Falamos de funções da cidade para nos referimentos à actividade principal que leva a considerar esta ou aquela cidade ¨especializada¨ nessa mesma actividade.
Como é evidente, nas cidades existem varias funções, no entanto, quase sempre existe uma que se destaca mais, ou seja, pela qual a cidade é conhecida e ganha fama.
Função política-administrativo
Esta é por excelência a actividade que caracteriza qualquer capital de estado, onde se encontram habitualmente a sede do Governo, os centro de decisão das grandes empresas, a banca, os seguros, as comunicações, as embaixadas, etc. no entanto, ao longo da história, muitas capitais surgem por simples vontade dos seus governantes. São inteiramente planeadas e criadas para satisfazer uma necessidade ou conveniência política, como por exemplo Washington, Madrid, mandada erguer por Filipe II para colocar a capital no centro geográfico da Península Ibérica, Versalhes (arredores de Paris), que existe por vontade de Luís XIV, para ali passar férias – a capital e Paris-Brasília (inaugurada em 1960), construída numa tentativa de desenvolver o interior do Brasil e ¨descongestionar¨ o litoral.
Função comercial
É talvez a função urbana por excelência. Muitas das cidades actuais com esta função tem a sua origem nas férias medievas, que foram adquirindo importância e levaram à fixação Crescente de populações nas localidades que as realizam. Grandes centros urbanos surgiram deste modo, como Frankfurt e Bruxelas. Se essas primeiras cidades comerciais apareceram em locais que reuniam condições naturais para a troca de produtos (cruzamento de caminhos, portos de litoral e fluviais), hoje essas condições, bem como os modernos aeroportos e locais específicos de transporte rodoviário e ferroviário, continuam a proporcionar condições para o comércio.
Alguns exemplos: Marselha, Amesterdão, Colónia, Detroit, Dakar, Montreal.
Função industrial
Com a Revolução industrial surgiram inúmeras cidades, muitas delas entraram em declínio, com o esgotamento das matérias-primas e fontes energéticas que as “alimentavam”, mas a maioria das cidades que foram fruto da expansão industrial ainda tem como principal função a indústria. As indústrias são como imanes, são polos de atracão de mão-de-obra e de outras actividades que se interligam (bancos, seguros, transportes, alojamento, restaurantes…). Como exemplos de cidades industriais, podem-se citar: Manchester (reino unido), Joanesburgo (África do sul), Turim (Itália), Essen, Mannheim, Estugarda (Alemanha), Lille (franca), Sines, barreiro, Estarreja (Portugal), etc.
Função cultural
Esta função relaciona-se com a edificação (na idade media) de universidade, conventos ou abadias, pois era o clero (naquela época) que detinha a literacia. Actualmente, para além de locais com famosas universidades, há ainda a acrescentar as cidades com esta função, locais da investigação e centros de estudos: coimbrã (Portugal), Oxford, Cambridge (reino unido) ou Salamanca (Espanha).
Função de turística (lazer)
Engloba todas as cidades que reúnam boas condições climáticas, quer para actividades de verão, quer para actividades de desportos de inverno, locais propícios ao divertimento e ainda locais termais. Temos, por exemplo, a Cote d´Azur, Saint Moritz, Nice (França), Monte Calo, Lãs Vegas (EUA) ou rio de Janeiro (Brasil), a região do Algarve, a ilha da Madeira (Portugal).
Função religiosa
Surgiram em locais de “aparições”, de importantes mosteiros, catedrais, etc. locais são considerados importantes centros de fé e atraem milhares de peregrinos (gerando enormes receitas a outros serviços – restauração, alojamento, comerciais, etc.). São exemplos cidades como Fátima, Meca, Vaticano, Santiago de Compostela, Jerusalém ou Lourdes.
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