Google logo  MAIS PARA BAIXO  Google logo

Ad Unit (Iklan) BIG


Estrutura Urbana (Cidade)

As áreas urbanas evidenciam lógicas de organização especial, com características homogéneas mas diferenciadas entre se. Desta forma, a cidade apresenta-se dívidas em áreas, em que cada uma está associada a um uso específica.

As áreas urbanas é vista por alguns autores como os produtos como o produto do encontro entre a divisão económica do espaço e a sua divisão social. A divisão económica envolve a distinção relativa às forças produtivas e às relações de produção, o que implica que determinadas localizações sejam mais vantajosas do que outras. A segunda é responsável pela estratificação social, visível, por exemplo, na valorização ou desvalorização de uma área residencial, em função do nível socioeconómica dos seus residentes.


Sob o ponto de vista funcional, é possível identificar: uma área central, áreas residencial e áreas industriais.

Diversos factores influenciam o modo de organização interna de uma cidade, entre os quais podem ser sublinhadas a acessibilidade e a distancia ao centro.

A cidade, enquanto espaço privilegiado de relações socais, comerciais, laborais, assume-se como um espaço de trocas e movimentos. Nesta, os transportes e as vias de comunicação ganham particular relevo na resposta às necessidades de mobilidade e na distribuição dos usos do solo urbano.

A necessidade de movimentação, inerente à própria natureza do espaço urbano, contribui a base para o seu desenvolvimento. É assim que a acessibilidade, associada ao transporte, desperta lógicas especulativas, o que determina a especialização e/ou o aumento das densidades de ocupação. A especulação fundarias relacionada com as condições de acessibilidade determina uma segregação espacial do território urbano, em virtude da renda locativa.

Independentemente da sua dimensão, a área central de uma povoação destaca-se pelo dinamismo que apresenta, assumindo-se como a própria expressão do seu poder. Trata-se do local por excelência da concentração das actividade terciarias, do uso intenso do solo, com um numero reduzido de residências e um poder de atracção sobre visitantes ocasionais, no que respeita ao comercio, à saúde, aos negócios, ao lazer, etc. Esta área é conhecida pela sigla CBD (central Business District), expressão que significa ¨ centro de negócios¨ e teve a sua origem nos Estados Unidos da América.

O CBD concentra uma grande quantidade e diversidade de actividade terciarias e um vasto conjunto de funções raras, que fomentam a circulação de pessoas e bens. É igualmente aqui que se localizam nos centros mais elevados de decisão.

  • - ao nível administrativo, ministérios, tribunais, governos provinciais ou municipais,
  • - ao nível económico, sedes de bancos , companhias de seguros, bolsas, etc.
  • - ao nível cultural, cinemas, teatros, museus, etc.

A pesar da quantidade e diversidade de actividade que se concentram no CBD, em geral estas não se misturam, verificando-se um certo zonamento, tanto horizontal como vertical.

No primeiro caso, trata-se de zonas especializadas em ruas principais e secundarias, nas áreas antigas das cidades e também nas áreas urbanizadas, onde se pode diferenciar uma ocupação distinta, nomeadamente a financeira, comercial ou de recreação.


No caso de zonamento vertical, trata-se por exemplo da localização em andares inferiores das funções que implicam contacto com o publico.

As áreas residenciais revelam, também elas, uma segregação espacial. Com efeito, o parque habitacional é diversificado, desde habitações de luxo, para classes privilegiada, até às habilitações mais precárias, para as classes mais desfavorecidas.

Desde modo, a segregação social determina uma segregação espacial, visível em áreas residenciais de classes mais pobres, de classes intermédias e de classes mais favorecidas.

Associadas às classes desfavorecidas, emergem as barracas e as construções clandestinas, cujo denominador comum é serem construídas sem as devidas autorizações.

A emergência de grandes aglomerações, sobretudo na Europa, no século XIX, esteve associada à localização industrial. As vantagens da localização industrial no interior do perímetro urbano foram evidentes. O mercado e todo o conjunto de serviços dos quais interessava beneficiar (bancos, administração publica, serviços diversos, acessibilidade a ferrovias, etc.).

Hoje, vários factores tem contribuído para a redefinição da localização industrial nos centros urbanos. A renda locativa, o congestionamento das vias de comunicação, a segmentação da população, a necessidade de grandes espaços de instalação, as exigências ambientais e as politicas de ordenamento com a criação de áreas industriais.

