Google logo  MAIS PARA BAIXO  Google logo

Ad Unit (Iklan) BIG


Relação Campo-Cidade

A cidade aparece como centro de actividade duma classe artesanal organizada em corporações independentes e como centro de mercados internos e de trocas externas. A concentração na cidade dos ofícios e do comercio acentua a distinção e a separação entre a cidade e o campo. Com o desenvolvimento das cidades, os seus habitantes começaram a distinguir-se dos do campo e a ter a sua própria organização. Desenvolvem sistema administrativos, jurídicos e fiscais correspondentes à natureza das suas actividades. Tomam nas suas mão a função policial e a defesa dos ataques do exterior. Adquirem um estatuto privilegiado em relação ao dos habitantes do campo.

Os modos de vida urbana e rural são estreitamente interdependentes. Esta relação é determinada pelo duplo pressuposto da existência dum excelente agrícola e a possibilidade de trocar esse excelente. A realização desta permuta é determinada por um conjunto de factores em duplo sentido, nomeadamente através do uso dos transportes e do comercio. Uma parte do produto do trabalho dos camponeses converte-se em mercadorias a escoar para o mercado, dando começo à pratica duma produção mercantil monetária. O campo proporciona a alimentação, e os homens da cidade fornecem as ferramentas, os artigos manufacturados e a tecnologia. Se a agricultura tornou possível o nascimento da cidade e condicionou a sua evolução, por sua vez, a cidade tornou-se essencial para facilitar as trocas ou a aplicação e manutenção de inovações técnicas. As relações entre a cidade e o campo ligam o desenvolvimento do fenómeno urbano ao excedente agrícola. É evidente a impossibilidade da existência de cidades sem agricultura.


No essencial, a relação entre as classes dominantes das cidades e os camponeses e artesões mantem-se como pequenas variantes, uma concentração de população tributaria composta de artesões especializados e de camponeses que asseguram a produção agrícola e o trabalho braçal como mão-de-obra para obras públicas, escavação de canais e construção de templos. A diferença entre a população urbana e rural não implica apenas uma diferença de domicilio e de actividade, mas também diferenças no estatuto profissional, no tipo de habilitação, ritmo de trabalho, etc.

O poder urbano tende a exercer uma espécie de autoridade absoluta sobre as populações rurais forçando-as a servir os seus interesses de boa vontade ou pela coacção, se for capaz de impor. Os camponeses resignam-se, por vezes, por temerem a distribuição da sua civilização e terem dificuldade em trocar os seus locais por outro. As cidades dependiam do campo para a sua subsistência, mas também os camponeses necessitavam dos mercados citadinos para vender os seus produtos. Por consequência, a agricultura adaptou-se às necessidades da população urbana. Pouco a pouco, a procura estendia-se às matérias-primas necessárias à produção industrial, como o lã e o linho. Compôs de cultura do trigo foram transformados em pastagens. Tornou-se numa regra a especialização agrícola regional.

Artigos relacionados

Enviar um comentário


Iscreva-se para receber novidades