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A Segunda Guerra Mundial

Introdução
A Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre 1939 e 1945, é assim chamada por ter-se tratado de um conflito que extrapolou o espaço da Europa, continente dos principais países envolvidos. Além do norte da África e a Ásia, o Havaí, território estadunidense, com o ataque japonês a Pearl Harbor, foi também palco de disputas territoriais e ataques inimigos. Desta resultaram muitas perdas demográficas, económicas, entre outras. É neste âmbito que neste trabalho vamos tentar compreender o que terá causado esta guerra, como decorreu e como terminou.

Segunda Guerra Mundial
Compreender o que levou à eclosão do conflito implica lembrar as consequências da Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, culminando com a derrota alemã e a assinatura, entre as potências europeias envolvidas, do Tratado de Versalhes, que, culpando a Alemanha pela guerra, declarou a perda de suas colónias, a pagar impostos e indeminizações aos vitoriosos, e ao desarmamento do país. MANDEL, (1989)

Causas da Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial foi decorrente de um conjunto de fatores de uma profunda crise econômica e grandes tensões políticas e sociais em várias partes da Terra. Nesta conjuntura despontaram regimes totalitários, sobretudo na Alemanha, na Itália e no Japão. A ideologia expansionista principalmente destas potências levou-as a se apetrecharem militarmente. Nasceu, assim, um clima de tensão internacional que ficou marcado por várias ações belicistas. HARKAVY, Robert E. (1982)

As causas da Segunda Guerra Mundial
Causas político-económicas
Os EUA tornaram-se numa potência mundial que defendia uma ideologia burguesa, capitalista e liberal. No lado oposto estava a URSS, onde o proletariado estava em expansão, que defendia uma política socialista.
A crise de 1929, que começou nos EUA e depois alastrou ao resto do mundo, interrompeu o dinâmico processo de reconstrução da Europa registado imediatamente após a Primeira Guerra Mundial. As medidas para combater a crise nos países europeus, embora tendo de ser fortes, tiveram lugar de forma natural e constitucional, mantendo-se os regimes democráticos na Inglaterra, na França e em outros países.
No entanto, em outros países, politicamente mais instáveis e com oposições mais combativas, o poder foi tomado por grupos fortemente organizados e determinados.
Estes grupos opunham-se à política instalada e viriam a implantar regimes do tipo totalitário ou ditatorial. Daqui iria nascer uma bipolarização do mundo em dois blocos antagónicos: de um lado, os regimes democráticos, e do outro, os regimes autoritários ou ditatoriais. Essa divisão iria ter também a sua expressão nos dois lados que se viriam a defrontar na guerra: de um lado, os Aliados (que representavam, na sua maioria, os países democráticos), e do outro, as potências do Eixo (que integravam os regimes autoritários e ditatoriais).

