Introdução
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo — incluindo todas as grandes potências — organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Assim sendo, esta dissertação visa debruçar esta guerra desde as suas causas, antecedentes, fases, incluído a criação da ONU e as instituições de Bretton Woods.
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
A questão da data do início dá Segunda Guerra Mundial é controversa. Para Weinberg, Gerhard L. (1995) por exemplo, este conflito começou quando o japão invadiu a China, em 1937. Para outros, deu-se aquando da invasão da Polonia pela Alemanha, a 1 de Setembro de 1939. É esta última data que permanece como aquela geralmente aceite para o início do conflito mais sangrento que o ser humano já viveu em toda a sua história. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
As causas da Segunda Guerra Mundial
Causas político-económicas
Os EUA tornaram-se numa potência mundial que defendia uma ideologia burguesa, capitalista e liberal. No lado oposto estava a URSS, onde o proletariado estava em expansão, que defendia uma política socialista.
A crise de 1929, que começou nos EUA e depois alastrou ao resto do mundo, interrompeu o dinâmico processo de reconstrução da Europa registado imediatamente após a Primeira Guerra Mundial.
As medidas para combater a crise nos países europeus, embora tendo de ser fortes, tiveram lugar de forma natural e constitucional, mantendo-se os regimes democráticos na Inglaterra, na França e em outros países.
No entanto, em outros países, politicamente mais instáveis e com oposições mais combativas, o poder foi tomado por grupos fortemente organizados e determinados.
Estes grupos opunham-se à política instalada e viriam a implantar regimes do tipo totalitário ou ditatorial. Daqui iria nascer uma bipolarização do mundo em dois blocos antagónicos: de um lado, os regimes democráticos, e do outro, os regimes autoritários ou ditatoriais.
Essa divisão iria ter também a sua expressão nos dois lados que se viriam a defrontar na guerra: de um lado, os Aliados (que representavam, na sua maioria, os países democráticos), e do outro, as potências do Eixo (que integravam os regimes autoritários e ditatoriais).
Causas político-militares
O fim da Primeira Guerra Mundial transformou-se no ponto de partida para o eclodir de novos conflitos, afirmado por BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010). Em 1919, o Tratado de Versalhes, apesar das suas intenções de pacificação, acabou por provocar a disseminação de um forte sentimento nacionalista entre os países que perderam a guerra e criou terreno propício, pela exploração dos sentimento de insatisfação da população, para a implantação dos regimes totalitários. Alguns líderes políticos adoptaram uma política de apaziguamento no período entre as guerras. Pacificaram-se antigo e fizeram-se concessões para se evitar confrontos mas, em contrapartida conseguiu garantir a paz internacional.
A Sociedade das Nações, que deveria cuidar da paz mundial, um órgão frágil, sem reconhecimento e peso internacional totalmente.
A partir de Setembro de 1931, iniciou-se uma série de confrontos, espalhados por vários cantos do mundo. O Japão invadiu a Manchúria e colocou no poder um imperador por si controlado. Sendo a Manchúria território chinês, esta invasão levaria a uma guerra entre o Japão e a China, que se iniciou em 1935.
Em 1936, o Japão e a Alemanha assinaram um acordo, o Pacto Antikomintern (que significa «anticomunista»), cujo objectivo principal era o combate ao comunismo da União Soviética, evitando assim o perigo de alastramento dos ideais comunistas a estes países. No Japão predominava uma cultura do tipo militarista, que já vinha de muitos anos antes. Sendo o Japão um país de fracos recursos, o seu governo considerava que a melhor forma de conseguir esses recursos seria através de conquistas territoriais. Por isso, o Japão planeou conquistar vários territórios na Ásia, incluindo a Coreia, a China e algumas ilhas no oceano Pacífico. Weinberg, Gerhard L. (1995)
Porém, o Tratado de Versalhes, assinado entre os países vencedores e vencidos da Primeira Guerra Mundial, impedia que as nações procurassem as conquistas militares, o que deitava por terra as ambições japonesas. Essa disposição do Tratado de Versalhes foi considerada pelos Japoneses uma traição por parte das potências vencedoras daquela guerra, pois o Japão ficara do lado delas. Por essa razão, o Japão decidiu aliar-se à Alemanha, cuja política expansionista era mais ou menos semelhante à dos Japoneses, havendo, por isso, interesses em comum.
