A taxa bruta de mortalidade tem diminuído nas passadas quatro décadas, de 32 óbitos por cada 1000 habitantes, em 1950, para 20 em 1990. Mas segundo o IDS97, entre as crianças de 0-4 anos, ou seja no período 1992-1997, cerca de 1 em cada 20 crianças (201 por mil) morreram antes de atingir o seu quinto aniversário de vida; em cada 1000 nascimentos, 135 morreram antes de completar o primeiro aniversário, e 77 faleceram entre o primeiro e o quinto ano de vida. Em relação aos menores de 1 ano, a probabilidade de morrer durante o primeiro ano de existência (54 por mil) foi inferior à de morrer entre o primeiro e décimo segundo mês exacto (81 por mil).
No período 5-9 anos que precedeu o inquérito, correspondendo aos anos 19871992, verificou-se uma subida pronunciada nos níveis de mortalidade pós-neonatal, infantil e juvenil. Assim, a mortalidade infanto-juvenil passou de 205 por mil no período de 10-14 anos precedentes (1982-1987) a 239 por mil de 1987 a 1992.
Porém, nos últimos 25 anos, ou seja entre 1972 e 1997, as taxas estimadas pelo IDS97 mostram uma diminuição nos seus níveis de mortalidade: 39% na mortalidade neonatal, 26% na mortalidade pós-infantil, 20% na mortalidade infanto-juvenil e 17% na mortalidade infantil. A única excepção a tal diminuição foi na mortalidade pósneonatal, a qual aumentou 7%.
Os níveis de mortalidade mais elevados encontram-se na área rural e nas entrevistadas com menor nível de escolaridade. Por exemplo, uma criança cuja mãe reside na área rural ou não tem nenhum nível de escolaridade tem uma probabilidade de morrer antes do seu primeiro aniversário de 36% (57 por mil) e 50% (159 por mil), respectivamente, que outra cuja mãe mora na área urbana (55 por mil) ou tem nível secundário ou mais (77 por mil). A diferença, por área de residência, é ainda maior para as crianças rurais que sobreviveram o seu primeiro aniversário de vida, pois a sua probabilidade de morrer antes do quinto aniversário é de 40% (93 por mil contra 55 por mil das crianças cuja mãe resida na zona urbana).
Os dados do IDS97 revelam que a cobertura pré-natal com pelo menos uma consulta é de 72%. Se bem que esta percentagem abranja pessoal de saúde, enfermeira e médico, na realidade o atendimento é, na sua quase totalidade, realizado pelas enfermeiras do sistema materno-infantil (SMI). Estas observaram 70% das gestações, tendo o atendimento pré-natal por médico sido apenas de 2%. O atendimento exclusivo por parteira tradicional foi insignificante, apenas de 0.3%. Um pouco mais de um quarto das crianças nascidas nos três anos precedentes ao inquérito ( 28%) não receberam qualquer tipo de assistência durante a gravidez.
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