Causas político-militares
O fim da Primeira Guerra Mundial transformou-se no ponto de partida para o eclodir de novos conflitos, afirmado por BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010). Em 1919, o Tratado de Versalhes, apesar das suas intenções de pacificação, acabou por provocar a disseminação de um forte sentimento nacionalista entre os países que perderam a guerra e criou terreno propício, pela exploração dos sentimento de insatisfação da população, para a implantação dos regimes totalitários. Alguns líderes políticos adoptaram uma política de apaziguamento no período entre as guerras. Pacificaram-se antigo e fizeram-se concessões para se evitar confrontos mas, em contrapartida conseguiu garantir a paz internacional.
A Sociedade das Nações, que deveria cuidar da paz mundial, um órgão frágil, sem reconhecimento e peso internacional totalmente.
A partir de Setembro de 1931, iniciou-se uma série de confrontos, espalhados por vários cantos do mundo. O Japão invadiu a Manchúria e colocou no poder um imperador por si controlado. Sendo a Manchúria território chinês, esta invasão levaria a uma guerra entre o Japão e a China, que se iniciou em 1935.
Em 1936, o Japão e a Alemanha assinaram um acordo, o Pacto Antikomintern (que significa «anticomunista»), cujo objectivo principal era o combate ao comunismo da União Soviética, evitando assim o perigo de alastramento dos ideais comunistas a estes países. No Japão predominava uma cultura do tipo militarista, que já vinha de muitos anos antes. Sendo o Japão um país de fracos recursos, o seu governo considerava que a melhor forma de conseguir esses recursos seria através de conquistas territoriais. Por isso, o Japão planeou conquistar vários territórios na Ásia, incluindo a Coreia, a China e algumas ilhas no oceano Pacífico. Weinberg, Gerhard L. (1995)
Porém, o Tratado de Versalhes, assinado entre os países vencedores e vencidos da Primeira Guerra Mundial, impedia que as nações procurassem as conquistas militares, o que deitava por terra as ambições japonesas. Essa disposição do Tratado de Versalhes foi considerada pelos Japoneses uma traição por parte das potências vencedoras daquela guerra, pois o Japão ficara do lado delas. Por essa razão, o Japão decidiu aliar-se à Alemanha, cuja política expansionista era mais ou menos semelhante à dos Japoneses, havendo, por isso, interesses em comum.
Ainda em 1936, a Itália invadiu a Etiópia (a então chamada Abissínia). A Sociedade das Nações quis punir a agressão, tendo mesmo imposto um embargo económico à Itália. Mas Hitler, recusando reconhecer poderes à Sociedade das Nações, ofereceu ajuda económica a Mussolini.
Também nesse ano, iniciou-se a Guerra Civil de Espanha, que opunha as forças nacionalistas, comandadas por Franco, às forças republicanas, de ideologia socialista.
Estando do lado dos nacionalistas, a Alemanha e a Itália enviaram-lhes ajuda militar.
Os republicanos, por seu lado, receberam apoio e ajuda militar da União Soviética. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)

Causas sociais e ideológicas
Como vimos, as condições impostas pelo Tratado aos países perdedores foram consideradas por estes demasiado severas e isso criou as bases para o crescimento dos movimentos totalitaristas nazi e fascista, que aproveitaram as vagas de descontentamento da população. A Alemanha foi o país que recebeu a punição mais dura, pois sofreu grandes perdas de território e foi obrigada ao pagamento de pesadas multas, o que foi sentido pela população como uma humilhação ao povo alemão. Também na Itália os sentimentos de insatisfação pela situação italiana no pós-guerra criaram terreno propício ao crescimento do fascismo.
O alegado combate aos ideais comunistas contribuiu para a implantação e crescimento dos regimes totalitários e ditatoriais nos países europeus e no Japão: o receio da disseminação do comunismo por entre a classe trabalhadora fez com que a classe dos industriais e a burguesia tivessem aderido e apoiado os movimentos totalitários, que conquistaram e aglutinaram, assim, quer os receios da população burguesa, quer a insatisfação das faixas mais pobres da população, criando desse modo uma ampla base de apoio popular, que lhes permitiu iniciar um plano de expansão e ofensiva bélica.
Adolfo Hitler queria suprimir as liberdades e os direitos individuais e perseguir as ideologias liberais, socialistas e comunistas. Pretendia, ainda, criar uma «nova ordem» na Europa baseada nos princípios nazis, os quais defendiam a superioridade germânica e a exclusão de algumas minorias étnicas e religiosas. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)

Antecedentes da Segunda Guerra Mundial
No Palácio de Versalhes, em Paris, reuniram-se os representantes de 32 países, que assinaram um acordo em 28 de junho de 1919, elaborado na verdade pelos representantes dos "Três Grandes" - o presidente Woodrow Wilson dos EUA, e os primeiros-ministros da Inglaterra e França, David Lloyd George e Georges Clemanceau e que foi imposto à Alemanha derrotada. HOBSBAWN, 2009
O Tratado, que punha fim oficialmente a I Guerra, pretendia devolver a paz à Europa e ao mesmo tempo, eliminar o potencial bélico e industrial alemão, mas criou uma nova realidade marcada pela postura imperialista dos vencedores e pelo fortalecimento do sentimento nacionalista e de vingança na Alemanha.
O governo alemão foi obrigado a pagar pesada indenização não somente aos países que haviam sido invadidos, mas também aos EUA, Inglaterra e algumas de suas colônias, fortalecendo o imperialismo britânico. O valor inicial da indenização foi fixado em 24 bilhões de libras, que foi reduzido gradualmente, redução que não impediu o desastre econômico no país.
A Itália pode ser considerada como grande derrotada na I Guerra. Apesar de ter lutado a favor dos Aliados, de ter contribuído com recursos materiais e de ter parte de seu território ocupado e destruído durante a guerra, não conseguiu ver atendidas suas reivindicações territoriais e recebeu uma parcela irrisória das indenizações pagas pela Alemanha.

