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Teoria de aprendizagem

Introdução 
Construtivismo é uma das correntes empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do principio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o individuo e o meio (Carretero, 2002). A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento de forma cada vez mais elaborada (Taille, Oliveira e Dantas, 1992). Dessa forma pode-se dizer que o conhecimento consiste numa reestruturação de saberes anteriores, mais que na substituição de conceitos por outros. A passagem de uma didática centrada na transmissão do conhecimento para outra baseada na sua construção não nasce de um dia para outro. 

Teoria de aprendizagem 
Denominam-se teorias da aprendizagem, em Psicologia e em Educação, aos diversos modelos que visam explicar o processo de aprendizagem pelos indivíduos.
Embora desde a Grécia antiga se hajam formulado diversas teorias sobre a aprendizagem, as de maior destaque na educação contemporânea são a de Jean Piaget e a de Lev Vygotsky.

Factores que influenciam a aprendizagem
 Uma das preocupações que o formador deve ter quando planifica sessões de formação, é criar situações que favoreçam a aprendizagem, tendo em conta três variáveis: 
  • O que vai ensinar (objectivos/domínios da aprendizagem);
  • Como ensinar (estratégias);
  • A quem ensinar (público alvo).

 Existem factores internos e externos ao próprio indivíduo, que podem facilitar ou inibir o processo da aprendizagem. 
 Alguns destes factores estão relacionados com características das pessoas a quem se destina a formação. 
 O público alvo da formação profissional é, normalmente, constituído por adultos, o que implica procedimentos necessariamente diferenciados, na medida em que a aprendizagem adulta é substancialmente diferente da aprendizagem da criança e, por isso, o formador não pode ter o mesmo tipo de abordagem perante estes dois públicos distintos. 
 A investigação em Pedagogia de Adultos tem vindo a demonstrar que, ao contrário da crença generalizada de que "Burro velho não aprende línguas", os adultos aprendem também com facilidade desde que motivados e activos. As diversas metodologias de «transmissão» de informação numa situação de ensino/aprendizagem possuem resultados distintos na aprendizagem de adultos. 
As diferenças entre as crianças e os adultos implicam alguns cuidados, que o formador deve ter, para evitar situações de insucesso e frustração, pois os adultos possuem uma fraca resistência ao fracasso em situações de ensino-aprendizagem. Possuem uma dada experiência de vida, crenças e valores acerca do mundo e dos outros, e pôr em causa os seus desempenhos, é pô-los em causa a eles enquanto pessoas. Tanto as crianças como os adultos esquecem facilmente aquilo que ouvem, ou que lêem. Mais ainda, após os 30 anos de idade, as nossas capacidades de memorização decaem. Obrigar adultos a dependerem essencialmente da memória, auditiva ou visual, é fazer uma opção pedagógica incorrecta. 
 Os indivíduos em formação compreendem aquilo que está a ser dito; mais tarde, serío confrontados com a surpresa desagradável de não conseguirem reproduzir essa mesma informação. Este facto, ao ser interpretado como falta de capacidades para aprender, poderá conduzir a uma perda de autoconfiança, a frustração e desmotivação face a futuras aprendizagens. 
 Assim, para que a prática pedagógica conduza ao sucesso da aprendizagem, o formador deve ter em conta o seguinte: 
o nível de dificuldade das actividades propostas, deve estar ao alcance de todos;
o formador deve garantir a resolução mínima dos exercícios por todos os participantes;
as correcções necessárias não devem assumir a forma de crítica destrutiva, mas devem ser feitas em forma de sugestão, ou de incentivo ao debate, conduzindo à auto-descoberta e à auto-transformação;
é muito importante a informação sobre os resultados obtidos e reforçar positivamente (reduz a insegurança).
 Outro tipo de factores que podem condicionar a aprendizagem são os internos ao próprio indivíduo, que fazem parte quer das suas características de personalidade, quer das suas características físicas: 
  • Factores cognitivos 
  • Percepção
  • Atenção
  • Memória
  • Factores socioculturais 
  • Família
  • Grupos de pertença
  • Comunidade
  • Sociedade (valores, representações e estereótipos)
  • Factores biológicos 
  • Neurofisiológicos
  • Genéticos
  • Factores emocionais 


