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Expressionismo

O Expressionismo foi um movimento artístico e cultural de vanguarda surgido na Alemanha no início do século XX, transversal aos campos artísticos da arquitetura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança e fotografia.

Índice
1. Introdução. 1
1.1. Objectivos. 2
1.2. Metodologia de pesquisa. 2
2. Expressionismo. 3
2.1. Definição. 3
2.2. Localização no tempo e no espaço. 3
2.3. Características Gerais. 4
2.3.1. Estilo Expressionista. 5
2.4. Principais pensadores que existiram.. 6
3. Características da Escultura, Arquitectura e Pintura Expressionista. 6
3.1. Escultura Expressionista. 6
a) Principais Artistas. 6
3.2. Arquitectura Expressionista. 7
b) Principais Artistas. 8
3.3. Pintura Expressionista. 10
c) Principais artistas. 10
4. Conclusão. 11
5. Bibliografia. 12

1. Introdução

Entre as vanguardas artísticas europeias do início do século XX, uma das mais notórias foi o expressionismo. A arte expressionista teve seu desenvolvimento principal na Alemanha, não se restringindo apenas às artes plásticas, mas abrangendo o cinema também. Este surge no âmbito da oposição ao impressionismo francês.

A ideia do expressionismo era da arte enquanto ação, na concepção da imagem pelo artista de forma emocional, visceral, por vezes violenta, em que as cores e as formas não correspondem à realidade directa.

Portanto, este trabalho visa estudar o expressionismo, desde a sua origem espacial e temporal, caracterização, identificação dos principais pensadores, e muitos outros aspectos referentes a este.

1.1. Objectivos

Geral:
  • Estudar o expressionismo.


Específicos:
  • Localizar no tempo e espaço o expressionismo;
  • Mencionar as características gerais do expressionismo;
  • Identificar os principais pensadores que existiram no expressionismo;
  • Caracterizar a escultura, arquitectura e pintura expressionista;
  • Destacar os principais arquitectos que existiram em cadaarte.

1.2. Metodologia de pesquisa

As técnicas de recolha de dados são os procedimentos que servem de medição prática para a realização das pesquisas. Para a materialização da presente pesquisa usou-se as seguintes técnicas de recolha de dados:

  • (i) Pesquisa bibliográfica, que procura explicar e discutir um tema ou um problema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e actualmente em material disponibilizado na internet (Martins e Lintz, 2000).
  • (ii) Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registados, o pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos (Severino, 2007).

2. Expressionismo

2.1. Definição

A transição do século XIX para XX assistiu a inúmeras transformações políticas, sociais e culturais. A burguesia que antes estava em um período áureo de grande ostentação econômica e influência política, a Belle Époque, caracterizadas nas artes pelo Impressionismoe a Art Nouveau, agora cedia espaço para novos movimentos artísticos que se opunham ao luxo e ostentação capciosos procurados pela nova classe dirigente.

Naquele instante, o receio perante a ocorrência de um novo episódio revolucionário, diante às constantes revoluções ocorridas ao longo de todo o século XIX desde a Revolução Francesa (o último em 1871, durante a Comuna de Paris) e a ocorrência da Primeira e Segunda Guerra, levam a classe política a decretar uma série de concessões sociais, como a reforma laboral, a segurança social e o ensino básico obrigatório. A queda da taxa de analfabetismo e o aumento da literacia traduziu-se no crescimento assinalável dos meios de comunicação social, e numa difusão dos fenômenos culturais a uma escala e velocidade sem precedentes que estaria na origem da cultura de massas.

2.2. Localização no tempo e no espaço

Devemos destacar que o Expressionismo não possui uma localização geográfica definida e sua duração é difícil de determinar. O consenso é que o expressionismo surgiu na Alemanha em meados de 1905. Por isso é também chamado de Expressionismo alemão.

Edvard Munch é considerado o precursor do Expressionismo. Sua obra mais importante é O Grito (1893). Ela representa uma das mais emblemáticas do movimento expressionista.