Imperialismo e Nacionalismo
O nacionalismo exacerbado que tomou conta de vários países da Europa após a Primeira Guerra, foi uma reação à nova ordem geopolítica imposta pelos Tratados do Pós-Guerra, principalmente pelo Tratado de Versalhes, que teve efeitos diretos sobre a Alemanha e indiretos sobre a Itália. A nova situação foi caracterizada pela formação de democracias muito frágeis, que seriam responsáveis pelo difícil processo de recuperação econômica.
No quadro do imperialismo desenvolvido desde o século XIX, o papel das colônias era visto como fundamental para o desenvolvimento das grandes potências. A Itália perdeu ao final da guerra os territórios na fronteira com a Áustria, a Dalmácia, e nem foi considerada sua pretensão de anexar a Albânia, que se tornou um país independente. O Japão perdeu territórios no litoral da China. Inglaterra e França dividiram entre si as possessões alemãs na África e Ásia.
A luta por territórios, importantes do ponto de vista econômico e estratégico, foi determinante para reforçar o sentimento nacionalista em vários países. No caso de países vencedores, a manutenção ou ampliação dos territórios sob seu domínio reforçou a política imperialista, de reserva de mercado, consequentemente reduzindo o espaço econômico de outros países. Para os países derrotados e para a Itália, a perda de territórios e de influência significou a estagnação da economia, num momento onde o esforço para a recuperação exigia maior produção e fornecimento de matérias-primas. Para esses países, a retomada do crescimento econômico somente seria possível com a ampliação de seus territórios, retomando a política imperialista (desenvolvida pelas demais potências) e isso não seria possível sem um forte ideal nacionalista.
A radicalização do sentimento nacionalista está associada a ideia de crescimento e ao mesmo tempo à ideia de repúdio àqueles que impedem o crescimento, e contribuiu para a implantação de governos totalitários e militaristas. Uma outra fórmula que serviu para reforçar tanto o sentimento nacionalista como os governos militares, foi a posição do empresariado destes países, frente a possibilidade de avanço comunista. HARKAVY, (1982)

