissíveis (DST), também denominadas infecções sexualmente transmissíveis (IST), podem ser causadas por microrganismos que variam amplamente em tamanho, ciclo de vida, sintomas e suscetibilidade a tratamentos disponíveis.
Pode-se afirmar que a prática de sexo seguro é a melhor forma de prevenir as doenças Venéricas.
A informação, a educação e o aconselhamento individualizado, tendo em vista um comportamento sexual saudável e responsável, devem ser componentes integrantes dos cuidados básicos de saúde.
Não praticar sexo (anal, vaginal ou oral) é a maneira mais confiável de prevenir DSTs, mas normalmente fora da realidade.

Bibliografia
CEBRAP, Ministério da Saúde. Relatório da pesquisa “ Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções do HIV/AIDS “. São Paulo, setembro de 2000.
Oriel, J.D. (1994). The Scars of Venus: A History of Venereology (em inglês). Londres: Springer-Verlag.  
World Health Organization - Sexually Transmited and Other reproductive tract infections. A guide to essential practice. 2005.
Wall, J. W. Brazil's alternative economic-demographic futures: fertility, family planning, population growth and some of their economic-demographic effects. Rio de Janeiro, 1974, mimeogr.

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