Já referimos que, cerca de 1490, um alto dignatário do Estado dos Mutapas, designado por Changamire, se sublevou contra o poder central, chacinando o monarca reinante e vinte e dois dos seus filhos. Quatro anos depois, um dos raros sobreviventes da família real conseguiu derrotar e executar esse revoltoso. Por sua vez, um dos sucessores do Changamire chegou a resistir pelo menos até 1512, com o auxílio do rico Estado de Butua-Tórua, no longínquo sudoeste.
O nome de Changamire só volta a surgir na documentação portuguesa em 1547 no contexto das dificuldades que criou ao corrupto capitão de Sofala, Jorge Telo de Menezes, quando lhe cortou a rota comercial com o Estado dos Mutapas.
Assim, o período que medeia entre 1547 e 1684 deve considerar-se como verdadeira incógnita no que concerne a História dos sucessivos Changamires.
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