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Consequências da 1ª Primeira Guerra Mundial para África

Introdução
A Primeira Guerra Mundial terminou com a rendição da Alemanha em 11 de Novembro de 1918. A partir daí, a Europa e África passaram por uma reconfiguração de poder política, demográfica, económica e sociocultural.
As principais transformações do pós-guerra ocorreram com a edição do Tratado de Versalhes e com as novas definições no mapa político-económico mundial com o surgimento de novas grandes potências. Entretanto neste trabalho trazemos a abordagem sobre as consequências da 1ª Guerra Mundial para Europa e Para África. Onde analisará-se estes aspectos a nível económico, político, demográfico e sociocultural.

Índice
Introdução 1
Consequências da 1ª Guerra Mundial para África 2
A Nível Político 2
A Nível Economico 2
A Nível Demográfico 3
A Nível Sociocultural 4

Consequências da 1ª Guerra Mundial para África
A Nível Político
Ao longo de quatro anos, populações europeias e africanas foram deslocadas, culturas foram destruídas, num cenário onde a contestação ao domínio político, económico e administrativo europeu começou, também, inevitavelmente, a ganhar notoriedade. Nos territórios do protectorado britânico da África Oriental, terminada a guerra, as estimativas apontam que cerca de 100 000 africanos nunca terão regressado a casa.
São muitas as transformações que a guerra iria trazer à vivência e ao quotidiano dos africanos, uma vez assinada a paz. Na verdade, as elites africanas acabaram por saber tirar partido de algumas das oportunidades que a guerra lhes trouxe: em 1916 era aprovada a «Loi Blaise Diagne» que reconhecia o direito de cidadania francesa a todos os residentes nas quatro comunas do Senegal: Dakar, Gorée, Saint-Louis e Rufisque, esta medida foi acompanhada pela promessa do representante senegalês na câmara dos deputados francesa, Blaise Diagne, de obtenção de isenção do trabalho forçado, promessa que acabaria, no entanto, por nunca ser cumprida. 

A Nível Económico
Apesar da maioria dos confrontos ter ocorrido em solo europeu, o envolvimento do continente africano na Grande Guerra acabaria por ser tudo menos irrelevante: ao longo de quatro anos África forneceu recursos materiais e humanos, a uma escala sem precedentes, para a Frente Ocidental. África ver-se-ia assim envolvida na Grande Guerra em virtude não só do controlo político que a Europa exercia sobre o continente mas também devido ao potencial estratégico de muitos destes recursos e infra-estruturas sobretudo portos, linhas de comunicação e estações telegráficas considerados indispensáveis à prossecução da guerra. As colónias não foram por isso meros campos de batalha, elas eram parte integrante das economias de guerra dos países europeus, fornecendo matérias-primas, alimentos e soldados para a frente ocidental. África deixou de representar apenas mais um destino de comércio, para se transformar num território onde a Europa passou a exercer controlo político; até 1880, 80% do território africano era governado pelos seus próprios reis;
Por esta altura, as exportações alemãs para as suas colónias em África cifravam-se em 57,1 milhões de marcos, pouco mais de 2% do valor total do comércio externo alemão, em 1913. O reich, entre 1894 e 1913, tinha gasto mais no desenvolvimento e manutenção dos seus territórios coloniais – 1 0002 milhões de marcos – do que o valor total do seu comércio com aqueles territórios, 972 milhões de marcos.

A Nível Demográfico
Cerca de dois milhões e meio de africanos foram mobilizados, como soldados, trabalhadores ou carregadores, valor que corresponde a, aproximadamente, 1% do total da população do continente.
No Verão de 1914 existiam 14 785 soldados africanos na África ocidental. Quando a guerra eclodiu apenas a França dispunha de um número «significativo» de tropas coloniais nos seus territórios, cerca de quinze mil homens; em 1912, com vista à criação de um exército negro permanente, tinha sido publicado um decreto que tornava obrigatório o serviço militar, durante quatro anos, para todos os africanos do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 28 anos. Contudo, e à medida que o conflito foi evoluindo todas as potências coloniais foram compelidas a expandir os respectivos contingentes coloniais, recorrendo, muitas vezes, ao recrutamento e à incorporação de voluntários.
Começou então, nas palavras do governador da África Ocidental francesa, Gabriel Anglouvant, «uma verdadeira caça ao homem». No ano de 1915-1916 as autoridades francesas estabeleceram como objectivo o recrutamento de 50 mil homens, o descontentamento e a revolta das populações cedo se fez sentir, tornando impossível a realização de incorporações nas regiões sublevadas, contudo as estimativas apontam para que, durante os anos da guerra, cerca de 483 mil soldados coloniais terão integrado o exército francês. Para juntar aos soldados da África ocidental, mais 250 000 soldados do Norte de África e de Madagáscar integraram o mesmo exército.

A Nível Sociocultural
As consequências da Grande Guerra em África, cujos impactos se fizeram sentir em todo o continente ao longo de quatro anos, só podem, em grande medida, ser comparáveis aos efeitos devastadores provocados por séculos de escravatura. De uma forma geral podemos afirmar, desde logo, que os impactos da Grande Guerra, quando analisados para além da destruição provocada por quatro anos de conflito, se fizeram sentir no quotidiano do continente devido a três causas principais: o recrutamento das populações africanas; o êxodo dos europeus;

Conclusão
Terminado trabalho pôde então concluir-se que por tudo que vimos viu-se, especialmente com relação ao Tratado de Versalhes, o fim da Primeira Guerra Mundial não criou um ambiente de paz, ao contrário disso, ampliou as rivalidades existentes desde o período imperialista, especialmente nos alemães que passaram a desejar vingança. O discurso de Hitler era impregnado de acusações contra o Tratado de Versalhes e aos "traidores da nação", pois os social-democratas eram acusados de traidores por terem mediado a rendição do país.
Além disso, constatou-se que cerca de 8 milhões e meio de pessoas morreram e perto de 20 milhões ficaram feridas. Queda dos grandes impérios e o aparecimento de novos estados, definiu--se um novo mapa político na Europa. Fome, desemprego alarmaram a Europa. As classes sociais empobreciam cada vez mais, provocando uma certa agitação social, as mulheres que antes não trabalhavam fora de casa entraram no mundo de trabalho e conquistaram também direito de voto.

Bibliografia
  • HOBSBAWN, Eric J.. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914 – 1991.
  • C.M. Andrew and A.S. Kanya-Forstner, «France, Africa, e a Primeira Guerra Mundial» in Journal of African History, XIX, 1978, p. 11.
  • Andrew D. Roberts, «Introduction» in A. A.V.V., The Cambridge History of Africa c.1905-c.1940, (Ed.) A.D. Roberts, Vol. 7, Cambridge, Cambridge University Press, 1986, p. 3.


Com o auxílio da internet: 
  • www.infoescola.com
  • http://lerhistoria.revues.org/721
  • www.coladaweb.com
  • www.aulasdemoz.blogspot.com
  • Aulas de moz
  • aulasdemoz

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