Google logo  MAIS PARA BAIXO  Google logo

Ad Unit (Iklan) BIG


Disturbios Alimentares

Introdução
O presente trabalho tem como tema Distúrbios alimentares, na qual iremos defini-lo, descrever principais tipos de distúrbios alimentares, falaremos da vigorexia, anorexia nervosa, bulimia nervosa, suas causas, sintomas, diagnostico, tratamento, prognósticos, possíveis complicações, e suas prevenções. Ao longo do trabalho compreenderemos como lhe dar com pessoas que sofrem destes tipos de distúrbios alimentares, que tipo de aconselhamento deve dar.

Objectivo geral
Compreender os distúrbios alimentares.

Objectivos específicos
Explicar os distúrbios alimentares;
Descrever os tipos de distúrbios alimentares;
Identificar as possíveis causas, seus sinais e sintomas;
Propor algumas sugestões para o seu tratamento.

Metodologia
Para realização deste trabalho usou-se como metodologia a consulta bibliográfica e a internet.

DISTURBIOS ALIMENTARES
Distúrbios alimentares são um conjunto de doenças, em que uma pessoa está tão preocupada com a comida e o seu peso, que muitas das vezes não consegue pensar noutra coisa.
OS distúrbios alimentares tem solução, eles podem ser tratados, quanto mais cedo diagnosticado, tratado melhor, lembrem se que os membros da família ou amigos podem serem úteis, de modo a garantir que a pessoa com distúrbios alimentares receba ajuda.
Principais tipos de distúrbios alimentares:
  • Anorexia nervosa;
  • Bulimia nervosa;
  • Vigorexia

O distúrbio alimentar na adolescência aparece frequentemente mais também, pode se desenvolver na infância ou mais tarde na vida.
Os distúrbios alimentares não deferem em géneros, raças, classe ou idade. Eles podem afectar qualquer um; a maioria das pessoas com D.A são as mulheres, mas os homens também começam a ter D.A dando o caso de Vigorexia. Um distúrbio alimentar pode passar despercebido por um longo período de tempo e geralmente quando é reconhecida quem sofre com a doença nega que tem problema ou distúrbios alimentares.
Estes D.A geralmente coexistem com outras doenças como: depressão, abuso de substancias ou ansiedade e também podem causar vários problemas físicos e até podem ser fatais. 
O tratamento para D.A geralmente envolve psicoterapia, educação nutricional, aconselhamento familiar, medicamentos e hospitalização.

Vigorexia
É um transtorno mental que faz com que as pessoas realizem exercícios físicos de maneira exagerada e nasce da associação com a imagem corporal. De acordo com Vasconcelos (2013), a maior evidência da Vigorexia ocorre no sexo masculino, mas foram encontrados também alguns casos em mulheres. 
Este distúrbio esta presente quando a pessoa tem um desejo absoluto de ter um corpo musculoso, não pensando nas consequências que isso pode trazer, deixando de lado o bem-estar e focando somente nos músculos o que pode causar lesões tanto musculares como articulares.

Causas da vigorexia
O transtorno de imagem causado pela vigorexia é o mesmo de pessoas que sofrem com anorexia, muito comum em modelos. Ainda não se consegue identificar se foi o vício pelo exercício, que tornou a pessoa vigorexica ou se a compulsão por um corpo ideal, ou ainda um transtorno mental que não permite que esse indivíduo tenha a percepção exacta do corpo que já possui e busque cada vez mais ter um corpo maior.
Geralmente as pessoas que sofrem desse transtorno tem dificuldade de se enquadrar nos padrões de beleza e procuram aceitação na sociedade através de um corpo exageradamente musculoso.
Sintomas
  • Distorção da auto-imagem. 
  • Dores musculares constantes.
  • Lesões articulares e musculares.
  • Uso de anabolizantes (injecções).
  • Dieta hiper-proteica.
  • Cansaço
  • Irritabilidade.

  • Insatisfação.
  • Depressão.


