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Actividades de Ensino e Aprendizagem Aplicadas na Pedagogia

Nas primeiras aulas com matérias e situações de aprendizagem diferentes, as instruções iniciais e os balanços eram um pouco mais demorados. Isto para que os alunos compreendessem bem os objectivos e organização das aulas. Segundo a opinião de Jean-Jacques Rousseau apud Aranha & Martins (2000: 76) afirma que, “a mais importante, a maior e a mais útil regra de toda a educação é não ganhar tempo, mas sim, perde-lo”. Portanto, vale mais assegurar uma boa instrução inicial, onde os alunos entendam exactamente como vai decorrer a aula e o que devem fazer, mesmo que demore algum tempo, pois é tempo que iremosganhar se não estivermos sempre a parar a aula para tirar dúvidas.

Funções Didácticas

As Funções Didácticas são tarefas do processo de ensino relativamente constantes e comuns em todas as matérias. Pois, não há uma sequência fixa e rígida entre elas, dentro de uma etapa se realizam simultaneamente outras. “O trabalho docente é uma actividade intencional e planeada que requer uma certa organização e estruturação de maneira que os objectivos previamente traçados sejam alcançados” (LIBÂNEO 1994:197). Portanto, o sucesso duma aula depende da planificação e dos momentos ou etapas de aula, especialmente:

Introdução e Motivação

A “motivação didacticamente é o processo de incentivo destinado a desencadear impulsos no interior do indivíduo, a fim de predispô-lo a quer participar as actividades escolares oferecidas pelo professor” (NERICE, 1989:75).

Motivação é um factor decisivo no processo de ensino e aprendizagem, não poderá haver processo de ensino e aprendizagem didacticamente aceite se o aluno não estiver motivado, se não estiver disposto, daí que há necessidade de motivá-lo. Motivar o aluno é condição indispensável no processo de ensino e aprendizagem.Esta primeira fase compreende conjunto de actividades que visam a reacção imediata e favorável dos alunos perante os conteúdos. Faz a mobilização (organização do ambiente e ligação de matéria nova em relação a anterior).

Domínio e Consolidação

É a fase caracterizada essencialmente pela revisão ou recapitulação da matéria em aula, nesta é preciso que os conhecimentos sejam organizados, fixados, na mente do aluno afim de que estejam disponíveis em aplicá-los em situações concretas. A revisão é fundamental nesta fase, pois, serve para firmar os conhecimentos anteriores e ligá-los aos novos, formando uma estrutura lógica da matéria na mente do aluno.

Controlo e Avaliação

Controle e Avaliação é uma função didáctica, que percorre todas as etapas e abrange a consolidação dos vários tipos de actividade do professor e dos alunos no processo de ensino e aprendizagem. É um processo sistemático e contínuo, no decurso do qual se obtém informações e manifestações a cerca do desenvolvimento docente e discente atribuindo-lhes juízos de valores.

Nos primeiros dias de estágio na sala de aula houve em alguns casos o incumprimento das funções didácticas ocasionado por inconsistência no toque de entrada e saída por parte dos funcionários encarregue para tal; a gestão do tempo devido a dificuldade de apreensão dos conteúdos por parte dos alunos, barulho e atraso de entrada dos alunos na sala de aula.

Na tentativa de contornar esta situação comunicou-se aos contínuos para observarem o horário de toques, alguns estagiários passaram a digitar e imprimir apontamentos e distribuí-los aos alunos e verificar os cadernos para comprovar se os alunos passavam os apontamentos.

Métodos de Ensino: como ensinar e aprender filosofia

Segundo Aranha & Martins (2000: 7) afirmam que devido ao teor da filosofia, não se trata de ensinar simplesmente técnicas intelectuais, nem desenvolver puras habilidades que se acrescentariam de fora ao saber. Portanto, “só é possível adquirir métodos de trabalho emfilosofia se antes for compreendido que o método é inerente à própria filosofia”.

O Método é caminho para se atingir certo objectivo. É o conjunto de meios adequados para realizar objectivos. O professor ao dirigir o processo de ensino e aprendizagem do aluno estimula-o utilizando um conjunto de condições e procedimentos a que se chamam de métodos de ensino tais como:
ü Método Dialógico ou Socrático

Ao falar na importância do método dialógico para o ensino da filosofia, não poderíamos deixar de fazer referência às raízes da filosofia. Quando falamos em “raízes filosóficas” pretendemos exaltar, mais especificamente, a herança deixada por Sócrates a partir de Platão.

Segundo Dionísio (1952: 26) “o diálogo, com o recurso à ironia, permitia a Sócrates ensinar como se não ensinasse, ele dirigia especulativa e eticamente, sem deixar de ter presente um só momento a intuição de que, o plano mais elevado da cultura do espírito, a cultura se faz por conta própria e inteiro risco pessoal”.

O diálogo socrático consistia numa forma complexa de elevar o espírito do discípulo à contemplação das ideias, após uma prévia limpeza dos obstáculos a essa progressão dialéctica. Importa notar que este procedimento pedagógico supõe o suporte linguístico da comunicação verbal e possui um carácter dinâmico, uma “rítmica” da aprendizagem em que professor e aluno são simultaneamente envolvidos, mas em diferentes níveis.

