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A extensão física da área urbana e sua organização

A expansão espacial dos núcleos urbanos acarreta muitas vezes uma contradição entre a cidade como entidade física e socioeconómica e os seus limites políticos-administrativos municipais.

Varias formas de conurbação podem ocorrer:
  • através do crescimento de uma cidade que observe outros núcleos urbanos,
  • através de um núcleo central que gera outros núcleos à sua volta,
  • através de vários núcleos que crescem independentemente, gerando uma cidade formada por mais de um município.
Em qualquer desses casos, trata-se de cidade com uma intensa vinculação sócio-económica.


Entre estes vínculos, devem ser destacados, além da continuidade especial da malha urbana, os deslocamentos especiais de pessoas e os vínculos manifestados através das telecomunicações.

Outros processos podem envolver. Crescimento de núcleo periféricos em direcção a um pólo, que sempre chegam a atingir de forma plena a condição de cidade, pois já nasceram como subúrbio vinculado a um núcleo central. Crescimento continuo da mancha urbana, sem polarização definida, em geral formando uma periférica informe de bairros populares ou mais recentemente de bairros de alta renda, cidades medias autónomas e afastadas do polo central, com desenvolvimento urbano completo, que acabam por se integrar numa região urbana continua.

Em qualquer dos casos, o processo de absorção, em geral lento, é um processo crescente de transformação de áreas urbanas independentes em bairros ou conjuntos de uma área aglomerada ou metropolitana.

Estes bairros caracterizam-se, em primeiro lugar, por uma tendência crescente para a homogeneização socioeconómico em oposição à heterogeneidade que caracteriza a cidade, em segundo lugar, ocorre uma crescente polarização pelo centro da aglomeração, e em terceiro lugar, a inserção do núcleo no esquema geral de segregação espacial das aglomerações urbanas.
Cidade até então independentes passam a ser subúrbios de cidades-polos.

Localização das principais actividades urbanas e tendências de evolução
Falar da localização das actividades urbanas é falar da organização interna das cidades, ou como estas se arrumam. Ora, em geral, salvo raras excepções, nada se localiza por acaso, por isso, cada actividade localiza-se no seu lugar.

Em geral, as cidades identificam-se por duas características principais, grande aglomeração de pessoas que aí vivem ou trabalham e grande variedade de actividade que nela se exercem.


Como já se referiu, as actividades mais frequentes são. Comercial, pais serviços, industrial e residencial. Assim, em todas as cidades é possível considerar varias actividades que se concretizam em diferentes locais ou edifícios.

Destas, as mais representativas são:
  • a actividade residencial, constituída por blocos de apartamento ou vivendas,
  • a actividade comercial, constituída por lojas, tabacarias, pastelarias, supermercados, etc.
  • serviços pessoas, como cabeleireiros e cartórios,
  • serviços financeiros, como bancos, seguros e outras instituições de crédito,
  • serviços religiosos, como igrejas mesquitas e sinagogas,
Serviços educativos e culturais, como escolas, universidades, instituto de formação, museus, e laboratórios de pesquisa, - a actividade industrial, representada pela diferentes fabricas e oficinas.

Há uma tendência para diferentes actividades que tem relação entre si terem localização próximas, originando deste modo áreas funcionais, espaços no interior das cidades, onde predomina uma determinada função.

É por isso que em praticamente para todas as cidades a actividades industrial se situa na periferia, com infra-estrutura destinadas à implantação de fabrica e armazéns, enquanto o centro, CBD, áreas funcional da cidade com forte acessibilidade, é o preferido para a localização da actividade comercial e de serviços.

Já a área residencial nas cidades, com as suas diferentes áreas de características arquitectónicas e qualidade de construção própria, tem uma localização que está directamente relacionada com os custos do solo e com o nível social da população que nelas reside. Assim, as classes sociais mais favorecidas vivem em geral em áreas residenciais planificadas e relativamente afastadas do centro e de áreas industriais e, muitas vezes, com uma envolventes paisagistas atractiva. São, em geral, áreas com espaços verdes e boa acessibilidade. São, igualmente, servidas por actividade terciarias, pouco concentradas, que, na sua maioria, oferecem serviços de proximidade e comercio sofisticado. As moradias são unifamiliares ou apartamentos, muitas vezes em condomínios fechados, com vários equipamentos e serviços (garagem, condutas de lixo, porteiro, jardim, piscinas, etc.). Podem também localizar-se na periférica da cidade, geralmente próximo do campo ou do mar, mas com acesso fácil e rápido à cidade, valorizando e qualidade ambiental desse tipo de localização.

Já as classes sociais medias, que incluem na parte mais numerosa da população urbana, residem em bairros de áreas menos centrais da cidade ou das suas periferias, onde os custos do solo são menores e se encontram apartamentos mais espaçosos, mais bem equipados e a menor custo. Essas áreas são constituídas, na sua maioria, por blocos de apartamento de vários pisos e servidas por transportes públicos, equipamento sociais, como escolas, centros de saúde, espaço desportivos, etc. apresentam alguma uniformidade arquitectónica e menor qualidade de construção, sobretudo no que respeita à dimensão das divisões e dos acabamentos.


As casas a preços mais baixos encontram-se em áreas cada vez mais afastadas, pois os preços da habilitações nas periferias tornam-se progressivamente mais elevados, sobretudo nas que são favorecidas pela construção de novas vias de comunicação. Estas novas periferias são procuradas, sobretudo, por casais jovens para compra da primeira habitação e por famílias com filhos ainda em idade escolar, necessitados de uma habitação com mais divisões que em áreas próximas da cidade tem preços não podem suportar.

A população das classes mais pobres reside em diferentes áreas da cidade ou da sua periferia, ocupando edifícios degradados do centro, bairros de habitação precária ou ainda de habitação social, construídos em terrenos mais baratos ou desocupados.

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