O Expressionismo constituiu-se como um campo artístico multidisciplinar e interdisciplinar ao entrecruzar os saberes da arquitetura, artes plásticas, literatura, música, etc. Este movimento artístico cativou os círculos artísticos e intelectuais alemães durante as duas primeiras décadas do Século XX.
O Grito (1893) de Edvard Munch

2.3. Características Gerais

Entre as principais características da arte expressionista, destaca-se a distorção linear, isto é, os traçados espessos e angulosos das formas retratadas, seja de seres humanos, seja de objetos, o que produz uma simplificação radical das formas. Destaca-se também o emprego de cores intensas, com pinceladas bem marcadas, deixando evidente o efeito do traçado sobre a tela. Essas características já podiam ser vistas, em germe, em artistas das últimas décadas do século XIX, como os pós-impressionistas Gauguin, Edvard Munch e Vincent Van Gogh, que serviram de modelo aos expressionistas.

O expressionismo teve suas primeiras manifestações através da pintura, mas se tornou um campo artístico heterogêneo. Arquitetura, música, dança, artes plásticas, cinema, fotografia e todas as expressões artísticas passaram a entender a arte expressionista e criar obras, formas artistas.

O expressionismo é uma arte que revela subjetividade, dá vazão aos sentimentos, mostra a natureza humana.

O expressionismo usava paleta cromática, dando vida à temáticas angustiantes: miséria, ansiedade e solidão. Essa era o principal enredo das obras nos anos antes e pós Primeira Guerra, na Alemanha.

A arte expressionista primava pela liberdade individual e escancarava polêmicas, temas que até então quase não eram retratados: o fantástico, perverso, sexual e outros. A principal ideia era revelar a expressividade subjetiva desses temas, da realidade.
Cabeça de mulher (Dora Mar) – Picasso

O movimento ganhou esse teor movido pelo contexto histórico e, por isso, criou essa maneira para revelar o lado ruim do ser humano, o pessimismo, a angústia do indivíduo isolado em uma sociedade egoísta, industrializada.

Existiram diversos polos artísticos na arte expressionista, portanto, foi um movimento heterogêneo. A diversidade estilística criou correntes diferentes: cubista, futurista, surrealista, abstrata, modernista e fauvista.

O expressionismo é conhecido como Expressionismo Alemão porque se manifestou primeira mente lá. Alguns especialistas preferem diferenciar o Expressionismo Alemão, usando iniciais maiúsculas para falar do movimento naquela região, do expressionismo de um modo geral.
  • Com uma visão trágica do ser humano, o Expressionismo, como o próprio nome suscita, busca ser uma expressão dos sentimentos e das emoções do autor da obra.
  • Assim, os artistas exageram e distorcem os temas em seu processo de catarse.
  • Revelando o lado pessimista da vida, esta escola utilizou a arte enquanto forma de refletir a angústia existencialista do indivíduo alienado, fruto da sociedade moderna, industrializada.

2.3.1. Estilo Expressionista

Já que compreende a deformidade do mundo real, o Expressionismo encontrou uma forma subjetiva para representar a natureza e o ser humano.
  • A proposição despreza a perspectiva e a luz, pois essas são, via de regra, intencionalmente modificadas.
  • É constante a temática da miséria, solidão e loucura, pois é um reflexo do espírito de época, apesar de ejeitar a verossimilhança.
  • Por outro lado, o Expressionismo defendia a liberdade individual por meio da subjetividade e do irracionalismo.
  • Os temas explorados eram considerados depravados e subversivos, os quais eram plasmados por meios plásticos de caráter metafísicos, conduzindo o espectador à introspecção.
  • É interessante notar como no Expressionismo, a objetividade da imagem se opõe ao subjetivismo da expressão.
  • Ou seja, é dissuadido por meio da linha e da cor (fortes e puras) usadas de forma emotiva, em formas retorcidas e agressivas.

