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Anemia – definição, causas, diagnóstico, tratamento, prevenção

Introdução
A anemia é uma doença frequente nos idosos, sua prevalência aumenta com o avançar da idade, por isso torna-se alvo de importantes estudos, uma vez que suas consequências afectam tanto a saúde física como o desenvolvimento de actividades quotidianas de vida. Sendo ainda associada a maior mortalidade, aumento de comorbidades e comprometimento funcional do idoso.
Os tipos de anemia mais prevalentes nesse grupo populacional são a anemia por doença crónica (ADC) e anemia por deficiência de ferro (ADF), no entanto a carência nutricional pode ser também de Ácido fólico e Vitamina B12.
O trabalho está organizado da seguinte maneira: introdução, objectivo geral e específicos, metodologia, desenvolvimento, conclusão e as respectivas referências bibliográficas. Contudo convidamos ao carro leitor a apreciar os conteúdos que aqui serão abordados. 

Objectivo geral
  • Conhecer a anemia

Objectivos específicos
  • Apresentar os tipos de anemia;
  • Demonstrar a classificação da anemia
  • Caracterizar os sinais e sintomas
  • Falar das causas da anemia
  • Dar as devidas recomendações Nutricionais


Metodologia
Para a realização desse trabalho, recorreu-se ao auxílio das pesquisas bibliográficas de manuais científicos.

Anemia
Segundo Nekel (2012:03) a anemia é definida como síndrome caracterizada por diminuição de massa eritrocitária total. Laboratorialmente, definimos anemia como hemoglobina menor que 12 g/dl em mulheres ou 13 g/dl em homens, resultado basicamente do desequilibro entre a produção e a perda ou destruição de hemácias ou da Hb. É mais comum em mulheres do que em homens, entre as crianças, durante a gravidez e nos idosos. A anemia diminui a capacidade de trabalho e produtividade das pessoas afectadas. O nome tem origem no grego antigo anaimia, que significa "falta de sangue".
As anemias obedecem a um padrão de análises que necessitam de uma visão introdutória da hematopoiese e de valores referenciais devido a intrínseca relação de causas e efeitos dos seus diferentes tipos. Hematopoiese e valores referenciais em hematologia são abordagens distintas, porem, extremamente ligadas no sentido do entendimento do resultado de um hemograma.

Tipos de Anemia
Anemia falciforme - anemia genética, na qual as células vermelhas do sangue são deformadas com baixa capacidade de transportar oxigénio.
Anemia Ferropriva – anemia geralmente causada pela alimentação pobre em ferro.
Anemia Perniciosa - anemia que se desenvolve pela falta da vitamina B12.
Anemia Hemolítica - anemia causada pela destruição das células vermelhas pelo próprio organismo.
Anemia Aplástica - anemia causada pela produção insuficiente de células vermelhas pela medula óssea.
Anemia de Fanconi - anemia de origem genética na qual há deficiência na produção de células vermelhas.
Anemia megaloblástica - anemia na qual há células vermelhas grandes e menor quantidade de plaquetas e de glóbulos brancos.
Anemia refratária - anemia causada pela baixa produção de glóbulos vermelhos ou eritrócitos pela medula óssea.

Classificação da Anemia
Jarra (2009:06) afirma que as anemias podem ser classificadas conforme sua causa fisiopatológica ou conforme no tamanho dos glóbulos vermelhos e na quantidade de hemoglobina em cada célula.
Do ponto de vista fisiopatológico as anemias podem ser classificadas como: 
  • Anemia por falta de produção de glóbulos vermelhos; 
  • Anemia por excesso de destruição dos glóbulos vermelhos;
  • Anemia por perda hemorrágica.

Conforme no tamanho dos glóbulos vermelhos e na quantidade de hemoglobina em cada célula:
  • microciticas/hipocromicas -Quando as células são pequenas;
  • normociticas/normocromicas - quando são de tamanho normal;
  • macrociticas- quando são grandes.


Situações patológicas mais comuns nas anemias normociticas/normocromicas: câncer, doença renal, invasão tumoral da medula óssea, hemorragia aguda, inflamação, e fase inicial da deficiência de ferro.
Situações patológicas mais comuns nas anemias microciticas/hipocromicas: deficiência crónica de ferro, hemorragia crónica, talassemias menor, intermédia e maior, S/beta talassemia, S/alfa talassemia e anemia sideroblastica.
Situações patológicas mais comuns nas anemias macrociticas: deficiências de vitamina B12 e folatos, mielofibrose, doenças hepáticas e anemia megaloblastica, anemia hemolítica com reticulocitose.