O afastamento das industrias para as áreas periféricas não é total, ou seja, apenas uma parte das industriais é que se desloca, sobretudo o sector de população, com a parte administrativa a manter-se na cidade.

Livres destes processos de deslocalização industrial, encontram-se algumas industriais de bens de consumo que, dadas as suas especificidades, são compatíveis com a localização em áreas mais centrais, por exemplo, panificadoras, tipografias, etc.

A cidade, ao desenvolver-se em torno do núcleo inicial, articula-se de forma diversas, em elemento de dimensão variável, mais ou menos contínuos, que são os bairros ou grupos de bairros.

Os espaços urbanos podem desenvolver-se com mais ou menos descontinuidade. Em geral, a descontinuidade resulta da existência de espaços verdes, a separarem massas construídas. Com exemplo, temos as cidades de Roma, em Itália, e Harare, no Zimbabwe.

Pode ainda resultar da expansão das cidade ao longo de certos eixos de desenvolvimento, fazendo-se a articulação através de elemento lineares, entre os quais subsistem durante muito tempo áreas rurais. Trata-se de uma situação que é frequente nos países africanos e da América Latina. No entanto, a descontinuidade máxima observa-se na cidade que se desenvolvem em ilhas de urbanização isoladas, afastadas da massa urbana principal. São por exemplo os casos na cidade de Maputo dos bairros do Triunfo, do Benfica, entre outros.

As cidade implantam-se no espaço de acordo com um determinado modelo de organização, que lhe confere uma forma mais ou menos geométrica e ordenada. É a esta forma de ordenamento do espaço construído que se chama planta urbana.

A planta urbana resulta de uma concepção do uso e arranjo do espaço, que varia de época para época em função de diferentes elementos e modas. Para além da vontade humana o traçado geral das plantas reflecte a influencia de factores de natureza físico-natural e humano.

O resultado são os seguintes tipos de plantas ortogonal, radiocentrica, linear, flexível, indefinida e de prestígio.

A planta ortogonal, também conhecida de planta quadriculada ou em xadrez, é o mais divulgada.

A sua origem parece estar ligada ao plano de campo militares romanos, caracterizado pelo cruzamento de artérias perpendiculares. Trata-se de uma planta que se acomoda bem às necessidade de loteamento, da delimitação de sectores administrativos e da construção de edifícios em blocos regulares. São os casos de cidades como nova Iorque, São Francisco, Sidney e Maputo.

A planta radiocentrica, também designada radial, é constituída por auréolas concêntricas das quais partem diversas artérias em forma de estrela, que cortam as ruas circulares.

Nesta planta, o acesso ao centro é relativamente fácil, facto que reforça a sua posição como lugar privilegiado de negócios e serviços públicos. São exemplos as cidades de Milão, beira e Luanda.

Já a planta linear e uma adaptação da antiga ´´cidade-rua´ ´que se desenvolvia ao longo de cursos de água ou de vias de comunicação.


Como é evidente nessas plantas, os centros administrativos, comercias e industrias estão localizados ao longo das vias de comunicação. O resultado é uma cidade alongada.

A planta flexível, conhecida como planta sem plano, constitui uma criação bastaste sofisticada de urbanistas modernos. Na verdade, não se trata de uma estrutura desenvolvida ao acaso, embora seja essa a impressa qua se pretende dar: a de um desenvolvimento espontâneo.

Está a ser muito usada nas cidades novas que procuram integrar-se no meio ambiente, evitando provocar neste grandes transformações.

A planta indefinida, ou ´´cidade sem planta´´, refere-se ás cidades que crescem sem obedecer a qualquer plano ou normas de organização do espaço. O resultado é, como é natural, implantações espontâneas e aleatórias. Por isso, as ruas aparecem tortuosas e irregulares, com muito espaço construídos sem possibilidades de acesso; não existem áreas especializadas. Na cidade de Maputo, encontramos alguns exemplos: os bairros de Chamanculo e da Maxaquene, por exemplo.

A planta de prestigio tem sido concebida para realçar um determinado monumento ou lugar histórico, ou para enaltecer uma função de prestigio, minado sector um aspecto majestoso. É o que sucede com as cidades de Brasília e Yamoussoukro.

Artigos relacionados

Enviar um comentário


Iscreva-se para receber novidades