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Reinado de Vítor Emanuel e Cavour

Vítor Emanuel II subiu ao trono do Reino de Sardenha com 29 anos. Destemido na guerra, embora não tão bem dotado como governante, mostrou coragem ao rejeitar as imposições da Áustria para que revogasse a constituição de seu pai, embora esta atitude tenha lhe custado extensos territórios.
Após a derrota frente à Áustria, em 1852, Vítor Emanuel II nomeou como chefe de gabinete o Conde de Cavour 1810-1861, líder do Partido Moderado e descendente de ricos latifundiários. Este político queria dar à Itália uma constituição de tipo britânico e era partidário da unificação da Itália, acreditando que a Casa de Sabóia deveria liderar o processo.

Um dos principais obstáculos à unidade italiana era a Áustria, que possuía muitos territórios no Norte da Itália. Cavour actuou em duas frentes para derrotá-la: no reaparecimento militar e económico do Piemonte - Sardenha e na diplomacia internacional para conquistar aliados contra aquele país.
Vítor Emanuel II
Internamente, Cavour procurou desenvolver a indústria, o comércio, as ferrovias e o exército sardo-piemontês. Externamente, participou da Guerra da Crimeia (1854-1856) contra a Rússia, ao lado da França e da Inglaterra, para obter apoio contra a Áustria. Em 1855, Napoleão III, que tinha simpatia pela causa italiana e era contrário aos tratados de Viena, perguntou a Vítor Emanuel II e ao seu primeiro-ministro, Cavour, qual a contribuição que a França poderia dar à Itália. Em 1856, França e Inglaterra debatiam abertamente o problema do obscurantismo predominante nos Estados Pontifícios e no Reino das Duas Sicília, chegando à conclusão de que as duas potências tinham a responsabilidade de modificar essa situação. Cavour utiliza-se da Conferência de Paris, após a guerra, para denunciar a Áustria e despertar o interesse das nações europeias para a causa italiana.
Ele e Napoleão III se reuniram secretamente em Plombiers, no verão de 1858. No final do encontro, a França se comprometeu a apoiar o Reino da Sardenha em caso de invasão austríaca. Confiando nessa promessa, Cavour logo iniciou uma política beligerante contra os austríacos, tentando envolvê-los numa guerra contra o Piemonte-Sardenha.
Por isso, a segunda guerra se desenvolveu em 1859, quando o Reino de Sardenha se aliou à França e terminou com a derrota da Áustria e a formação do núcleo que originaria o reino de Itália.
Os povos dos ducados de Módena e Parma, governados por duques ligados ao Império Austríaco, expulsaram seus governantes. A Toscânia, seguida por outros estados, revoltou-se e juntou-se ao Reino da Sardenha.

Na frente de batalha ao norte, os austríacos sofreram retumbantes derrotas frente aos franceses e sardo-piemonteses nas batalhas de Montebello (20 de Maio de 1859), Magenta (4 de Julho de 1859) e Solferino (21 de Junho de 1859).
Se as hostilidades continuassem, é muito provável que os austríacos tivessem sido expulsos por completo da península Itálica. Apesar das vitórias, o governante francês, amedrontado pela possibilidade da guerra evoluir para uma revolução, pela violenta campanha dos católicos franceses protestando contra o ataque aos Estados da Igreja e pela possibilidade de a Prússia entrar no conflito em apoio ao imperador Francisco José I da Áustria (a Prússia concentrou poderoso exército nas fronteiras com a França), preferiu assinar um armistício em Villafranca.
Em 10 de Novembro de 1859, foi firmado o Tratado de Zurique que confirmava o controlo da Áustria sobre o Vêneto, cedia a Lombardia à França e estabelecia o retorno ao trono dos soberanos de Toscana, Parma e Módena. Este desrespeito de Paris para com a aliança franco -italiana foi denunciado por Marx e Engels, em artigos publicados em jornais europeus e italianos. Entretanto, em 1860 deu-se a largada contra a opressão austríaca na Itália. Um acordo afirmado do Piemonte com Napoleão III contra a Áustria, ajudou ainda mais a unificação.
Em 1860, tropas franco piemontesas venceram os Austríacos nas batalhas de Magenta e Solferino, mas a ameaça de uma intervenção militar da Prússia levou a França a retirar-se da guerra, obrigando os piemonteses a concluir com a Áustria o tratado de Zurique. Por ele, a Áustria conservava a região de Veneza e cedia a Lombardia (região norte - central da Itália) ao Piemonte; este, por sua vez, cedia à França as regiões de Nice e Sabóia.
Paralelamente à guerra contra a Áustria, Garibaldi promovera várias insurreições patrióticas na Itália central. As tropas garibaldinas conquistaram os ducados de Toscana, Parma e Módena, assim como a Região da Romanha, pertencente aos Estados Pontifícios. Em 1860, Garibaldi atacou o Reino das Duas Sicílias, comandando a Expedição dos Mil Camisas Vermelhas, que culminou com a conquista de Nápoles.

Ainda que Napoleão III repassasse, posteriormente, a Lombardia ao Piemonte-Sardenha, as condições do armistício provocaram indignação nos patriotas. Os ducados de Toscana, Parma e Módena não reempossaram seus soberanos. Esses ducados e parte dos Estados Pontifícios (as Marcas e a Úmbria) optaram, mediante plebiscitos populares, pela união com o Piemonte-Sardenha. Napoleão III concordou, desde que a França recebesse o Ducado de Sabóia e Nice. No mesmo ano, foi feito um plebiscito nessas duas regiões, que passaram à França, praticamente por unanimidade.
Olhando com desconfiança para a política francesa na Itália, uma vez que ela visava aumentar a zona de influência de Paris, desequilibrando as forças no continente europeu, o governo inglês preferiu apoiar a criação de um Estado unificado na Itália, impedindo que a França assumisse o papel de árbitro na política peninsular.

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