Introdução
Os sindicatos africanos; acção dos intelectuais; acção dos partidos políticos; os movimentos dos Estudantes; acção das religiões; o papel dos jovens e a acção das mulheres. Foram estas forças motrizes que levaram a cabo as acções do nacionalismo. Entretanto, neste trabalho tem-se como objectivo fundamental explicar como cada força motriz contribuiu para o acabar com o nacionalismo.
As forças motrizes do colonialismo africano
As forças motoras que levaram a cabo as acções do nacionalismo partiram dentro de África foram as seguintes: os sindicatos africanos; acção dos intelectuais; acção dos partidos políticos; os movimentos dos Estudantes; acção das religiões; o papel dos jovens e a acção das mulheres.
Os sindicatos africanos
Foi na base do tipo de exploração colonial que começaram a aparecer grupos de Operários assalariados que se organizaram em sindicatos para contestar os abusos e a exploração a que eram sujeitos.
A manifestação sindical
África desenvolveu-se tardiamente devido à interdição da industrialização na África e no pacto colonial. Esta situação só iria reverter-se depois de 1930, quando a Inglaterra reconheceu o direito sindical no seu império colonial, registando-se de ano para ano uma subida do número de Sindicatos.
Problemas dos Sindicatos africanos
Fragilidade financeira
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– A maior parte dos Trabalhadores ganhava pouco e as despesas familiares absorviam-lhes o pouco quem ganhavam;
– A quotização sindical era baixa para assegurar o correto funcionamento dos sindicatos;
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Instabilidade dos empregos
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– Operários cujo absentismo por muitas razões, minerava a coesão e a força de iniciativa dos sindicatos;
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Falta de preparação técnica e teórica dos sindicatos
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– A maioria dos Trabalhadores não tinha a preparação para dirigir um sindicato;
– Eram sobretudo Mineiros, serventes, descarregadores, ajudantes, etc.
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Criações de sindicatos amarelos pelo patrono
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– O Patronato, para mirar a vida sindical, criou sindicatos conformistas que dividiam as centrais sindicais metropolitanas e internacionais.
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Apesar das dificuldades encontradas, o sindicato desempenhou um papel Progressis-ta, colocando-se nos centros vitais do continente africano.
Os partidos políticos encontraram nos sindicatos Aliados naturais para as lutas anticolo-niais. Como reacção dos colonizadores, os operários sofrem as mais duras opres-sões, sob a forma de despedimentos e detenções, tal como aconteceu aos sindicatos Sibibé e Lazare Culibaly, em 1952.
Acções dos partidos políticos
Depois da 2ª Guerra Mundial, assiste-se me África à proliferação dos partidos políticos, legais ou não. Contributos para o aparecimento dos partidos africanos após 1945:
A nível interno
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– Desejo de autodeterminação e independência;
– Melhoria dos meios de Telecomunicações (telefonia, rádio) e meios de transporte (automóvel) que permitiram difundir a propaganda mais facilmente.
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A nível externo
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– A mudança do Governo na Inglaterra para as mãos do partido trabalhista, defensor anticolonialista;
– Na França, a criação de um governo de coligação a favor da descolonização
– Os partidos políticos desenvolveram-se como resultado dos direitos que foram sendo adquiridos pelos Colonos;
– A maioria dos partidos apoiava nas autoridades tradicionais, pois viam na autoridade do chefe a força mobilizadora das massas. Muitos chegaram mesmo a procurar patrocínio das autoridades tradicionais, apresentando-se em alguns casos chefes como candidatos ou fazendo eleger os seus familiares.
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O papel dos intelectuais
Os intelectuais também lutavam pela afirmações do eu africano. Reivindicavam a au-tenticidade africana de forma Vital. As suas acções foram levadas a cabo através de encontros entre os africanos, fundação de jornais de Africanos e publicação de livros conteúdos anticoloniais.
Alguns títulos dos jornais que defendiam ideias anticoloniais: La Revuedu Monde Noir, Légitime Défense, L´Étudiant Noir.
O intercâmbio com os grupos de intelectuais e de outros quadrantes do mundo abriu Novos Horizontes e trouxe novos questionamentos sobre a legitimidade do colonialismo. Estes serão os principais defensores do pan-africanismo e da negritude.
Depois da 2ª grande guerra, intelectuais personalidade nacionalista assumiram a africanidade compromisso compromisso com a moçambicanidade. Entre eles destacam-se: José Craverinha, Rui de Noronha, Noémia de Sousa, Rui Knopfli e Rui de Nogar.
Acção da Juventude e dos Jovens Instruídos
Numerosos de estudantes africanos vivenciaram na Europa o racismo que feria a sua africanidade. Neste contexto muitos estudantes africanos no estrangeiro começaram a exigir Independência dos seus países e da África em geral.
Diferenças de acolhimentos dos estudantes universitários africanos nas metrópoles
Grã-Bretanha
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– Havia um grande número de estudantes universitários africanos mas não tinham direito a bolsas inglesas.
– Eram financiados pelas suas famílias, igrejas e associações locais;
– Esta falta de ajuda contribui para o crescer da consciência nacionalista.
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França
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– Abriu a porta das suas universidades para o acesso de muitos estudantes como bolseiros dos territórios coloniais;
– Destaca-se a Sorbonne, “que é um dos cadinhos mais prestigiosos do pensamento mais substancial do ocidente” (Ki-Zerbo).
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Portugal e Bélgica
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– Na sua política de “sequestrar para reinar”, os estudantes africanos enviado para europa eram cuidadosamente seleccionados e sempre em número reduzido.
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EUA
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– Na década de 50 tinha no seu território cerca de 700 estudantes africanos em diferentes universidades;
– Foi neste país que cresceram as ideias nacionalistas dos africanos, onde os mesmos se confrontavam com manifestações raciais feriam de maneira viva a sua africanidade.
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Intelectuais africanos que mais contribuíram para os MLN
Personalidade
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País
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Ahmed-Sekou Touré
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Guiné-Conacri
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Kwame Krumah
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Gana
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Amílcar Cabral
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Guiné-Bissau e Cabo Verde
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Julius Nyerere
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Tanganica
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Eduardo Mondlane
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Moçambique
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Estes intelectuais foram os principais dirigentes dos Movimentos de Libertação Nacional (MLN) imbuídos na base das ideias e do espírito panafricanista.
Conclusão
Terminado o trabalho, concluiu-se que a juventude organizada em grupos étnicos ou associações de ex-estudantes também se dedicou à conquista das liberdades civis e dos direitos do Homem. As organizações de juventude serviram como catalisadores do movimento nacionalista anticolonial.
Dá-se grande importância e muito mérito ao esforço demostrado pelos Intelectuais africanos que mais contribuíram para os MLN, é visto que a existência desse “heróis” deu grande ímpeto para fim do nacionalismo.
Por fim, visto embora manifestação sindical em África tendo desenvolvendo-se tardiamente devido à interdição da industrialização na África e no pacto colonial. Esta situação só reverteu-se depois de 1930, quando a Inglaterra reconheceu o direito sindical no seu império colonial.
Bibliografia
- NHAMPURO, Telesfero, CUMBE, Graça, História 11ª classe, Plural Editores, Maputo, 2016
- Aulas de Moz
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