O Estado Zimbabwe começa a desenvolver-se no planalto do Zimbabwe e regiões circunvizinhas cerca do ano 1000 da nossa era. Atingiu o seu maior desenvolvimento a partir do ano 1200. É por esta altura que foram construídas as muralhas de pedra como as do Grande Zimbabwe ou as de Manhiquene.
Através da exploração da actividade produtiva da população, a classe dirigente do Estado Zimbabwe tornou-se cada vez mais rica. Trocava ouro e outros metais, bem como marfim e peles de animais, com os comerciantes árabes que, entretanto, se tinham fixado nas regiões costeiras. Em troca obtinha bens que apenas serviam para o seu prestígio. como tecidos, miçangas coloridas e objectos de vidro e porcelana. Este comércio é um factor importante para a compreensão do rápido desenvolvimento do Estado Zimbabwe.
Aproximadamente no ano 1450, devido ao grande número de pessoas e gado existentes em Grande Zimbabwe, a capacidade da terra para a agricultura e para as pastagens do gado tornou-se insuficiente. Por essa razão, as populações que ali viviam tiveram necessidade de se deslocar para outras áreas. Também por esta altura começa a diminuir o comércio com os árabes da costa, que entretanto tinham iniciado contactos e trocas com outras populações. Isto marca o início da decadência do Grande Zimbabwe.
Khami, a cerca de 250 quilómetros para oeste, foi a sua continuação directa e tornou-se o centro do novo Estado Torwa. Ao mesmo tempo, mais ao norte do planalto, junto ao vale do Zambeze, surgiu e desenvolveu-se o Estado Monomotapa.
Uma longa série de dinastias (séries de reis, filhos uns dos outros) dirigiu o Estado Monomotapa desde cerca de 1425 até 1884. A primeira destas dinastias foi a dos Mutota.
A capital do Estado, neste primeiro período, foi provavelmente Zwangembe, povoação mais pequena que o amuralhado de Khami, capital de Torwa.
Depois da morte de Mutota sucedeu-lhe seu filho Matope. Este dedicou-se a aumentar o território que lhe fora legado por seu pai. Criou uma federação de Estados com Barué, Manica, Danda, Chedima e Teve, que eram obrigados a pagar-lhe tributo. Cerca do ano 1500, com o enfraquecimento do poder central, estas regiões separaram-se do Monomotapa, transformando-se em Estados independentes. Foram alguns destes Estados os primeiros a entrar em contacto com os portugueses que, desde 1505, se tinham estabelecido em Sofala.
História de Moçambique #05
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