Poder movimentar-se, isto é, ir de um ponto a outro do espaço, é uma capacidade essencial do ser humano, dotado de motricidade. A liberdade de movimento é considerada a primeira das liberdades dos seres humanos. Movimentar-se é estar em acção, e todo o aumento de mobilidade, quer seja especial, social ou profissional, está associado à ideia de progresso.
A maioria das acções da vida quotidiana supõe a existência de mobilidade, com a maioria das actividades humanas.
Os esforços encetados no sentido de reduzir o efeito das distâncias fazem parte da evolução das sociedades. Das deslocações feitas a pé, mais tarde com a ajuda dos animais, à ligação através da rede virtual (internet), é longa a história dos transportes e das comunicações.
Evolução dos transportes
Como já tivemos oportunidade de referir, a princípio, o ser humano deslocava-se a pé, descalço. Foi assim que ele conseguiu vencer grandes distâncias. Com o desenvolvimento intelectual e a procura da satisfação das necessidades que iam crescendo, aperfeiçoou o seu transporte anatómico, com a produção dos primeiros sapatos (feitos com peles de animais), o que terá sem dúvida aumentado a sua resistência e a capacidade de percorrer distancia maiores.
Acredita-se que o transporte terrestre pioneiro tenha sido o trenó. Trata-se de uma espécie de prancha de madeira puxada por pequenos animais como cães ou mesmo por humanos.
Os recursos aos animais acontece, como é evidente, depois da sua domesticação e significou um grande avanço na capacidade de se movimentar do ser humano. A principio eram usados para transportes no dorso o próprio homem, e só mais tarde começaram a transportar cargas e a ser aproveitados como força de tracção para puxar trenós ou carroças.
O tipo de animal privilegiado variava de região para região, consoante as características físico-geográfica, sendo os mais utilizados o cavalo, o burro, o camelo e o boi.
No desenvolvimento dos transportes, um elemento importante foi a roda, inventada na Mesopotâmia em 3000 a.C. no início, era rudimentar, pesada e irregular, mas mesmo assim tornou os transportes mais eficaz, quando aplicada em carroça puxada por animais de grandes portes.
A antiguidade, construíam-se já estradas, pavimentadas com pedras, para facilitar o movimento dos veículos com rodas. Os primeiros construtores terão sido os egípcios, mas foram os Romanos que criaram a mais extensa rede viária, dada a sua intenção de unir Roma aos territórios dominados pelo grandioso Imperio Romano.
Os meios de transportes não se mantiveram estagnados. À medida que o tempo passava, as necessidades do ser humano cresciam, e a resposta para as necessidades crescentes de mobilidade também evoluíam.
Pode dizer-se que o ser humano ia vencendo a distancia, pois a velocidade permitia-lhe chegar em menos tempo cada vez mais longe. Neste processo, não se pode deixar de mencionar a primeira expansão marítima, no século XV, apenas possível graças a todo um conhecimento científico sobre os ventos, e a invenções como o astrolábio, a bússola e a caravela.
Apesar desses avanços no desenvolvimento dos transportes, a evolução foi lenta, até à revolução industrial do século XVIII. Foi a invenção da maquina a vapor, e a sua utilização nos transportes ferroviários e marítimos, que possibilitou não apenas o aumento da capacidade de carga, mas também a realização de viagens de maior distancia, substituindo a tracção animal e a vela, usadas até então. Posteriormente, a descoberta do motor de explosão, a aplicação da electricidade ao comboio, ao automóvel e ao avião, bem como as melhorias introduzidas noutros meio de transporte, originaram um grande desenvolvimento nesta área. Todas estas mudanças tornaram possível ao ser humano deslocar-se de forma mais rápida, cómoda e segura, e comercializar mercadorias para locais cada vez mais distantes, em menos tempo e com menos custos.
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