A exploração colonial iniciada no século XV (15) não se fez sentir apenas no território que hoje constitui o nosso país. Também as restantes regiões da Africa, a Asia e a América do Sul passaram a ser alvo da mesma exploração por parte de companhias comerciais europeias.
A pilhagem da riqueza dos povos dos três continentes. determinou o rápido desenvolvimento do capitalismo, nos mais avançados países da Europa. O comércio, a indústria e os bancos, registaram grandes avanços nesses países. As grandes companhias tornaram-se cada vez mais poderosas.
Uma das principais características deste período é que estas companhias concorriam entre si, procurando comerciar o mais possível, como forma de obterem lucros crescentes. Elas podiam explorar as matérias-primas e vender os seus produtos em qualquer parte do mundo.
A concorrência implicava que elas procurassem manter baixos os seus preços. Para isso era necessário que os trabalhadores europeus e os povos das colónias fossem cada vez mais explorados.
O aumento constante da exploração e da concorrência provocava crises frequentes, que abalavam todo o sistema capitalista. Levava muitas empresas à falência e fazia com que as revoltas dos trabalhadores contra as condições de exploração se multiplicassem. Isto era um travão para o desenvolvimento do capitalismo e para a sobrevivência do sistema.
Gradualmente, verificou-se a junção das companhias comerciais com as industriais e os bancos. O desenvolvimento da técnica, com novas descobertas, e a concentração do capital, fez com que este processo se acelerasse. O objectivo era o de acabar com a concorrência.
A partir de meados do século XVIII (18) isto fez com que surgissem grandes empresas que passaram a dominar e controlar em exclusivo a produção e a venda de diversos produtos para os mercados internos e mundiais. É a este tipo de empresas capitalistas que chamamos monopólios.
O seu aparecimento representa uma fase superior do desenvolvimento do capitalismo, o imperialismo. Os interesses dos monopólios passam a ser os próprios interesses das classes dominantes dos países em que surgem. Por isso esta fase é caracterizada por grandes rivalidades e, mesmo, por crescentes conflitos armados entre as potências capitalistas.
Estas rivalidades nascem porque a classe dominante, em cada um dos países, quer garantir, para as suas companhias, o direito exclusivo de exploração de determinadas regiões do globo. Como todas queriam as regiões mais ricas, as disputas nasciam deste facto e, com frequência, transformavamse em guerras.
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