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Classes de palavras

Introdução
A língua portuguesa é um rico objeto de estudo, por apresentar tantas especificidades, é natural que ela fosse dividida em diferentes áreas, o que facilita sua análise. Entre essas áreas, está a Morfologia, que é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente, desconsiderando-se a função que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela Sintaxe. Nos estudos morfológicos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser chamadas de classes de palavras ou classes gramaticais. Assim sendo, neste trabalho visa-se abordar especificamente sobre as classes de palavras.

Classes de palavras
A gramática organiza as palavras nos seguintes grupos: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição; contabilizando um conjunto de dez classes gramaticais (classes de palavras). Esta classificação possui um critério de composição denominado, para alguns gramáticos, de critério morfo-semântico. Um dos fundamentos da organização de palavras em classes está relacionado ao significado extralinguístico que o vocábulo apresenta.
1. ARTIGOS: são as palavra que determinam o substantivo, antecedendo-os: a, as, o, os, um, uns, uma, umas.
2. NUMERAIS: são as palavras que indicam quantidade, ou o lugar que um substantivo ocupa em uma série numérica. Possuem algumas subclassificações: cardinais (um, dois, três...); ordinais (primeiro, segundo, terceiro, quarto...); multiplicativos (dobro, triplo...); fracionários (metade, terço...); coletivos (dezena, dúzia, centena...)
3. PRONOMES: são classificados de acordo com a sua função na frase. Podem ser pronomes adjetivos ou pronomes substantivos. Para estabelecer a diferença, na análise morfológica, verifica-se que os pronomes substantivos são aqueles que surgem isolados na frase, enquanto os pronomes adjetivo aparecem acompanhando os substantivos, caracterizando-os.
Os pronomes podem ser:
  • Pronomes pessoais retos: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
  • Pronomes pessoais oblíquos não-reflexivos átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
  • Pronomes pessoais oblíquos não-reflexivos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, connosco, vós, convosco, eles, elas.
  • Pronome de tratamento: você, senhor, senhora, vossa excelência, etc.
  • Pronomes demonstrativos: este (s), esse (s), aquele (s), esta (s), essa (s), aquela (s), isto, isso, aquilo.
  • Pronomes possessivos: meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa. (todos apresentam formas no plural)
  • Pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, qualquer (todos esses admitem formas femininas e plurais. Os invariáveis: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo.
  • Pronomes interrogativos: que, quem, qual e quanto.
  •         Pronomes relativos: o qual, os quais, cujo (s), quanto (s), a qual, as quais, cuja (s), quantas, quantos, que, quem, onde
Exemplos de usos:
Meus diários são fundamentais na minha história. (pronomes possessivos adjetivos)
Teu rosto me agrada a memória. (pronomes possessivos adjetivos)
Eu contei tudo para que ela não se assustasse depois. (pronomes pessoais)
Quem vai concluir as atividades do dia? (pronome interrogativo)
O problema foi todo resolvido por mim. (pronome oblíquo tônico)
Aquele bairro, o qual tem uma praça muito legal, fica localizado próximo daqui. (pronome demonstrativo; pronome relativo)

4. CONJUNÇÕES: estabelece a relação entre dois termos da oração ou entre duas orações. Elas podem ser:
Aditivas: e; Comprei banana e maçã.
Adversativas: mas, porém, entretanto, contudo, todavia; Fui às compras, mas esqueci o dinheiro.
Alternativas: ou, ora, quer, seja, nem, já; Ou como bolo, ou tomo sorvete.
Conclusivas: logo, pois, por tanto, por conseguinte, por isso, assim; Não conseguiu cumprir com todos os exercícios, portanto precisou estudar até mais tarde.
Explicativas: que, porque, pois, porquanto, etc; Tirou notas boas ao final do semestre porque estudou bastante ao longo das semanas.
Causais: porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, uma vez que, visto que, visto como, etc. Como o almoço demorou a sair, fez sua refeição no restaurante.
Concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc; Foi ao aniversário, embora não tivesse arrumada para festa.
Condicionais: se caso, quando, conquanto que, salvo, se, sem que, desde que, dado que, etc: Desde que as provas sejam aplicadas esta semana, estudarei desde domingo.
Conformativas: conforme, segundo, consoante: Conforme a avaliação do professor, eu sou um ótimo aluno.
Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que, mais, quanto mais, menos, quanto menos, tanto mais, tanto menos, etc: À medida que assistir aulas realizarei os exercícios.
Temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, todas as vezes que, cada vez que, mal que, etc: Todas as vezes que faço compras fico feliz.
Comparativas: assim como, bem como, etc: Assim como o verão, o inverno tem feito bastante calor.
Consecutivas: combinação da conjunção que com as expressões: tal, tanto, tão, tamanho, etc: A bailarina dançava com tanta alegria, que foi premiada no festival.
Integrantes: que, se. Garanto que sou corajosa.