Ainda em 1936, a Itália invadiu a Etiópia (a então chamada Abissínia). A Sociedade das Nações quis punir a agressão, tendo mesmo imposto um embargo económico à Itália. Mas Hitler, recusando reconhecer poderes à Sociedade das Nações, ofereceu ajuda económica a Mussolini.
Também nesse ano, iniciou-se a Guerra Civil de Espanha, que opunha as forças nacionalistas, comandadas por Franco, às forças republicanas, de ideologia socialista.
Estando do lado dos nacionalistas, a Alemanha e a Itália enviaram-lhes ajuda militar.
Os republicanos, por seu lado, receberam apoio e ajuda militar da União Soviética. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Causas sociais e ideológicas
Como vimos, as condições impostas pelo Tratado aos países perdedores foram consideradas por estes demasiado severas e isso criou as bases para o crescimento dos movimentos totalitaristas nazi e fascista, que aproveitaram as vagas de descontentamento da população. A Alemanha foi o país que recebeu a punição mais dura, pois sofreu grandes perdas de território e foi obrigada ao pagamento de pesadas multas, o que foi sentido pela população como uma humilhação ao povo alemão. Também na Itália os sentimentos de insatisfação pela situação italiana no pós-guerra criaram terreno propício ao crescimento do fascismo.
O alegado combate aos ideais comunistas contribuiu para a implantação e crescimento dos regimes totalitários e ditatoriais nos países europeus e no Japão: o receio da disseminação do comunismo por entre a classe trabalhadora fez com que a classe dos industriais e a burguesia tivessem aderido e apoiado os movimentos totalitários, que conquistaram e aglutinaram, assim, quer os receios da população burguesa, quer a insatisfação das faixas mais pobres da população, criando desse modo uma ampla base de apoio popular, que lhes permitiu iniciar um plano de expansão e ofensiva bélica.
Adolfo Hitler queria suprimir as liberdades e os direitos individuais e perseguir as ideologias liberais, socialistas e comunistas. Pretendia, ainda, criar uma «nova ordem» na Europa baseada nos princípios nazis, os quais defendiam a superioridade germânica e a exclusão de algumas minorias étnicas e religiosas. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Antecedentes da Segunda Guerra Mundial
Entre o final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, e o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, viveu-se um pouco por todo o mundo um período de agitação provocada pela crise económica, o que gerou tensões sociais e políticas um pouco por todos os continentes.
Em 1929, como vimos, deu-se a Grande Depressão económica, que levou, por várias razões, alguns países a adoptarem regimes ditatoriais, tais como o nazismo, na Alemanha (com Hitler), o fascismo, na Itália (com Mussolini), ou o corporativismo (também chamado de salazarismo, com Salazar) em Portugal, segundo Carrilho, Maria; Rosas, Fernando; Barros, Júlia; Neves, Mário; Oliveira, José Manuel; Matos-Cruz, José; 1989.
Por outro lado, a ambição imperialista da Alemanha e da Itália levou estes países a entrarem em conflito com outros por causa do domínio de certas regiões.
A Sociedade das Nações, criada com o Tratado de Versalhes para evitar novos conflitos entre os países, revelou-se incapaz de evitar não só conflitos, como também ocupações territoriais. Desde o início da década de 1930 que alguns acontecimentos tornaram visíveis as dificuldades e fragilidades deste organismo.
Vejamos alguns exemplos:
• A invasão da Manchúria (na China) pelo Japão, em 1931. A Sociedade das Nações condenou esta acção, o que levou o Japão, irritado, a abandonar aquela sociedade, em 1933;
• A ocupação da Abissínia (Etiópia) pela Itália, em 1935;
• A entrada deliberada da Itália e da Alemanha na Guerra Civil de Espanha, entre 1936 e 1939, ajudando as tropas nacionalistas de carácter fascista comandadas pelo general Franco;
• O facto de os Alemães nunca terem aceite de bom grado as condições do Tratado de Versalhes, considerado humilhante para a Alemanha.
Um dos grandes objectivos de Hitler, na Alemanha, era restituir ao país o seu antigo poderio económico e militar e mostrar ao mundo a superioridade da raça germânica (ariana).
É importante salientar que, para atingir tais objectivos, isso só seria possível à custa das armas, através da conquista de outros territórios. Deste modo, Hitler procedeu, por volta de 1935, ao rearmamento do exército alemão, contrariando os pressupostos do Tratado de Versalhes.
