Introdução
O Japão é mundialmente conhecido por sua alta tecnologia e sua capacidade de recuperar-se de crises econômicas, guerras e catástrofes ambientais. Um dos grandes feitos dos japoneses foi conseguir estabelecer um equilíbrio na economia do país logo após a Segunda Guerra Mundial, para isso utilizaram o Modelo Japonês de Administração ou até mais conhecido o Sistema Toyota de Produção, que objetivava a qualidade dos produtos reduzindo os estoques e custos. O Sistema Toyota de Produção é uma combinação dos princípios e técnicas de qualidade total, da administração científica e das tradições culturais japonesas.
Portanto, esta abordagem visa debruçar essencialmente sobre o tema que diz respeito ao modelo Japonês de Administração, onde ao longo desta falar-se-á também da escola japonesa de administração e da operacionalização do modelo japonês de administração em empresas o ocidente.
Modelo Japonês de Administração
As interpretações sobre a Administração Japonesa com maior impacto na literatura são as dos citados Abegglen, Yoshino e Ouchi. Podemos afirmar que grande parte dos textos sobre a Administração Japonesa copiou, simplificou, mutilou e mentiu, utilizando-se desses textos. Yoshino, por exemplo, fez um estudo sobre a ideologia empresarial japonesa, mas um capítulo de seu livro, sobre a decisão grupai, foi destacado dentro da moda de administração participativa como um modelo a ser seguido, tornando Yoshino um autor da decisão grupai japonesa.
Devemos deixar claro que a bibliografia, na sua maioria, ocupa-se de interpretações sobre o que seria a Administração Japonesa, mas passa sempre a ideia de ser aquele modelo apresentado a própria realidade japonesa, tornando-se um conjunto de mitos ou boatos sobre o Japão. Estudos sem bases empíricas, feitos a partir de viagens turísticas sem nenhum preparo relativo à história e cultura do Japão, são apresentados como a expressão do que realmente acontece no Japão.
Alguns estudos, contudo, são tentativas honestas de sintetizar as características básicas de um modelo da Administração Japonesa, com base em trabalhos empíricos ou em uma reflexão cuidadosa sobre o material existente, objetivando conhecer mais sobre o fenômeno organizacional e sua aplicação a outras situações.
Pode-se citar: Pascale e Athos, que vêem a Administração Japonesa como um caso particular dentro do modelo dos Sete Es, contrastando exemplos norte-americanos e japoneses de excelência empresarial; Ishida, que visitou subsidiárias de empresas japonesas no mundo todo; Vogel, que ainda hoje escreve e pesquisa sobre o Japão e suas empresas; Dore, que comparou empresas britânicas com japonesas utilizando um referencial de Burns e Stalker (Administração da Inovação) e Kagono e outros que, dentro desse mesmo referencial tecnológico, analisam empresas japonesas.
Enquanto modelos que levantam e organizam a bibliografia temos: Dunphy, Negandhi e outros, Keys e Miller, Hatvany e Puick.
O modelo da Administração Japonesa, ao apresentar a possibilidade de haver grande produtividade com a harmonia junto aos trabalhadores, gerou algumas reações críticas ou negativas ao modelo como um todo, ou a alguns de seus elementos, como o do poder nas organizações.
Escola Japonesa de Administração
Na metade do século passado surgiu no Japão um novo modelo de gestão que propunha melhorar as técnicas e preposições ocidentais. Este novo modelo se desenvolveu sobre o Sistema Toyota de Produção que com a difusão de suas ideias tornou-se um dos principais pilares que sustentam a competitividade da economia global.
Esse novo sistema de produção foi criado por Eiji Toyoda e Taiiichi Ohno baseia-se no trabalho dos pioneiros da administração como Frederick Taylor e Henry Ford e na cultura japonesa.
Os principais princípios deste modelo são a eliminação de desperdícios, produção flexível e a fabricação com qualidade. Para que esse novo sistema tivesse êxito era preciso promover uma administração participativa que se promove a participação dos funcionários no processo decisório.
O Sistema Toyota de Produção foi concebido quando Eiji Toyoda e Taiiichi Ohno visitaram a Ford nos Estados Unidos e concluíram que o modelo de produção continua da Ford era na realidade um modelo que pregava o desperdício de recursos materiais, espaço, tempo e esforço humano. Os visitantes observaram que existiam fábricas gigantescas, muito material em estoque, espaços vazios e pessoas com tarefas limitadas.
1. Eliminações De Desperdícios
O que Toyota e Ohon visavam e observavam como precaução na fábrica para perda de dinheiro, era o desperdício. Para eles a melhor forma de conseguir o máximo de produtividade com lucro certo e enfrentar os diversos fatores da instabilidade, era eliminação do mesmo: O Desperdício.
Os desperdícios foram classificados pelos japoneses como sete tipos principais:
1) Tempo perdido em conserto ou refugo;
2) Produção além do volume necessário, ou antes, do necessário;
3) Operações desnecessárias no processo de manufatura;
4) Transporte;
5) Estoque;
6) Movimento humano;
7) Espera.