5. SUBSTANTIVOS: é a palavra que nomeia ou designa seres e objetos. Podem ser compostos por apenas uma palavra; simples, ou por mais de uma; composto. São variáveis em gênero, número e grau.
Possui diversas classificações e características dentro de um amplo conjunto de exemplos de substantivos.
Concreto: pessoas, animais, vegetais, lugares, objetos. Exemplos: casa, mesa, caderno, igreja, livro, caneta, pessoa, humanos, etc.
Abstratos: ações, sentimentos, estados, qualidades. Exemplos: alegria, amar, sentir, etc.
Próprios: indivíduos de uma espécie. São grafados com a letra inicial maiúscula. Exemplos: São José dos Campos, Maria, Paris.
Comuns: designam de forma genérica todos os seres de uma espécie: exemplos: país, oceano, mulheres.
Coletivos: conjunto de seres ou objetos da mesma espécie. Exemplos: acervo, alcateia, bando, matilha, etc.

6. ADJETIVOS: é a palavra que caracteriza os seres ou os objetos, indicando qualidade, modo, aspecto, aparência ou estado. São variáveis em gênero, número, e grau.
Exemplos: A casa colorida deu alegria ao condomínio.
As flores perfumadas enfeitam o jardim.
As crianças chatas brincavam e faziam barulho.

7. ADVÉRBIOS: são termos que modificam outros termos tais como o verbo, os próprios advérbios e adjetivos.
Exemplo: Maria correu intensamente para chegar até aqui.
Classificam-se em advérbios de:
Lugar: abaixo, acima, adiante, ali, aqui, etc.
Tempo: agora, ainda, amanhã, antes, breve, depois, cedo, tarde, nunca, etc.
Modo: assim, bem, mau, depressa, melhor, pior, bondosamente, regularmente, etc.
Intensidade: muito, pouco, bastante, bem, demais, quão, tão, etc.
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, quiçá, talvez, etc.
Afirmação: sim, certamente, efetivamente, realmente, etc.
Negação: não.

8. VERBO: palavra variável que indica ação, estado ou fenômeno da natureza. Flexionam em número, pessoa, voz, modo, formas e tempo.
João comeu muito arroz no almoço. (indica ação)
Ontem choveu até alagar a cidade. (fenômeno da natureza)
Os alunos continuam alegres. (indica estado)

9. PREPOSIÇÃO: relaciona dois termos da oração, geralmente, o primeiro termo é explicado ou tem seu sentido completado pelo segundo termo após a preposição.
São Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, etc.

10. INTERJEIÇÃO: é uma expressão que representa uma emoção.
São exemplos de interjeição: ah! Oba! Eba! Bravo! Oxalá! Tomara!
Bravo! Gritava a platéia satisfeita.
Alô! Alô! Alguém responde, por favor.

Conclusão
A classificação das palavras sofreu alterações ao longo do tempo, o que é normal, haja vista que a língua é mutável, isto é, sofre alterações e adaptações de acordo com as necessidades dos falantes. Classificar uma palavra não é tarefa fácil, porém, possível, prova disso é que na língua portuguesa todos os vocábulos estão incluídos dentro de uma das dez classes de palavras. Conhecer a gramática que rege nosso idioma é fundamental para aprimorarmos a comunicação.

Bibliografia
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. – 37. ed. rev., ampl. e atual. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
CUNHA, Celso e CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. – 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
CASTILHO, Ataliba T. de. Nova gramática do português brasileiro. – 1. Ed., 4ª reimpressão – São Paulo: Contexto, 2016

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