Causas 
A anemia pode ser causada por factores como:
  • Pouca produção de emacias pela medula óssea
  • Perda de ferro através de sangramento (diminuição da produção de glóbulos vermelhos)
  • Falta de ferro na alimentação (a falta de ferro causa a diminuição até o esgotamento dos estoques de ferro dos macrófagos, posteriormente redução do transporte de ferro para os eritroblastos, ou seja, eritropoese deficiente com diminuição da produção de hemoglobina e anemia ferropênica).
  • Falta de vitamina B12 na alimentação, um problema gástrico ou intestinal que impeça a absorção de vitamina B12 ou alguns tipos de medicamentos. 
  • Falta de folato na alimentação ou um problema que impeça a absorção eficaz de folato (como a síndrome do cólon irritável). Poderá perder folato se tiver de urinar frequentemente devido a um problema que lhe afecte o fígado ou os rins. Se o seu corpo necessitar de mais folato do que o normal, poderá não conseguir satisfazer essa necessidade, originando assim uma carência.
  • Destruição de glóbulos vermelhos (infecções como a malária e algumas doenças auto-imunes)


Sinais e sintomas
Há alguns sintomas gerais que estão associados a todos os tipos de anemia, esses sintomas incluem: 
  • Fadiga, falta de ar (dispneia), 
  • Desmaios e um batimento irregular do coração (palpitações). 
  • Dores de cabeça, 
  • Zumbido nos ouvidos e falta de apetite

Se a anemia for causada por uma carência de vitamina B12, poderá ainda notar outros sintomas, como:
  • Pele de cor amarelada (devido à icterícia, um problema que se desenvolve quando um químico chamado bilirrubina se acumula no sangue)
  • Língua vermelha e a doer (glossite),
  • Úlceras na boca e uma sensibilidade ao toque alterada ou reduzida
  • Visão perturbada, irritabilidade

Para além dos sintomas gerais da anemia, uma carência de folato pode causar 
  • Perda sensorial,
  • Incapacidade de controlar os músculos e
  • Depressão.

Diagnostico
Segundo Nekel (2013:07), normalmente o indivíduo precisará de fazer análises ao sangue. Em homens, o diagnóstico tem por base a contagem de hemoglobina no sangue inferior a (13 g/dL), enquanto em mulheres deve ser inferior a (12 g/dL).
Também poderá fazer análises ao sangue para ver os valores de vitamina B12, Ferro e folato. Se as análises mostrarem que tem uma carência numa dessas vitaminas, isso ajudará determinar o tipo de anemia que tem. Assim que o seu médico determinar que tem anemia por carência de vitamina B12, Ferro ou folato, pode necessitar de mais análises que expliquem a causa dessa carência.
A anemia na gravidez é diagnosticada se a hemoglobina estiver inferior a 9,0/ dL.
Tratamento
Nounen (2012:08) afirma que para as crianças, a dose de ferro para o tratamento é de 3 mg ∕Kg ∕dia. Embora a melhora clínica e a normalização das concentrações de glóbulos vermelhos e de hemoglobina ocorram precocemente com a reposição de ferro, a dose terapêutica deve ser mantida por 3 a 4 meses para a reposição dos estoques de ferro.
Para os adultos a dose terapêutica é de 60mg de ferro elementar, o que corresponde a um comprimido de 300mg de sulfato ferroso.
A anemia na gravidez é gerenciada com a dose oral de 60 a 120 mg por dia de ferro. Paciente é avaliado após quatro semanas de terapia.
A anemia por carência de vitamina B12 é normalmente tratada com injecções de vitamina B12.
Para tratar a anemia por carência de folato, o médico de família poderá receitar comprimidos de ácido fólico, que são geralmente tomados durante quatro meses. 
O tratamento da deficiência de ferro consiste na correcção da causa, quando esta for por sangramento, bem como reposição oral ou parenteral de compostos com ferro, orientação nutricional ou transfusão quando for o caso.
Se a carência de vitamina B12, Ferro ou folato for causada por uma dieta pobre, será encaminhado para um nutricionista, que poderá aconselhar sobre formas de alterar a sua dieta no sentido de melhorar o seu problema incorporando estas vitaminas na sua alimentação diária.
Complicações
Nounen (2012:09) acrescenta que em casos severos, qualquer tipo de anemia pode levar a complicações que afectem o coração e os pulmões, evitando que funcionem da melhor forma.
 A carência de vitamina B12 ou folato pode por vezes causar uma esterilidade temporária (incapacidade de engravidar). No entanto, essa condição não é permanente, podendo ser invertida com suplementos vitamínicos. 
Se estiver grávida, a carência de vitamina B12 ou folato pode aumentar o risco de anomalias no bebé, como a espinha bífida (em que a espinha do bebé não se forma correctamente). 
A falta de folato também aumenta o risco de um nascimento prematuro. A carência de folato também pode aumentar o risco de desenvolver problemas cardiovasculares (quando o coração e o sistema circulatório não funcionam devidamente). As pesquisas mostram que a carência de folato pode estar ligada a alguns cancros. Embora uma falta de folato nunca seja a única causa de desenvolvimento de um cancro, pode ser um factor contribuinte.