2.4. Principais pensadores que existiram

A arte expressionista foi multidisciplinar e teve vários expoentes. Música, dança, artes plásticas, cinema, entre tantas outras manifestações foram responsáveis pela diversidade do expressionismo.
  • Marc Chagall (1887-1985)
  • Paul Klee (1879-1940)
  • Wassily Kandinsky (1866-1944)
  • Amedeo Modigliani (1884-1920)
  • Edvard Munch (1863-1944)
  • José Orozco (1883-1949)
  • Constant Permeke (1886-1952)
  • Cândido Portinari (1903-1962)
  • Diego Rivera (1886-1957)
  • Georges Rouault (1871-1958)
  • Chaim Soutine (1893-1943)
  • David Siqueiros (1896-1974)
  • Vincent Van Gogh (1853-1890)

3. Características da Escultura, Arquitectura e Pintura Expressionista

3.1. Escultura Expressionista

A escultura expressionista foi parte do expressionismo alemão, e incluiu também algumas manifestações em pintores como Kirchner, que realizou talhas em madeira de um assentado primitivismo. A escultura expressionista variou muito segundo cada artista, os quais tiveram em comum apenas a temática da distorção das formas.

a) Principais Artistas

Ernst Barlach

O grande escultor alemão desta época foi Ernst Barlach (1870-1930), que também foi gravador, poeta e dramaturgo. O seu estilo maduro definiu-se a partir de uma viagem à Rússia, em 1906, quando traduziu as suas impressões frente da miséria campesina em obras como A mendiga (1907) e, sobretudo, pelo estudo da escultura medieval. O seu material predileto foi a madeira, madeiras duras; até mesmo em muitas das suas obras em bronze manteve o caráter semelhante a uma talha da superfície. As suas peças mais características são figuras isoladas e sempre vestidas. Nisto contrapõe-se a outro escultor alemão destacado desta época, Wilhelm Lehmbruck.

Wilhelm Lehmbruck

Wilhelm Lehmbruck, autor de nus muito estilizados, com uma mistura de misticismo e certo classicismo que situa à margem do Expressionismo. Em Barlach, as figuras costumam serem símbolos de emoções: resignação, desespero, êxtase, loucura; presentam formas fechadas, rotundas, de linhas simplificadas, mas com rítmicas e dinâmicas pregas.
Escultura expressionista de Wilhelm Lehmbruck



Käthe Kollwitz

Impressionada pela obra de Barlach, Käthe Kollwitz (1867-1945) dedicou-se também à escultura e, como ele, usou formas fechadas, estáticas, de modelado áspero. As suas obras mais características giram em torno do tema da dor maternal. Kollwitz, porém, é mais conhecida pelas suas gravuras, nas quais desenvolve um expressionismo realista de fundo social e humanitário, carregado de dramatismo. São notáveis as séries A revolta dos tecedores (1897-1898), e as Litografias sobre a guerra (1923) e A morte (1934-1935); em relação a estas últimas, situam-se as suas obras escultóricas mais conhecidas.

3.2. Arquitectura Expressionista

A arquitetura expressionista foi um movimento arquitectónico que se desenvolveu na Europa setentrional durante as primeiras décadas do século XX paralelamente às artes visuais representativas do Expressionismo.

O termo "Arquitetura expressionista" inicialmente descrevia as atividades das vanguardas alemã, neerlandesa, austríaca, checa e dinamarquesa desde 1910 até aproximadamente 1924. Subsequentes redefinições estenderam o termo até 1905 e também ampliaram seu campo de ação para o restante da Europa. Hoje em dia, o conceito ampliou-se de tal modo, que chega a referir-se à arquitetura de qualquer período ou localização que apresente algumas das qualidades do movimento original tais como; distorção, fragmentação ou a comunicação de emoção violenta ou sobrecarga.

O estilo foi caracterizado por uma adoção pré-modernista de novos materiais, inovação formal e volumes extremamente incomuns, algumas vezes inspirados nas formas biomórficas naturais, algumas vezes por uma nova técnica oferecida pela grande produção de tijolos, aço e especialmente vidros.

A arquitetura expressionista desenvolveu-se na Alemanha, na Dinamarca, nos Países Baixos, na Checoslováquia e na Áustria. Foi marcada pela inclusão de novos materiais e pela ampliação das possibilidades geradas pelos produtos da Revolução Alemã de 1918-1919. Foi uma arquitetura influenciada pelo modernismo, com destaque especial à sua grandiosidade e ao uso do tijolo em composições subjetivas que conferiam às obras um ar de certa excentricidade.

b) Principais Artistas

Erich Mendelsohn (Allenstein, Prússia Oriental, 21 de março de 1887 — São Francisco, Estados Unidos, 15 de setembro de 1953) foi um reconhecido arquiteto do século XX, máximo expoente da arquitetura expressionista.