O Sistema Toyota de Produção tem como elemento básico o sistema de produção elaborado por Ford porem os japoneses o tornaram mais racional e econômico e para isso o foco passou a ser a eliminação do desperdício, ou seja, eliminar tudo aquilo que não agrega valor ao produto. Por esse motivo esse tipo de sistema de produção é conhecido como “Sistema Enxuto”
As principais ideias usadas neste sistema de produção para eliminar desperdícios são:
1) Racionalização da força de trabalho – Para que o trabalho seja racionalizado é preciso que se trabalhe em equipe. O líder deve trabalhar com a equipe ao mesmo tempo que coordena o grupo e a equipe tem a tarefa de fazer pequenas manutenções em equipamentos, consertos de baixa complexidade e devem auxiliar no controle de qualidade.
2) Just in time – O método Just in time (bem na hora) procura reduzir ao mínimo os estoques e tem como objetivo fazer com os materiais sejam empregados no momento exato em que vão ser utilizados na linha de produção.
3) É um sistema que utiliza um cartão chamado de Kanban para registrar a movimentação de materiais onde cada entrega é registrada nesse cartão permitindo assim controlar itens de acordo com que vão sendo consumidos, fazendo com que não haja abastecimento de materiais antes do tempo necessário e nem acúmulos de estoques.
4) Produção flexível – Este sistema de produção permite que os produtos sejam feitos em pequenos lotes alterando para isso os moldes que são colocados nas máquinas de produção. Para se ter uma ideia a Toyota treinou seus funcionários para que eles efetuem essa troca em apena 3 minutos.
Uma das principais características deste modelo de gestão é a fabricação com qualidade. Os pilares fundamentais do Sistema Toyota é que todo trabalhador deve fazer certo da primeira vez, identificar e corrigir os erros em suas causas fundamentais, sendo que o trabalhador tem o poder de interromper a linha de produção caso ele encontre um problema que não consiga resolver. Caso a parada da produção seja necessária cada erro deve ser analisado até se chegar a sua causa raiz. Um método interessante que é utilizado para essa análise é perguntar sucessivamente “ por quê? ” até se chegar a causa fundamental do problema ou a Causa Raiz, essa técnica é chamada de “ 5 Whys” e visa encontrar uma contramedida para corrigir um problema.
Outra característica desse sistema é que existe nas empresas que adotam esse sistema a ideia de Círculos de Controle de Qualidade (CCQ) que são grupos compostos por trabalhadores que se reúnem para estudar e propor soluções de problemas que estejam comprometendo a qualidade e eficiência dos produtos. Esses círculos são entendidos também como uma técnica de gestão participativa.
2. Fabricação Com Qualidade
O Primeiro pais a adquirir o gerenciamento da qualidade dos seus serviços e produtos foi o Japão o (GQT) que em português significa Gestão da Qualidade Total.que deu surgimento no tempo do toytismos no Japão onde aplicou na organização novas técnicas para consegui r estabiliza e economizar no pós-guerra, pois os japoneses devido os efeitos de bombas da Segunda Guerra Mundial, estavam todos destruídos moralmente e fisicamente.
Surgi à produção em massa com o passar do tempo, as indústrias devido ao nível de exigência dos clientes e consumidores. Com isso as organizações obtiveram reorientações para resolução dos problemas em busca da perfeição dos produtos.
A gestão de qualidade em uma instituição está em busca de total sucesso e eficiência, e a valorização e satisfação do cliente sempre em primeiro lugar, uma das características mais importante da Qualidade de serviços do toyotismo é a flexibilidade da produção para a demanda do mercado que cada vez mais fica exigente.
As indústrias japonesas investem cada vez mais na qualificação dos seus funcionários para que eles obtenham melhores desempenhos, disponibilizando para os seus colaboradores cursos, palestras e treinamentos para todas as áreas das empresas buscou esse aperfeiçoamento em todos desde o departamento de Recursos Humanos ate o chão de fábrica.
Para qualquer empresa que almeja grandes lucros e clientes fieis e essencial que a empresa tenha uma ótima gestão de qualidade e sem sombra de duvidadas fabricarem produtos de acordo da necessidade e gosto do cliente.
As empresas passaram a ter ajustes para conquistar e se manter no mercado, pois devido a esses ajustes surgiu a padronização do controle de qualidade TQC (Total Quality Control – controle de qualidade total) que hoje e conhecida como ISO que tem como objetivo em inovação dos controles anteriores.
• Busca na melhoria na valorização e respeito do trabalhador;
• No Japão um dia de trabalho não poderia passa se não houvesse melhoria em qualquer parte da empresa eles tinham isso como principal filosofia;
• Integração com todos os funcionários de todos os setores para manter um ambiente saudável e menos desagradável e discriminatório entre os colaboradores da empresa;
• A satisfação do Cliente era o principal objetivo em todo o processo desde a produção á vendas.