Fontes de ferro, Vitamina B12 e Folato
  • São fontes boas de Folato (Brócolis, ervilhas, arroz integral, espinafre, cogumelo, tomate, couve e caju);
  • São fontes boas de vitamina B12 (ovos, carne, peixe, leite e seus derivados, cereais soja);
  • São fontes boas de Ferro (carne vermelha, frango e peixe) nessa ordem, isso porque contêm o ferro tipo heme, que é mais facilmente aproveitado pelo organismo do que o não-heme, presente nos alimentos de origem vegetal, especialmente os de folhas verde-escuro (espinafre, hortaliças, folha de mandioqueira) e as leguminosas (feijão, soja).

Recomendações Nutricionais
Segundo Nekel (2013:12) é necessário que a dieta seja acompanhada de alimentos ricos em Ferro, Folato e Vitamina B12. Para uma melhor absorção do ferro presente nos alimentos é recomendado o consumo de alimentos com alto teor de vitamina C como Ananás, goiaba, kiwi, laranja, limão, repolho e tomate, na mesma refeição. O consumo de alguns alimentos deve ser evitado na mesma refeição ou logo após, como o chá, café, pois atrapalham a absorção do ferro.
Jarra (2009:10) defende que outra forma eficaz de prevenir a anemia ferropriva, além da dieta adequada, é o uso do ferro profilático; recomenda-se o uso de 1mg ∕Kg ∕dia de ferro elementar desde o início do desmame até o término do segundo ano de vida para os recém-nascidos e 2mg ∕Kg ∕dia, a partir do 30º dia de vida, por 2 meses para os recém-nascidos prematuros ou de baixo peso e, depois, inicia-se o esquema proposto para as crianças a termo. As mulheres grávidas também devem fazer uso profilaxia da anemia ferropriva a partir da 16º semana de gravidez através da ingestão de 30 a 40 mg de ferro elementar, que corresponde a 200 mg de sulfato ferroso por dia.

Conclusão
A anemia, como já descrito é a diminuição da hemoglobina abaixo dos valores de referência. A hemoglobina é uma proteína conjugada, de peso molecular de aproximadamente 64.500 daltons, formada por cadeias de globina que estão ligadas ao grupo heme, que por sua vez é formado pelo conjugado de protoporfirina e ferro. A principal função da hemoglobina é de absorver e transportar oxigénio no sangue e liberá-lo para os tecidos, assim como de transportar o dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões.
A anemia apresenta vários sintomas parecidos com de outras doenças, por isso em alguns casos, poderá ter de fazer mais exames, com um especialista, por exemplo um especialista em doenças de sangue (hematologista) ou um especialista no tratamento de problemas que afectem o sistema digestivo (gastroenterologista). 

Referencias Bibliográficas
Nekel, S. Carine. ANEMIA CARENCIAL EM IDOSOS POR DEFICIÊNCIA DE FERRO ÁCIDO FÓLICO E VITAMINA B12. 2013. Brasil
Jarra, Juliana. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS. 2009. Brasil
Noun, P. Cesar. ANEMIAS – CLASSIFICACAO E DIAGNOSTICO DIFERENCIAL. 2012. Brasil





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