Em 1936, a Alemanha celebrou alianças com a Itália e com o Japão, surgindo assim a designação de Eixo para identificar estes três países (as potências do Eixo Roma-Berlim-Tóquio).
Em 1938, a Alemanha anexou a Áustria e invadiu a região dos Sudetas, na Checoslováquia (cuja maioria populacional tinha origem alemã). Poucos meses depois, a Alemanha invadiu o resto da Checoslováquia. Tudo isto perante a passividade da Sociedade das Nações, que nada fez para o impedir, até porque também não tinha meios para isso. Apesar de todos estes actos de agressão, foi celebrado um pacto de não-agressão entre a Alemanha, a Inglaterra e a França, que garantia que nenhum destes países abriria um conflito com os outros. Esse tratado, porém, não viria a ser cumprido.
A Leste, a Rússia, temendo uma possível invasão pela Alemanha, também assinou com esta um pacto de não-agressão, que previa, no futuro, a partilha do território da Polónia e dos países bálticos entre a Alemanha e a URSS. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
O Decurso e as Fases da Segunda Guerra Mundial
Primeira vitórias do Eixo (1939-1941) fase: as
O expansionismo dos regimes autoritários, da Alemanha e Itália na Europa e em Africa e do Japão na Asia, teve o seu início na década de 1930. O expansionismo demonstrado por estas nações esteve na origem de uma série de acordos internacionais, através dos quais se definiram as forças e as alianças que se iriam defrontar na Segunda Guerra Mundial, O Tratado do Eixo foi assinado em 1936, entre a Itália e a Alemanha (tendo sido confirmado, em 1939, pelo Pacto de Aço, aliança militar italo-alemã), e o Pacto Antikomintern, entre a Alemanha e o Japão, que formaria o eixo Berlim-Tóquio, e que também foi assinado nesse ano.
Do outro lado da Europa, a União Soviética atacou a Finlândia e, a norte, Hitler invadiu a Dinamarca e a Noruega. Nesta primeira fase da guerra e no espaço de apenas um ano, Hitler conquistou uma grande parte da Europa, através da estratégia da Blitzkrieg (Guerra-Relâmpago), tendo resultado numa série de fortes vitórias alemãs sobre os Aliados.
Hitler começou a sua conquista da Europa com uma ofensiva sobre a Polónia, como já vimos, em Setembro de 1939, e de seguida colunas de tropas alemãs invadiram a Holanda e a Bélgica. Posteriormente, invadiram a França pelo lado mais a norte, onde não tinha chegado a Linha Maginot. Logo em Junho, a França caiu em poder dos Alemães, sendo obrigada a assinar uma rendição incondicional.
No mesmo período, a Itália declarou guerra à França, que já estava praticamente vencida. Depois da capitulação da França, a Alemanha virou-se para a sua outra grande inimiga, a Inglaterra, submetendo-a a terríveis bombardeamentos aéreos ininterruptos durante meses a fio. No entanto, esses bombardeamentos não surtiram efeito.
Em 1941, a Alemanha interrompeu a suposta amizade com a União Soviética, invadindo-a no mês de Junho. No mês de Dezembro, foi a vez do Japão atacar de surpresa uma base naval americana no Havai (Pearl Harbour — Porto de Pérolas), no oceano Pacífico. Isto levou à entrada dos EUA na guerra: contra o Japão, no Pacífico, e contra a Alemanha, na Europa. O mundo estava em guerra. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Segunda fase: generalização do conflito e equilíbrio de forças (194.1-1942)
Com os Aliados praticamente vencidos, três acontecimentos vieram alargar as dimensões do conflito e equilibrar as forças em presença:
• A guerra germano-soviética, que obrigou os Alemães a dividirem os seus exércitos em duas frentes;
• A entrada dos EUA na guerra, na sequência do ataque japonês a Pearl Harbour em Dezembro de 1941;
• As conquistas japonesas no Pacífico, salientando-se os diversos bombardeamentos contra a frota aeronaval americana no Havai de Dezembro de 1941 a Maio de 1942.