Fases da Segunda Guerra Mundial
Primeira Fase (939/1942) – ficou conhecida como “Guerra Relâmpago” devido a uma série de ataques rápidos e simultâneos através de canhões de longo alcance, tanques blindados e pela Força Aérea Alemã.
As potências do Eixo expandiram-se muito nesta fase – Entre 1939 e 1940, os alemães invadiram diversos países da Europa tais como a Dinamarca, a Holanda, a Bélgica, a Polónia, a Noruega e mais tarde a França. Em 1941 os alemães invadiram a Jugoslávia e a Grécia.
Segunda Fase (1942/1943) – Caracterizou-se pela contra-ofensiva bem-sucedida dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, União Soviética, França e os seus aliados).
Foi então que os ataques aéreos americanos á Alemanha começaram. Em 1943, os russos partiram para o contra-ataque através da Batalha de Estalinegrado. A batalha de Estalinegrado aconteceu na União Soviética e terminou com a derrota total dos alemães. Todo o prestígio que as tropas de Hitler haviam adquirido nas guerras da Europa Ocidental acabou-se em Estalinegrado.
Terceira Fase (1943/de1945) – Nessa fase as forças do Eixo foram derrotadas, perdendo o Mediterrâneo. No dia 6 de Junho de 1944, o Dia D, os Aliados desembarcaram na Normandia. A Alemanha foi envolvida de todos os lados pelos exércitos aliados. No dia 30 de Abril de 1945, vendo que a situação não estava favorável á Alemanha, Hitler e a sua mulher suicidaram-se. O alto comando alemão assinou a rendição incondicional da Alemanha. Assim, a guerra terminou na Europa, mas só foi terminada completamente com a rendição do Japão, após o lançamento de duas bombas atómicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Acordos a Guerra
Em 1945, o fim da Segunda Guerra Mundial deu início às negociações e planos que deveriam tratar da reorganização territorial, diplomática e econômica dos países envolvidos. De fato, essa parecia ser uma tarefa nada fácil tendo em vista que os prejuízos causados tinham proporções arrasadoras. Os custos gerados pelos seis anos de guerra foram cinco vezes maior que da Primeira Guerra Mundial. Além disso, cerca de 45 milhões de pessoas perderam suas vidas nesse trágico episódio.
A busca por soluções foi estabelecida por meio de alguns encontros internacionais onde os países Aliados buscaram meios de reequilibrar as questões políticas, econômicas e diplomáticas. Uma das perspectivas marcantes incorporadas na ação diplomática dos Aliados foi elaborada em 1941, quando na Carta do Atlântico abriam mão de qualquer tipo de ampliação territorial ou intervenção política direta contra os países envolvidos, preservando a soberania de todas as nações.
Dois anos antes do término da guerra – EUA, União Soviética e Inglaterra decidiram alguns planos na chamada Conferência de Teerã. No encontro, definiram os espaços de atuação militar de cada país nos próximos conflitos, projetaram a anexação dos Países Bálticos à União Soviética, a divisão da Alemanha e os limites territoriais poloneses após a guerra. Deveras, importantes decisões seriam ali tomadas para que a queda dos países do Eixo fosse possível.
No começo de 1945, as significativas vitórias dos Aliados engendraram novos acordos onde a redefinição política dos países conquistados seria marcada pela influência norte-americana ou soviética. Essa questão proporcionou a realização da Conferência de Yalta, mesmo evento onde seriam criadas as bases para o surgimento da Organização das Nações Unidas (ONU), uma nova instituição internacional que teria o poder de arbitrar sobre futuros conflitos internacionais.
Entre julho e agosto de 1945, com encerramento da Segunda Guerra Mundial, os Aliados se encontraram no Castelo de Potsdam, região vizinha à Berlim. Nesse encontro, ficou decidida a fragmentação administrativa da Alemanha em quatro áreas comandadas pela França, Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética. Além disso, os alemães tiveram que devolver o porto de Dantzig à Polônia e pagar uma indenização de 20 bilhões de dólares.
Paralelamente, um tribunal internacional foi criado com o objetivo de punir pessoalmente os principais responsáveis pelos terrores do regime nazista. O tribunal de Nuremberg realizou o julgamento e a condenação dos crimes realizados pelos remanescentes do governo hitlerista. No plano político e ideológico, o tribunal serviu para que o totalitarismo nazi-fascista fosse claramente recriminado e “esquecido” após a condenação de seus maiores representantes. NADAI. Elza. NEVES. Joana., (1996)

Criação da ONU
Fundada em 24 de outubro de 1945, na cidade de São Francisco (Califórnia – Estados Unidos), a ONU (Organização das Nações Unidas) é uma organização constituída por governos da maioria dos países do mundo. É a maior organização internacional, cujo objetivo principal é criar e colocar em prática mecanismos que possibilitem a segurança internacional, desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais, respeito aos direitos humanos e o progresso social.

Fundação 
Quando foi fundada, logo após a Segunda Guerra Mundial, contava com a participação de 51 nações. Ainda no clima do pós-guerra, a ONU procurou desenvolver mecanismos multilaterais para evitar um novo conflito armado mundial. Atualmente, conta com 192 países membros, sendo que cinco deles (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) fazem parte do Conselho de Segurança. Este pequeno grupo tem o poder de veto sobre qualquer resolução da ONU.

A Carta das Nações Unidas define como objetivos principais da ONU:
Defesa dos direitos fundamentais do ser humano;
Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado;
Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações;
Criação de condições que mantenham a justiça e o direito internacional.

