Somente a partir das duas ultimas décadas do seculo XIX, os europeus iniciaram a conquista da Africa, que viria a redundar na ocupação de 90% de todo continente. Até perto dessa data, presença fixa deles mal ultrapassava a estreita faixa litoral da parte continental da Africa, já que arquipélagos e ilhas, no Atlântico i no Indico, haviam sido ocupados seculos antes. Foi essa faixa litoral a que os europeus construíam, em função do tráfico de escravos portos, fortes e feitoria.
Em 1830, a franca deu o primeiro passo na conquista da Africa. Seus exércitos iniciaram a conquista da Argélia, processo que somente foi completado em 1857. Leopoldo II, da Bélgica, deu novo impulso ao colonialismo, em 1876, reunindo, em Bruxelês, um congresso de presidentes com o objectivo de, segundo ele, difundir a civilização ocidental. Os países europeus lançaram-se rapidamente à aventura africana. A franca conquistou a Argélia, Tunísia, Africa Equatorial, Costa da Somália, Madagáscar; os ingleses anexaram a Rodésias, União sul-africana Nigéria, costa do Ouro, e Serra Leoa; a Alemanha que entrou tardiamente na corrida colonial, adquiriu apenas Came rum, Africa Sudoeste e Africa Oriental; a Itália anexou o litoral da Líbia, Eritreia e Somália.
E no mesmo raciocina comunga ao afirmar que os antigos países colonizadores da Europa Portugal e Espanha, ficaram com porções reduzidas: a Espanha, co o Marrocos espanhol, Rio do Ouro e Guine Espanhola; Portugal, com Moçambique, angola Guine e Guine Portuguesa. A conferência de Berlim, convocada por Bismarck, primeiro-ministro da Alemanha foi o marco mais importante na corrida colonialista. Sua finalidade primeira foi legalizar a propriedade pessoal do rei Leopoldo II, da Bélgica, sobre o Estado Livre do Congo e estabelecer as regras da partilha da Africa entre as principais potências imperialistas. A corrida colonial africana produziu inúmeros atritos entre os países colonialistas, construindo-se mesmo num dos factos básicos dm desequilíbrio europeu, responsável pela eclosão da primeira Guerra Mundial.
Administração colonial
Na área da dominação francesa, foram dois os tipos básicos de colonização: colonias e protetorados (situação de um Estado posto sob autoridade de outro). As colonias ficaram sob direccta supervisão do Ministério das Colonias, sendo governadas localmente por um governador-geral, responsável pela actividade local. Os protetorados, por sua vez, mantinham elevado grau de autonomia. Praticamente todas decisões eram tomadas por elementos indígenas, com a supervisão de um representante da metrópole.
Entre as colonias inglesas, a variedade era muito grande: as colonias da Coroa, que dependiam directamente da metrópole; as colonias com certo grau de autonomia, com um parlamento eleito localmente; e os domínios, que eram praticamente independentes. A forma de organização administrativa nas demais colonias, pertencentes aos outros países europeus, não variava muito em relação aos dois tipos apresentados, isto é, colonias propriamente ditas e dependência semiautónomas.
A Exploração Colonial em África
Os países colonialistas da Europa procederam de maneira empírica (sem caracter cientifico, baseando sena experiencia) na organização de sistema de exploração colonial. Os ingleses se constituíram em excisão porque possuíam um imenso império colonial que os permitiam uma variedade extraordinária de recursos materiais e humano. A política livre – cambista, adoptada na Inglaterra apos 1850, estendeu-se as colonias, uniformizando as relações económicas. A Franca, por sua vez, adoptou uma política tarifaria variante. Dependia da colonia e dos tipos de produto que produziam e consumiam. a exploração das terras foi concebida em particulares, uma vez que as grandes companhias capitalistas tinham condições de empreender a exploração que necessitavam de uma vultuosa soma de capital.
Para encorajar a colonização das terras, a exploração económica foi concedida em particulares ou a grandes companhias que tivessem condições de empreender exploração de rendimento elevado as vias de comunicação so foram construídas para enriquecer a metropole, e não para desenvolver os meios de transporte as colónias. O comércio colonial também era favorável a metropole, que tinha nas colonias mercado privilegiado.
De modo geral pode se concluir que nem sempre as colonias deram lucros imediatos para as suas metrópoles. Pois os gastos da manutenção da colonia e funcionários muitas vezes exerciam o volume dom saldo das transições comercias. A burguesia financeira interessava se pela empresa de exploração de colonização, já que estas demandavam grandes capitais, recurso obrigatório, portanto ao empréstimo bancários, embora as oportunidades maior dessa burguesia estivesse fora da Africa.
Bibliografia
REITAS, Gustavo, Vocabulário de História,Plátano Editora, Lisboa, 1983.GRAÇA, Pedro Borges. A Construção de Nações em África. Ed. ALMEDINA, SA, Coimbra 2005POPOV, Iu. Ciências Sociais edições Novost, Moscovo, 1982.
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