O objetivo principal é identificar a correção dos defeitos e suas causa e consequentemente em busca estornar as causas de cada defeito. E se subdivide em três componentes:
Fazer certo sempre na primeira vez: Isso torna o operário a principal peça para o controle de qualidade, pois ele que vai inspecionara confecção dos seus produtos
Consertar os erros em suas fundamentais causas: Os funcionários receberam a liberdade da Toyota para pararem a fábrica quando encontrassem problemas que não conseguissem resolver, mas, no entanto os colaboradores teriam que analisar sistematicamente e cada processo do erro e ter sem pré na mente a pergunta – POR QUÊ? E com isso a quantidade de ocorrência de erros diminuiu bastante.
O círculo da Qualidade: E uma criação feita por Kaoro Ishikawa que desenvolveu essa ideia em um grupo de voluntário de uma mesma área de trabalho que diariamente sentam para se reunir para propor soluções de problemas que estão comprometendo a qualidade e essa ideia vem dando certo, pois varias empresas ao redor do mundo vem aderindo esse método que está dando certo e ajudando na produtividade na racionalização dos processos nas reclamações dos clientes entre outros.
Operacionalização do modelo Japonês de administração em empresas do ocidente
O modelo de administração japonesa se desenvolveu sobre as bases do famoso Sistema Toyota de Produção, que surgiu no Japão, na fábrica de automóveis Toyota, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ao final da década de 50, o modelo começou a ser bastante aplicado nas organizações ao redor do mundo, principalmente pelas empresas ocidentais, tornando-se um dos principais pilares que sustentam a competitividade na economia global, O Sistema Toyota de Produção objetiva aumentar a eficiência e eficácia, e a produtividade, evitando desperdícios, eliminando as não conformidades e os principais problemas industriais como a superprodução, gargalos, ou inventário desnecessário.
Até meados dos anos de 1970 o modelo de administração americano reinava soberano como referência para as empresas do mundo inteiro. Da administração japonesa, o único aspecto conhecido era o ciclo de controle de qualidade. Porém, como os seus produtos tinham alta qualidade com preços menores, as características de administração do Japão passaram a ser alvos de pesquisas.
Uma década depois, o interesse pelo modo de administração japonês se intensificou quando empresas japonesas começaram a se instalar nos Estados
Unidos e na Europa, pois as empresas locais se espantavam com a superioridade dos métodos de produção. Eles logo estranharam o processo decisório, o just in time e a indistinção de posições hierárquicas.
As empresas ocidentais começaram a se sentir pressionadas pela competição com as empresas japonesas. Não levou muito tempo para o modelo japonês se tornar o padrão mundial.
O Sistema Toyota de Produção com toda sua herança histórica e filosófica, revolucionou o cenário econômico mundial. Q Modelo Japonês de administração apresentado por ele concede uma singularidade ao programa produtivo das organizações, maximizando a produção de uma forma que, se bem aplicada, aumenta consideravelmente os lucros da empresa. Q Sistema Toyota de Produção visa principalmente a qualidade superior da linha de produção, sem aumentar necessariamente os custos da mesma, surgindo como um agregado de técnicas essenciais a boa administração.
Conclusão
Terminada a abordagem, nota-se que é possível destacar progressos diversos progressos ao executar os modelos de administração japonesas mencionadas nesta abordagem, o primeiro deles é o crescimento do envolvimento dos funcionários com o cotidiano da empresa. Eles estarão mais interessados em encontrar maneiras de melhorar, pois estarão sendo chamados e incentivados para esse objetivo. Isso também contribui para estimular entregas com mais qualidade e até criatividade. Além disso, motiva a autoconfiança e o desenvolvimento das capacidades e habilidades individuais.
Outra vantagem é mais relacionada aos resultados da corporação. A redução de custos ao evitar desperdícios e otimizar os processos e as entregas de sucesso fazem com os resultados sejam cada vez melhores.
Mais um benefício importante é a imagem que o cliente cria da empresa. Uma organização preocupada em aprimorar processos, envolver os funcionários e ouvir os clientes irá criar e sustentar um relacionamento duradouro e importante com o cliente. Mais do que simplesmente comprar o produto ou serviço, o cliente deve ser um adorador da marca e fazer propaganda positiva dela por onde for.
O modelo japonês se tornou importante quando o mundo ocidental percebeu que os japoneses estavam ganhando mercado por oferecer produtos mais baratos e com maior qualidade. Em suma, a receita é simples, eliminação de desperdício e trabalho em grupo.
Bibliografia
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• PACE, João Henrique. O Kanban na prática. Rio dejaneiroQualitymark.. 2003.
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• SCHWARTZ, Gilson. Japão de olhos abertos: evolução financeira e políticas econômicas na era moderna. São Paulo, Nobel, 1990. 153p.
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