Elaboração Conjunta

Este método é empregue predominantemente quando os alunos têm conhecimento e outros pressupostos para alcançar novos conhecimentos e quando: há meios didácticos que permitem a investigação de assuntos (tema); quando o professor quer repetir e controlar os conhecimentos essenciais; quando os alunos já possuem capacidades de discutir, escutar perfeitamente a pergunta e considerar as opiniões dos outros e os estímulos do professor.

Com este método o aluno torna-se o sujeito (é a divisão equitativa das actividades) de conhecimento e não objecto como acontece no expositivo entre o professor e o aluno.A elaboração conjunta “é a forma de interacção activa entre o professor e os alunos, visando a obtenção de novos conhecimentos e convicções já adquiridas” (LIBÂNEO, 1999: 55).

Método Expositivo

No Expositivo, os conhecimentos, habilidades, tarefas são apresentados, explicados e demonstrados pelo professor, sendo actividade do aluno, a de apenas receber os conteúdos transmitidos pelo professor. Aqui o professor torna-se o centro do conhecimento “dono da verdade” sábio universal e incomparável e o aluno é simplesmente um objecto. Este método torna a aula monótona e inarticulada pelos alunos. Todavia, representa uma boa possibilidade de apresentar racionalmente conteúdos novos, sobretudo quando: os alunos não têm os pressupostos no assunto a tratar; capacidades, conhecimentos necessários para que possam trabalhar independentes; quando o conteúdo acarreta dificuldades na compreensão da matéria.

Método de Trabalho Independente

Como sabemos, a pedagogia moderna põe a tónica no aluno e na sua actividade, valorizando as funções de aprender. Já Kant dizia que o método próprio do ensino da filosofia é “zetético”, ou seja, investigativo. Deve ser, pois, o aluno introduzido na filosofia pela própria análise, pela conceptualização e pelo exercício do seu próprio pensamento sobre as teorias e os problemas.

O mais útil e educativo passa por levar os alunos a aprender a pensar e a criar exigências de um pensamento correto e rigoroso, ou levá-los a aprender os grandes problemas teóricos com que o ser humano se tem deparado ao longo dos tempos e as soluções que para eles foram encontradas.
Na execução das funções didácticas como professor estagiário o autor marcou trabalhos de casa (TPC), trabalhos de pesquisas individuais e em grupos e realização de seminários.

Meios de Ensino

Os “meios de ensino são todos os meios materiais utilizados pelo professor e os alunos para organização e condução do processo de ensino e aprendizagem”, postula ainda que, seja qual for a modalidade os meios de ensino incentivam, facilitam ou possibilitam o processo de ensino e aprendizagem. Os meios de ensino, são um conjunto de componentes indispensáveis e necessário para o sucesso e administração duma aula, não se pode orientar uma aula sem o uso de meios de ensino, isto é, não há aula desprovida de meios de ensino, visto que, eles aproximam o aluno da realidade do que se ensina, dão a noção exacta dos fenómenos ou factos estudados para além de motivar a própria aula chegando a concretizar e ilustrar o que se trata verbalmente.

Bibliografia
  • ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. & MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia: Manual do Professor. 2ª Edição. S. Paulo: Editora Moderna, 2000.  
  • Bento, J. O. Planeamento e Avaliação. Livros Horizonte, 1998.
  • COSTA, António Paulo. Avaliação: como avaliar o aprender a (competências) e o aprender que (conteúdos), 2004. 
  • DIONÍSIO, Sant’anna. A Filosofia como Objecto de Pedagogia. Porto: Seara Nova, 1952. 
  • ESTRELA, Maria Teresa. Relações Pedagógicas, disciplina e indisciplina na sala de aulas. 4ª Edição, Porto Editora, 2002.
  • LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica Geral. Editora Cortês, São Paulo, 1994.
  • MARNOTO, Isabel. Didáctica de Filosofia I. Lisboa: Universidade Aberta, 1989.
  • MARTINEZ, Maria Josefina & LAHORE, Carlos E. Oliveira. Planificação Escolar. S/ed. Editora Saraiva, São Paulo, 1977.
  • NERICE, ImídioGiusepe. Didáctica Geral. Editora, Fundos de Cultura: Brasil Portugal, 1993.
  • Nóvoa, A.S. Formação de Professores e Profissão Docente. Lisboa: D. Quixote, 1992.
  • PACHECO, José Augusto. Currículo: Teoria e Práxis. S/ed., Porto Editora, Porto, 2001.
  • PROENÇA, Maria Cândida. Didáctica de Historia. S/ed., Universidade Aberta, Lisboa, 1992.
  • Ribeiro, L. Tipos de Avaliação: Avaliação da Aprendizagem. Lisboa: Texto Editora, 1999.
  • SILVA, Isabel Medina. A Avaliação no Ensino da Filosofia. Edições Colibri. Lisboa: Universidade Católica, 1996.  

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