Tratamento
O tratamento da vigorexia é multidisciplinar com o nutricionista, endocrinologia, psicólogo, e ainda fisioterapeuta e ortopedista no caso de haver lesões musculares ou articulares provocados por treinos. O tratamento tem como objectivo fazer com que a pessoa aceite o seu corpo da maneira como ele é.

Anorexia Nervosa
A anorexia nervosa (AN) é uma doença do comportamento alimentar caracterizada por uma restrição alimentar severa e voluntária que conduz a uma perda de peso acentuada.
Actualmente, calcula-se que AN afecta cerca de 0,5% da população mundial, sendo a maioria dos pacientes do sexo feminino. Verifica-se uma maior incidência na população caucasiana, destacando-se os adolescentes e jovens adultos do sexo feminino na faixa etária dos 15-24 anos.
Segundo Sá (2012), a fisiopatologia da AN ainda não está completamente determinada, mas parece envolver diversos factores genéticos, neurobiológicos, familiares, sociais e culturais. Apesar de ser considerada uma doença típica dos distúrbios alimentares e insatisfação corporal, são comuns nas populações afro-americanas, asiáticas e hispânicas. 
Os factores de risco da anorexia, incluem pertencer a classe média alta, ser mulher e participar em actividades que valorizam a magreza como o ballet, a ginástica e a moda.
Este índice elevado é justificado pelas múltiplas complicações médicas causadas pelo estado grave de desnutrição do indivíduo, bem como pela fome e suicídio. Contudo, a maioria destas complicações podem ser reversíveis se procedermos atempadamente à recuperação do peso e do estado nutricional do doente.

Características e Diagnóstico da Anorexia Nervosa
O comportamento alimentar dos pacientes que apresentam AN caracteriza-se por uma restrição alimentar activa e voluntária, apoiada por um desejo de ser cada vez mais magro.
Segundo Sá (2012), os anorécticos têm também receio de aumentar a sua massa adiposa e que esta se deposite na região abdominal. A AN pode ser diagnosticada de acordo com os seguintes parâmetros: 

  • Recusa em manter um peso igual ou superior ao recomendado para a sua idade, sexo, altura e estado de crescimento ( < a 85% do peso adequado ou Índice de Massa Corporal < 17,5Kg/m²).


  • Medo intenso de ganhar peso ou ficar obeso, apesar de apresentar um estado ponderal abaixo do aconselhável.
  • Distúrbio na percepção do peso ou da silhueta do seu próprio corpo, influência excessiva do peso ou estrutura corporal na sua auto-estima, ou negação da gravidade da sua magreza.
  • Nas mulheres e adolescentes pós-menarcas, presença de amenorreia, ou seja, ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos.


Contudo o quarto parâmetro de diagnóstico é muitas vezes posto em causa uma vez que ele não se pode aplicar a raparigas pré-menarcas, a mulheres pós-menopausa, a mulheres que utilizam tratamentos e/ou contraceptivos hormonais e a homens.

Tipos de Anorexia
Segundo Sá (2012), existem dois tipos de anorexia nervosa: 

  • Tipo restritivo: o anoréctico não apresenta, de maneira regular, episódios de binge-eating (consumo compulsivo e excessivo de alimentos) ou comportamentos purgativos (provocação do vómito ou utilização de laxantes, diuréticos ou enemas). Há uma restrição alimentar severa, e um controlo apertado dos alimentos e quantidades ingeridas, estando muitas vezes associada a uma hiperatividade física e/ou híper-investimento intelectual. É o tipo de AN mais comum, representando 70% dos casos. 


  • Tipo binge-eating e/ou purgativo: o doente demonstra frequentemente, episódios de ingestão descontrolada de alimentos e/ou recorre a vómitos e laxantes. Pode existir também uma hiperactividade física e/ou intelectual. Estes comportamentos demonstram uma atitude compensatória, evidenciando a sua ligação com a bulimia nervosa.