"Estados de espírito"
 Existem também factores externos ao próprio indivíduo, que podem facilitar o processo da aprendizagem (são da responsabilidade do formador): 
Definir objectivos e dá-los a conhecer;
  • avaliar pré-requisitos;
  • explicitar as estratégias;
  • motivação (situar num contexto);
  • manter o grupo activo e participante (proporcionar trabalhos de grupo e de investigação);
  • utilizar os meios técnicos e práticos disponíveis (vídeo, retroprojector e outros);
  • fazer sínteses parcelares e conclusões;
  • exercícios práticos;
  • fazer a avaliação da aprendizagem;
  • discussão dos resultados.
 A aprendizagem significativa, é favorecida pelos processos interactivos que se estabelecem, em relação aos quais o formador tem um papel importante, na medida em que depende dele o «clima», o «estilo» de relações psicossociais que se estabelecem durante a formação, assim: 
  • a aprendizagem deve processar-se num clima de confiança e abertura que propicie a partilha de experiências e vivências, visando um enriquecimento mútuo;
  • a aprendizagem não deve ser estanque mas negociada, os objectivos devem ser explícitos e partilhados;
  • a aprendizagem deve situar-se relativamente a um quadro de referência, apelo às experiências e vivências dos formandos, no sentido de os motivar e implicar;
  • a aprendizagem deverá ser dirigida para o aqui e agora dos acontecimentos, as finalidades devem ser explícitas.





Teoria construvista no processo de ensino e aprendizagem 
Teoria Construtivista 
A aprendizagem construtivista é simplesmente o processo de ajustamento do nossos modelos mentais para incluir e organizar novas experiências.
Princípios do Construtivismo:
  • A aprendizagem é uma procura de sentido. Como tal, deve começar com tópicos à volta dos quais o indivíduo esteja activamente interessado em construir sentido.
  • O sentido requer a compreensão tanto do todo como das partes. As partes devem ser compreendidas no contexto do todo. Por isso a aprendizagem deve focar-se em conceitos primários e não em factos isolados. 
  • Para ensinar bem, o professor tem de compreender os modelos mentais que os alunos utilizam para interpretar o mundo e os pressupostos que estão por detrás desses modelos.
  • O objectivo da aprendizagem é que o aluno construa o seu próprio sentido, não é memorizar as respostas “certas” e reproduzir o sentido de outra pessoa.
  • Visto que a educação é inerentemente interdisciplinar, a única maneira válida de avaliar a aprendizagem é integrar o processo de avaliação no próprio processo de aprendizagem, assegurando que o aluno receba informação sobre a progressão na sua própria aprendizagem.

Estilos de Aprendizagem:
  • Cada aluno define o seu próprio estilo de aprendizagem, aprendendo o que se quer, como e onde se quer; 
  • É através deste estilo pessoal de aprendizagem que adquirimos a experiência de vida;
  • Centra-se no ser humano, na sua singularidade, nos seus motivos e nos seus interesses; 
  • A aprendizagem é determinada pelo melhor processo que cada indivíduo encontra para reter novos conhecimentos, novas experiências;
  • Aprendizagem como algo espontâneo.


Princípios Psicopedagógicos:
  • A preocupação central não deve ser com o ensino, mas sim com a aprendizagem numa perspectiva de desenvolvimento do aluno;
  • Centrar a aprendizagem no aluno e nas suas necessidades, na sua vontade e nos seus sentimentos;
  • Desenvolver no aluno a responsabilidade pela auto-aprendizagem e incutir-lhe o espírito de auto-avaliação;
  • Centrar a aprendizagem em actividades e experiências significativas para o aluno;
  • Desenvolver no seio do grupo relações interpessoais baseadas na empatia;
  • Ensinar também a sentir e não apenas a pensar;
  • Ensinar a aprender;
  • Criar no seio do grupo uma atmosfera emocional positiva, que ajude o aluno a integrar novas experiências e novas ideias;
  • Promover a aprendizagem activa, orientada para processos de descoberta, autónomos e reflectidos. 


Técnicas de Ensino:
  • Ensino individualizado;
  • Discussões;
  • Debates;
  • Painéis;
  • Simulações;
  • Jogos de Papéis;
  • Resolução de Problemas.


Conclusão 
Após a discussão e compilação sobre o tema pude concluir que em outras palavras construtivismo é uma teoria, que procura descrever os diferentes estágios pelos quais passam os indivíduos, no processo de aquisição de conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência humana e de como o individuo se torna autônomo. Em busca de descobertas feitas pelas teses construtivistas, muito se tem escrito sobre como se poderia ser o processo de ensino fundamentado nessa teoria, há várias críticas sobre o construtivismo que advêm de uma tradução feita por alguns educadores para a pedagogia, objetivando justificar a adoção de determinados procedimentos no ensino.

Bibliografia 
  • AUSUBEL, David Paul, Novak, Joseph e Hanesian, Helen. Psicologia Educacional, Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
  • BRUNER, Jerome. Uma nova teoria de Aprendizagem. Rio, Bloch; Brasilias, INL, 1975.




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