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Ténia

Introdução
A teníase é uma parasitose causada pela presença do verme Tênia, também conhecido como solitária, no intestino delgado, podendo dificultar a absorção dos nutrientes dos alimentos e provocar sintomas como enjoos, diarreia, perda de peso ou dor abdominal, por exemplo. Ela é transmitida pela ingestão de carne de boi ou de porco crua ou mal cozida, que está contaminada com o parasita. Entretanto, nesta pesquisa, visa-se abordar sobre a ténia. Ao longo desta, irá-se falar sobre o seu ciclo, sintomas, tratamento e muitos outros aspectos inerentes à doença.

Tênia
A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium (do porco) e Taenia saginata (do boi). Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado.
As tênias também são chamadas de "solitárias", porque na maioria dos casos o portador traz apenas um verme adulto.
São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas com estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de ovos.
O homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu intestino, sendo portanto o hospedeiro definitivo. Os últimos anéis ou proglótides são hermafroditas e aptos à fecundação. Geralmente, os espermatozoides de um anel fecundam os óvulos de outro segmento, no mesmo animal.
A quantidade de ovos produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada proglote), sendo uma garantia para a perpetuação e propagação da espécie. Os anéis grávidos se desprendem periodicamente e caem com as fezes.
O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sanguínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula.
Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas, liberando o escólex, que se everte e fixa-se nas paredes intestinais através dos ganchos e ventosas.
O homem com tais características desenvolve a teníase, isto é, está com o helminte no estado adulto e é o seu hospedeiro definitivo.
Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma ervilha. Na linguagem popular, são chamados de "pipoquinhas" ou "canjiquinhas".

Classificação científica 
Reino: Animalia
Filo: Platyhelminthes
Classe: Cestoda
Ordem: Cyclophyllidea
Família: Taeniidae
Gênero: Taenia 

Ciclo da Teníase
Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode ingerir cisticercos (lasvas de tênia).
No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta.
Proglotes maduras, contendo testículos e ovários, reproduzem-se entre si e originam proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas desprendem-se unidas em grupos de 2 a 6 e são liberados durante ou após as evacuações.
No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede cerca de 30 mm de diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é conhecido como oncosfera. Espalham-se pelo meio e podem ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário.
No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e caem no sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema nervoso e coração.
Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva contém escólex e um curto pescoço, tudo envolto por uma vesícula protetora.
Por autoinfestação, os ovos passam para a corrente sanguínea, desenvolvem-se em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando uma doença, a cisticercose, que pode ser fatal.

Ciclo de vida de tênias de porco, vaca e peixe
As tênias dos porcos, vacas e peixes são vermes grandes e achatados que vivem no intestino e podem crescer entre 4,5 m e 9 m em comprimento. (As pessoas são consideradas o hospedeiro definitivo, pois as tênias se acasalam nelas). Os segmentos portadores de ovos do verme (proglótides) são expelidos nas fezes.
Se dejetos humanos não tratados forem liberados no ambiente, os ovos podem ser ingeridos por hospedeiros intermediários, como porcos, gado ou, no caso da tênia dos peixes, pequenos crustáceos de água doce, os quais, por sua vez, são ingeridos pelos peixes. Os ovos maturam para sair larvas no hospedeiro intermediário. As larvas invadem a parede intestinal e são levadas pela corrente sanguínea até os músculos esqueléticos e outros tecidos, onde formam cistos.
As pessoas adquirem o parasita ao comer os cistos em carnes e certos tipos de peixes que estejam crus ou pouco cozidos. Os cistos eclodem e se desenvolvem em vermes adultos, que se alojam na parede intestinal. A partir daí, os vermes crescem em comprimento e começam a produzir ovos.

Sintomas da teníase
Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais como alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjoos, diarreias frequentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.
A maioria dos pacientes com teníase não apresenta sintomas relevantes. Quando eles surgem, são mais comuns nos casos de Taenia saginata. Dor abdominal, náuseas, diarreia, perda de peso ou prisão de ventre são os sintomas de teníase mais frequentes. As crianças costumam ser mais sintomáticas que os adultos.

Proglote expelida espontaneamente
Alguns pacientes parasitados podem passar anos sem saber que estão com solitária, até que, um dia, notam a presença das proglotes nas suas fezes. Essas proglotes têm movimento próprio e podem também sair espontaneamente pelo ânus, sem ser durante a evacuação, indo se alojar na roupa interior.
Uma das complicações da teníase é a apendicite, que pode surgir caso uma dessas proglotes que se desprendem da tênia acabe ficando presa dentro do apêndice. Da mesma forma, o ducto biliar também pode ficar obstruído.

Profilaxia e Tratamento
A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinhar bem as carnes e na fiscalização da carne e seus derivados (linguiça, salame, chouriço, etc.).
Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc. O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes.

Tratamento da teníase e da cisticercose
As opções de tratamento para a teníase incluem:
Mebendazol: 200 mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, por via oral.
Praziquantel, dose única, 5 a 10 mg/kg de peso corporal, por via oral.
Albendazol, 400 mg/dia, durante 3 dias, por via oral (leia: BULA SIMPLIFICADA DO ALBENDAZOL).
Niclosamida, 2 gramas adulto e 1 grama para crianças, em dose única por via oral.
Nitazoxanida, 500 mg 2 vezes ao dia, por 3 dias, por via oral (leia: ANNITA – NITAZOXANIDA – Posologia, Indicações e Efeitos Adversos).
Após o tratamento, pedaços da tênia podem permanecer sendo eliminados por vários dias.  Após 3 meses, sugere-se novo exame parasitológico de fezes para confirmar a ausência de ovos nas fezes.

Conclusão
Terminado trabalho, concluiu-se que as tênias causam infecção intestinal em humanos quando a larva cisticercoide imatura se fixa à mucosa intestinal usando os escólices, e crescem pela produção de segmentos proglotes. Certos cestódios também podem causar infecções extraintestinais. Ovos ingeridos eclodem nos intestinos e as larvas migram para os tecidos extraintestinais, onde elas encistam. Cistos decorrentes de Taenia solium no sistema nervoso central são relatados como neurocisticercose, e cistos em outros locais são chamados de cisticercose. Cistos decorrentes de Echinococcus granulosus são relatados como equinococose cística ou cistos hidáticos, e cistos decorrentes de E multilocularis são relatados como equinococose alveolar.

Bibliografia
1. COELHO, Carlos. CARVALHO, Aldo Rosa. Manual de Parasitologia Humana. 2. ed. Canoas: Ulbra, 2005.
2. RAW, Isaias. et al. A Biologia e o Homem. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001
3. SOARES. Irene. Teníase, Cisticercose, Himenolepíase e Hidatidose. São Paulo: FCF/USP, 2005.
4. UNESP - Botucatu. «Teníase e cisticercose». Consultado em 20 de agosto de 2009

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