Bruno Taut
Bruno Julius Florian Taut (Königsberg, 4 de maio de 1880 - Istanbul, 24 de dezembro de 1938) foi um arquitecto e urbanista da República de Weimar.

Bruno Taut é mais conhecido fora da Alemanha por seu trabalho teórico, seus escritos especulativos e os vários prédios que projetou por ocasião de exposições - dos quais o mais conhecido é o pavilhão de vidro para a exposição da Deutscher Werkbund, realizada em Colônia, 1914. Seus croquis para uma arquitetura alpina (1917) resultam do trabalho visionário nutrido por uma visão assumidamente utopista. Taut foi uma figura notável entre os arquitetos expressionistas e também entre os modernistas.

Walter Gropius (Berlim, 18 de maio de 1883 — Boston, 5 de julho de 1969) foi um arquiteto alemão.

É considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, tendo sido fundador da Bauhaus, escola que foi um marco no design, arquitetura e arte moderna e diretor do curso de arquitetura da Universidade de Harvard. Gropius iniciou sua carreira na Alemanha, seu país natal, mas com a ascensão do nazismo, na década de 1930, emigrou para os Estados Unidos e lá desenvolveu a maior parte de sua obra.

3.3. Pintura Expressionista

A pintura expressionista deu grande ênfase nas cores como forma de criar efeito de dinamismo e o sentimentalismo fruto de suas emoções e sentimentos mais profundos.

c) Principais artistas

Vincent van Gogh (1853-1890), empenhou profundamente em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza através da cor, que para ele era o elemento fundamental da pintura. Foi uma pessoa solitária. Interessou-se pelo trabalho de Gauguin, principalmente pela sua decisão de simplificar as formas dos seres, reduzir os efeitos de luz e usar zonas de cores bem definidas.

Kirchner (1880-1938) foi um dos fundadores do grupo de pintura expressionista Die Brücke. Influenciado pelo cubismo e fauvismo, o pintor alemão deu formas geométricas às cores e despojou-as de sua função decorativa por meio de contrastes agressivos, com o fim de manifestar sua verdadeira visão da realidade. Tendo concluído seus estudos de arquitetura na cidade de Dresden, Kirchner continuou sua formação na cidade de Munique.

4. Conclusão

Terminada a abordagem, concluiu-se que as obras expressionistas resgatavam um viés de crítica social inserida nas artes, com cenas do quotidiano retratado sem nenhum comedimento por parte do artista, dramatizadas, com muitas séries temáticas sobre o sexo e a morte.

Os expressionistas atuavam em contraposição à ideia de impressão de mundo promovida pelos impressionistas como Claude Monet, da natureza etérea ilustrada pelo artista.
Constatou-se também que o movimento expressionista se manifestou em várias linguagens da Arte. Na arquitetura, foi marcado pela inclusão de outros materiais e pelo aspecto grandioso das obras. A escultura seguiu uma linha abstrata e geométrica, sustentada por uma considerável liberdade estética. Na pintura, o mais importante era a expressão dos sentimentos por meio do trabalho dinâmico entre a cor e a emoção.

5. Bibliografia

  • McGinity, Larry. “Expressionismo alemão”. In: Farthing, Stephen. Tudo sobre arte (trad. Paulo Polzonof Jr. et al.). Rio de Janeiro: Sextante, 2011. p. 378-79.
  • MILICUA, José (1999). «Escultura expresionista». Historia Universal del Arte. [S.l.]: V. IX CIUDAD: Madrid Ed. Planeta.
  • LAMPUGNANI, V. M. Enciclopedia G. G. de la arquitectura del siglo XX. Barcelona: Gustavo Gili, 1988.
  • FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Perspectiva, 1996.
  • PEHNT, Wolfgang. La arquitectura expressionista. Barcelona: Gustavo Gili, 1975.
  • BANHAM, Reyner. Teoria e projeto na primeira era da máquina. São Paulo: Perspectiva, 1979.

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