Terceira fase: contra-ofensiva e vitória dos Aliados (1943-1945)
Em 1943, vários factores marcaram o início da viragem da guerra:
• Após a batalha de Estalinegrado, os Alemães começaram a bater em retirada dos territórios soviéticos, pois não tinham capacidade para controlar um território
• Tão vasto, nem para aguentar as péssimas condições do clima;
• As vitórias inglesas contra os submarinos alemães;
• A ofensiva anglo-americana no Norte de África;
• O desembarque anglo-franco-americano na Itália (que levará à destituição de Mussolini e à rendição da Itália, em Junho de 1944).
Em 6 de Junho de 1944 (data que ficou conhecida por Dia D), um grande contingente de tropas Aliadas desembarcou de forma determinada nas praias francesas da Normandia. A partir dessa invasão, foram avançando de forma rápida, até conseguirem libertar Paris, em Agosto desse mesmo ano.
No Inverno de 1944 deu-se a batalha das Ardenas (território entre a França e a Alemanha), na qual os Alemães resistiram fortemente à ofensiva aliada, mas sem sucesso. Finalmente, em Março de 1945, foi lançada a ofensiva final contra a Alemanha, que conduziria à derrota de Hitler (que se suicidou) e à rendição incondicional dos generais alemães que tinham sobrevivido. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Acordos da Guerra
Costa, Sérgio Correa da, (2004), em 1944, a guerra no continente asiático começava a efectuar-se com mais lentidão, com a conquista, por parte dos Japoneses, de novos territórios. Em Março desse ano, os Japoneses ocuparam a Birmânia e desferiram um ataque contra a Índia.
Porém, devido às dificuldades logísticas em manter uma guerra num território tão vasto, aqueles acabaram derrotados na região indiana de Impanhal.
A guerra sino-japonesa fez enormes baixas de ambos os lados. Os exércitos nacionalistas chineses atacavam as tropas japonesas em pequenas escaramuças com o objectivo de fixarem-se e desgastarem o inimigo, apesar de estarem cientes que eram absolutamente inferiores em termos militares e de estratégia. O governo de Chiang Kai-Shek, líder político e militar das forças chinesas, após sete meses de grande resistência, adoptou a política de «vender espaço para ganhar tempo», levando os chineses a renunciarem, de propósito, a enormes extensões territoriais.
As tropas nacionalistas chinesas recuavam, mas ao mesmo tempo dedicavam-se a uma nova táctica, a qual consistia na destruição sistemática das infra-estruturas rurais e urbanas das regiões que seriam ocupadas pelos invasores: destruíram diques no rio Amarelo, o que provocou a inundação de milhares de quilómetros quadrados de terras aráveis, arruinando por muitos anos as propriedades camponesas. Estas tácticas dificultavam bastante o avanço dos Japoneses, o que os levou a atrasos consideráveis nos objectivos que tinham inicialmente traçado.
Ainda no ano de 1944, o império japonês chegou mesmo a tomar grande parte do Sul da China Central, ao atacar a região de Ichi Go, estabelecendo uma ligação terrestre com a Indochina. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
A criação da Organização das Nações Unidas (ONU)
A Sociedade das Nações (SDN) foi uma organização que teve como objectivo primário manter a paz. Porém, tendo-se mostrado incapaz de fazer cumprir tais objectivos, foi ignorada a partir de 1939, tendo sido dissolvida oficialmente em 1946.
Foi na Conferência de Taita (conferência que assinalou o final da guerra) que nasceu a ideia da necessidade de estabelecimento dum amplo sistema de segurança e que se chegou a um acordo definitivo para a convocação de uma conferência, nos EUA, com o objectivo de criar a Organização das Nações Unidas (ONU).
Essa conferência veio a realizar-se na cidade de São Francisco, em 1945, tendo estado presentes 51 Estados Aliados. Nessa reunião foi aprovada a carta que daria origem à ONU, no dia 24 de Outubro desse ano. A sua sede foi estabelecida em Nova Iorque, onde hoje em dia continua a localizar-se. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Princípios e objectivos da ONU
• Manter a paz e a segurança internacionais, através do desenvolvimento de relações amigáveis entre as nações.
• Efectivar a cooperação internacional no sentido de resolver os problemas de ordem económica, social, cultural e humanitária.
• Coordenar os esforços das nações para fins comuns;
• Desenvolver o respeito pelos Direitos do Homem e pelas suas liberdades fundamentais.
Instituições de Bretton Woods
Acordo de Bretton Woods ou ainda é o nome com que ficou conhecida uma série de disposições acertadas por cerca de 45 países aliados em julho de 1944, na mesma cidade norte-americana que deu nome ao acordo, no estado de New Hampshire, no hotel Mount Washington. O objetivo de tal concerto de nações era definir os parâmetros que iriam reger a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial.
