Entretanto, um dos chefes do Estado Monomotapa crescera em prestígio e influência, tornando-se rapidamente muito poderoso, política e militarmente. Esse chefe, o Changamire, dirigia o clã Rozwi e negava-se sistematicamente a comerciar com os portugueses e a permitir a sua passagem pelas terras que ocupava. A partir de 1670 o seu prestígio aumentou tanto, que o Monomotapa Mucombué, apoiado pelos portugueses, o atacou em 1684. Não conseguiu dominá-lo e retirou-se com o seu exército derrotado.
Em 1696, o clã Rozwi veio a dominar o próprio Estado Torwa, que integrou sob a sua direcção.
Devido a uma hábil política de alianças e ao poder militar dos Rozwi, os sucessores de Changamire, que governaram o Estado Rozwi, atacaram com frequência e destruíram por várias vezes algumas das feiras portuguesas. Como já vimos, estas feiras eram locais de comércio no interior do território, para troca de produtos entre os comerciantes e a população, mas eram também locais de concentração de soldados portugueses, que as defendiam. Existiam feiras em Massapa, Dambare, Zumbo e Manica, por exemplo.
Somente em meados do século XIX, com as invasões dos Nguni, terminou a dominação Rozwi no planalto. A resistência que ofereceram aos portugueses constituiu sempre um obstáculo intransponível ao domínio e controlo destes.
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