Sinais e sintomas da anorexia
A AN manifesta-se por alterações físicas, muitas das quais são consideradas secundárias aos padrões inadequados da alimentação e ao baixo peso corporal.
  • É visível uma extrema sensibilidade ao frio, lanugem (pelos finos e macios) no dorso, nos membros superiores e nas porções laterais do rosto e queda de cabelo.
  • A pele apresenta-se seca e pode estar amarela.
  • São observadas lesões nos dedos (principalmente no indicador e médio) e canto dos lábios e o esmalte dos dentes incisivos pode estar desgastado, dando um aspecto côncavo e amarelado e incitando a ocorrência de cáries.
  • Astenia, inquietação, perca de sono na madrugada e tonturas quando ficam em pé.
  • Significativa perda de peso ou má progressão ponderal, sem causa médica aparente;
  • Atraso no desenvolvimento pubertário;
  • Baixa quantidade de alimentos ingeridos;
  • Restringir a dieta a produtos alimentares magros e de baixo valor calórico;
  • Comportamentos ritualizados à refeição (por exemplo, cortar a comida em pedaços muito pequenos);
  • Desculpas frequentes para não comer ou para o fazer isoladamente;
  • Não assumir a fome;
  • Uso de distracções para a fome (ex. pastilhas elásticas, bebidas light);
  • Não terminar as refeições e esconder a comida

Muitas das alterações vitais que ocorrem na AN são devidas ao estado hipo-metabólico do doente, que conduz a uma diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca. Esta patologia está intimamente ligada a complicações cardiovasculares, havendo o risco de uma paragem cardiorespiratória súbita.

Tratamento da anorexia
Antes de proceder-se ao processo de reabilitação é essencial realizar uma análise global do paciente, associando uma avaliação clínica, nutricional e psicológica, incluindo também a dinâmica familiar e social. Isto permite determinar a gravidade e o tipo de abordagem terapêutica a desenvolver por parte da equipa clínica, devendo ser repetida de acordo com a evolução do paciente. Esta avaliação inclui: 

  • Exame físico - estado da pele, pelos e cabelo, existência de edemas periféricos e estado muscular; 


  • Osteodensitometria – especialmente nos pacientes que apresentam amenorreia, de forma a detetar osteopenia e osteoporose; 


  • Avaliação bioquímica - alanina aminotransferase, fenilalanina amonia-liase, tiamina pirofosfato, ureia, creatinina, depuração de creatinina, albumina, pré-albumina, hemograma, electrólitos, magnésio, cálcio, fósforo, glicose, proteína reativa e medição da FSH, LH, TSH e prolactina para avaliar a causa da amenorreia; 


  • Exame digestivo – glândulas salivares, trato gastrointestinal, nomeadamente o trânsito; 


  • Exame psiquiátrico – antecedentes e estado psicológico actual, relacionamento familiar, relacionamento social, estado emocional; 


  • História ponderal – peso actual, peso mínimo e máximo atingido, altura, IMC e cinética e duração da perda de peso;  
  • História do distúrbio - avaliação da ingestão alimentar, comportamento na restrição alimentar, condutas purgativas associadas, consumo de substâncias viciantes e actividade física; 


  • Patologias associadas conhecidas e medicação – diabetes, patologias tiroideias, digestivas e metabólicas.


Mas, não é apenas o paciente a necessitar de ajuda, a família também carece de uma terapia, a chamada terapia familiar. O objectivo desta terapia é despreocupar a família em relação à alimentação tida pelo paciente e mentalizar os pais de que o tratamento da anorexia é um processo longo e complexo.

Bulimia
É um distúrbio alimentar no qual uma pessoa oscila entre a ingestão exagerada de alimentos, com sentimentos de perda de controlo sobre a alimentação episódios de vómitos ou abuso de laxante para impedir o ganho de peso.
Pessoas com bulimia estão sempre preocupadas com aparência, principalmente com o peso. Dessa forma a bulimia é um distúrbio de imagem, no qual o paciente, não consegue aceitar o seu corpo da forma como ele é, ou tem impressão do que está acima do peso em níveis acima da realidade.
Causas da bulimia
A causa exacta da bulimia ainda é desconhecida. Trata-se de um transtorno de alimentação e por isso muitos factores podem estar envolvidos nos motivos que levam a sua ocorrência.
A influência exercida pela mídia sobre comportamento e o padrão de beleza das pessoas também pode estar entre as possíveis causas da bulimia. O culto do corpo magro e desprezo das pessoas acima do peso pregada pela indústria da beleza e da moda, aparentemente, levam milhões de pessoas em todo mundo apresentar quadro da bulimia. Pode levar a um quadro de ansiedade, que faz a pessoa buscar maneiras bruscas de perder o peso rapidamente, ao mesmo tempo que busca conforto na comida.