O sistema financeiro que surgiria de Bretton Woods seria amplamente favorável aos Estados Unidos, que dali em diante teria o controle de fato de boa parte da economia mundial bem como de todo o seu sistema de distribuição de capitais. Os Estados Unidos finalmente tomavam as rédeas das finanças mundiais, manobra que se recusaram a executar por pelo menos cerca de 25 anos, devido a princípios da política externa do país, que advogava o não-envolvimento em questões político-económicas sensíveis às nações europeias.
O primeiro passo para tal hegemonia estava na transformação do dólar como moeda forte do setor financeiro mundial e fator de referência para as moedas dos outros 44 signatários de Bretton Woods. Isso equivale dizer que todas as outras moedas passariam a estar ligadas ao dólar, originalmente variando em uma margem de no máximo 1% (positivamente ou negativamente). Para dar sustento essa força dólar em escala mundial, a moeda estaria ligada ao ouro a 35 dólares, o que permitia ao portador de dólares (em teoria; na prática, pouco funcional) transformar as notas de dólares que qualquer cidadão carregasse no bolso, em qualquer parte do mundo, no seu equivalente em ouro, de acordo com o estipulado em Bretton Woods. Evidentemente, tal conta seria impossível de se sustentar, mesmo com uma emissão de moeda extremamente controlada (como aconteceu na realidade), servindo todo conceito mais como uma propaganda de consolidação do dólar em escala mundial.
O acordo ainda previa a não menos importante criação de instituições financeiras mundiais que se encarregariam de dar o sustento necessário ao modelo que estava sendo criado, que seriam: "Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento", mais tarde renomeado para Banco Mundial, que funciona até hoje como uma espécie de Agência de Crédito tamanho família, destinada a fornecer capitais para políticas e projetos de desenvolvimento no mundo todo. Além desta seria criado o FMI (Fundo Monetário Internacional), uma espécie de "caixinha" de todos os países, que poderiam fazer movimentações de dinheiro do caso necessitassem de injeção de capitais em sua economia, respeitando, claro, alguns preceitos de disciplina fiscal a serem ditados pelos dirigentes do fundo. Churchill, Winston (1948-53)
Conclusão
Após um longo período de combate entre Eixo e Aliança, a Segunda Guerra chegou ao fim apenas no ano de 1945 quando Itália e Alemanha se renderam. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição sofreu um ataque nuclear lançado pelos Estados Unidos onde uma bomba atômica explodiu na cidade de Hiroshima dizimando um grande número de cidadãos japoneses inocentes.
O regime nazista foi responsável pela morte de cerca de 2 milhões de poloneses, 4 milhões de pessoas com problemas de saúde (deficientes físicos e mentais) e um número exorbitante de 6 milhões de judeus no massacre que ficou conhecido como Holocausto. Os danos materiais também foram muitos, a guerra arrasou as nações perdedoras e outras envolvidas destruindo cidades inteiras e a vida de milhares de cidadãos. O pagamento de uma indenização para reconstrução das nações derrotadas foi determinado pelos Aliados assim como uma indenização aos países vitoriosos, assinada no Tratado de Paz de Paris.
Ao final da guerra foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha o propósito de manter a paz entre as nações resolvendo os conflitos de forma pacífica e ajudar as vítimas da Segunda Guerra.
Bibliografia
• BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, Saber História 10, 1ª edição, Longman Moçambique, Lda., Maputo, 2010
• Carrilho, Maria; Rosas, Fernando; Barros, Júlia; Neves, Mário; Oliveira, José Manuel; Matos-Cruz, José; 1989, Portugal na segunda Guerra Mundial, Publicações Dom Quixote, Lisboa
• Churchill, Winston (1948-53), The Second World War, 6 vols.
• Costa, Sérgio Correa da, Crônica de uma Guerra Secreta, Ed.Record, 2004.
• Rémond, René, Introdução à História do Nosso Tempo. Lisboa: Gradiva, 2ª edição, 2003.
• Weinberg, Gerhard L. (1995). A World at Arms: A Global History of World War II. [S.l.]: Cambridge University Press.
• https://www.infoescola.com/historia/acordo-de-bretton-woods, acessado à 25 de Outubro de 2017
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