As Instituições de Bretton Woods
Em julho de 1944, o sistema financeiro internacional estava despedaçado. As maiores potências do mundo ainda estavam em guerra, mais preocupadas com avanços bélicos que econômicos. A Grande Depressão de 1929 resultou em diminuição drástica de produção, comércio e emprego e lançou toda a sorte de protecionismos: barreiras comerciais, controle de capitais, medidas de compensação cambial. A política que ficou conhecida como "beggar-thy-neighbor" (empobreça seu vizinho), disseminada nos anos 1930 e que primava pelo aumento de tarifas para reduzir déficits na balança de pagamento, era a cartilha dos governos.
Foi nessa atmosfera que 730 delegados de 44 países, o Brasil entre eles, encontraram-se na cidade de Bretton Woods, estado de New Hampshire, nos Estados Unidos, para a Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas. O objetivo era urgente: reconstruir o capitalismo mundial, a partir de um sistema de regras que regulasse a política econômica internacional. 
ESTABILIDADE: O primeiro passo era garantir a estabilidade monetária das nações. O acordo de Bretton Woods definiu que cada país seria obrigado a manter a taxa de câmbio de sua moeda "congelada" ao dólar, com margem de manobra de cerca de 1%. A moeda norte-americana, por sua vez, estaria ligada ao valor do ouro em uma base fixa.
Além disso, foram criadas instituições multilaterais encarregadas de acompanhar esse novo sistema financeiro e garantir liquidez na economia: o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). "A tendência à concordância em Bretton Woods era muito forte, devido à magnitude das ameaças. Esse filme de cada um por si ninguém queria ver de novo", explica Renato Baumann, diretor do escritório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU), outra instituição que nasceu após Bretton Woods.
Esse sistema liberal, que primava pelo mercado e pelo livre fluxo de comércio e capitais, foi a base para o maior ciclo de crescimento da história do capitalismo. Com sua moeda regendo o mundo e supremacia nos setores industrial, tecnológico e militar, um país foi o grande vencedor: os Estados Unidos.
De 1944 para cá, muita coisa mudou. A hegemonia erguida e mantida pelos Estados Unidos a partir de Bretton Woods já não é a mais a mesma. A União Européia se fortaleceu e países antes nomeados como "emergentes", como Brasil, China e Índia, aceleraram seu ritmo de crescimento e adquiriram importância incontestável nas decisões que trilham a economia mundial.
É com esse novo arranjo geopolítico que o mundo começa a fazer frente a mais grave crise econômica desde a Grande Depressão. No início de abril, líderes dos 20 países mais desenvolvidos (G-20), que respondem por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, se reuniram para coordenar uma reação conjunta à recessão. São eles: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Coréia do Sul, China, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Européia. 
OPINIÕES DIVIDIDAS Os anúncios feitos em Londres, Inglaterra, sede do encontro, de injetar U$1,1 trilhão de dólares no FMI, fiscalizar com maior rigidez o mercado financeiro e nem se aproximar do termo "protecionismo", dividiram opiniões. O G-20 está no caminho certo para chegar a uma engenharia eficaz como a de Bretton Woods para salvar o capitalismo com rapidez e, principalmente, evitar que os países mais pobres do globo.

Conclusão
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos os países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Bibliografia
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: O Breve Século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras. 2009.
RODRIGUES, Joelza Esther. Projeto Athos: História, 9º ano. São Paulo: FTD, 2014.
HARKAVY, Robert E. (1982) Great Power Competition for Overseas Bases: The Geopolitics of Access Diplomacy (New York: Pergamon Press). P. 5
MANDEL, Ernest. "O significado da Segunda Guerra Mundial". Ed. Ática, 1989.
ARRUDA. José Jobson de A. PILETTI. Nelson. Toda a História. História Geral e História do Brasil. Editora Ática: 9ª Edição.
COTRIM. Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Editora Saraiva. Volume Único. 7ª Edição: 2003. 1ª Tiragem, 2003.
NADAI. Elza. NEVES. Joana. História Geral: Moderna e Contemporânea. Editora Saraiva. 11ª Edição, 1996.
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