Factores de risco
Factores genéticos, psicológicos, traumáticos, familiares, sociais ou culturais, podem contribuir para o seu desenvolvimento. 
A bulimia afecta mais mulheres do que homens e é mais comum em mulheres adolescentes e jovens adultos.

Sintomas da bulimia 
  • Preocupação excessiva com peso e silhueta;
  • Ter medo de ganhar peso;
  • Perder controlo sobre o que come;
  • Comer em excesso até sentir desconforto ou dor. 
  • Ir ao banheiro imediatamente após as refeições;
  • Forçar o vómito após comer;
  • Fazer uso de diuréticos e laxantes após comer e usar suplementos diários para perder o peso.


Diagnóstico da bulimia
Devera realizar um exame físico completo do paciente, e pedir para que ele faça um exame de fezes e urina e também deve ser feita avaliação psicológica do paciente uma vez que a bulimia é um distúrbio alimentar muitas vezes relacionadas ao psicológico.
Tratamento da bulimia
O tratamento depende da gravidade da bulimia; a terapia cognitiva comportamental e terapia nutricional são os melhores tratamentos para a bulimia que não responde a grupos de apoio, e também o uso de anti-depressivos. O processo é doloroso e exige um tratamento ardo da parte do paciente e da sua família. Os medicamentos mais usados para o tratamento da bulimia são daforim, fluoxetina. 

Prognostico
A bulimia é uma doença de difícil recuperação mas a cura é possível. Paciente com bulimia deve levar em conta durante o tratamento:
  • Uma dieta saudável, devidamente orientada por um especialista;
  • Ter paciência consigo mesmo;
  • Seguir sempre as orientações dos médicos;
  • Procurar ajuda medica em casos de recaídas;
  • Frequentar grupos de apoio e saída das consequências que podem ser geradas.

Complicações possíveis
  • Constipação;
  • Desidratação;
  • Carie;
  • Desequilíbrios electrolíticos;
  • Hemorróides;
  • Inflamação na garganta;
  • Rasgos no esófago devido ao excesso de vómitos.


Prevenção
Cultive sempre a ideia de um corpo saudável com os seus filhos independentemente da silhueta ou do peso. Converse com o pediatra dos seus filhos, eles podem notar desde cedo algumas indicações de distúrbios alimentares e as melhores maneiras de evitar que eles se desenvolvam.
Converse com um médico também se souber de algum parente da família que já teve ou tem algum tipo de distúrbio alimentar. A pessoa pode ajudar a aprender desde cedo a lidar com a questão e a impedir que o problema evolua.

Conclusão
Neste trabalho pudemos compreender que os Distúrbios alimentares são o tipo de doenças que afecta nosso estado psicológico, físico e social, e esses distúrbios não tem raça nem género por isso pode afectar qualquer um. As doenças associadas ao Distúrbio alimentar são patologias muito perigosas que podem deixar o doente em grave estado de saúde que ate podem ser fatais, e ainda vimos que essas doenças coexistem com outras que podem ser a depressão ou ansiedade. E ao percorrer do trabalho também observou-se que a família é muito importante no tratamento dessas doenças porque além do doente fazer a terapia a família também deve faze-lo para conseguir lidar com o problema do doente.

Referências bibliográficas
Sá de M. 2012. Anorexia nervosa: definição, diagnostico e tratamento. Brasil
Vasconcelos J. 2013. Vigorexia: Quando a busca por um corpo musculoso se torna patológica. Brasil.


Artigos relacionados

Enviar um comentário


Iscreva-se para receber novidades